"Capítulo VII- Giócomo e Martina

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Aquela noite jamais vou esquecer, como foi mágica. Por que tenho no céu sempre um sol a brilhar, por que tenho a cada amanhecer um novo começo para viver, por que posso compartilhar com você as minhas dores e as minhas maiores alegrias, percebo que neste mundo tudo é graça, tudo vale a pena! Entre a madrugada e o amanhecer, resta a esperança de que acordar seja, o romance de uma única vida inteira, que se dispôs a amar. E para quem já viu o amanhecer, tudo pode, tudo se tem e tudo consegue suplicar se não for amor, pois no fim dos sonhos, ficamos nós inteiros, abarcados em nosso barco do destino que traz a paz e felicidade.

— Pai que lindo a sua forma de pensar ao amor, nunca pensei que fosse tão romântico.

— É filha, guardamos no coração coisas do coração. Vamos continuar ou você quer dormir.

— Continue, estou curiosa, a noite esta apenas iniciando.

— Naquele mesmo dia partimos para a Toscana, o clima estava estranho me sentia atraído por ela, e ela me olhava meio que pelo canto, via olhares quando eu olhava para outro lado, ela me analisava e eu sentia isso. Durante a viagem de trem, ela sentada a minha frente parecia distante, olhando pela janela, atenta a paisagem linda da Toscana. Depois de algumas horas chegávamos no nosso vilarejo e ela estava tranquila, mesmo depois da viagem da noite que não dormiu tinha vivacidade no olhar.

— Martina, vamos direto para a pousada, vou deixa-la e depois seguirei para minhas terras, meu pai deve estar preocupado por eu não ter voltando ontem como previsto, não quero ser causador de um enfarto.

— Claro Giócomo, admiro seu cuidado com seu pai.

— Tenho sim, e muito respeito, ele sempre teve muito respeito por nos, seus filhos, então nada é demais, apenas reciprocidade, gratidão. Mais tarde, por volta das cinco, venho busca-la, quero que jante em minha casa, tenho prazer em recebe-la em minha casa.

— Fico lisonjeada pela hospitalidade, vou sim, com maior prazer. Quer que leve algo?

— Apenas você mesma, com sua simpatia e cordialidade. Ela me olhou no fundo dos olhos, e eu agradeci com um gesto de cabeça e parti. A tarde toda não passava, dormi um pouco após chegar ate as 14:00 horas, me levantei e fui ter com meu pai, que me esperava para eu poder explanar sobre minha viagem, a qual relatei tudo e acrescentei sobre a distinta jovem, quando levantei meus olhos meu pai olhava por cima dos óculos, me encarando fixamente.

— Hum! Então ela é bonita?

— Sim, pai, muito bela. Gostaria de hospedá-la aqui, e que desse (permissão), assim ela ficaria mais segura.

— Segura para quem? E para quê?

— Ai pai, você não tem jeito? Nos dois confidenciávamos tudo e ele nunca vira eu interessado em alguém, claro que apoiou e eu agradeci feliz e parti para o vilarejo de imediato. Dei as ordens, que arrumassem o quarto de hóspede com o aval do meu pai e sai a galopes. Meu pai sempre foi justo e não nos comprimíamos com ideias opressores, sempre nos criou com sabedoria. No momento da chegada na pousada fiz uma prece, não sabia se ela aceitaria, mas resolvi arriscar e entrei, pedi para o atendente chama-la. E assim logo ela veio toda sorridente ainda mais linda. Vestia um vestido florido que marcava sua cintura, seus seios não eram grandes, emolduravam a parte de cima perfeitamente dando um ar de elegância natural.

— Boa tarde Martina!

— Boa tarde Giócomo!

— Martina vim te buscar e queríamos te convidar eu e minha família a ir passar uns dias na minha casa, assim você conhecerá mais lugares. Você poderá ficar mais tempo e o tempo que quiser, que tal aceita? Tomei a liberdade e já mandei arrumar tudo e todos esperam por você, vamos? Sorrindo ela falou:

Lembranças das Minhas Outras Vidas-Livro 1 / 2   /3Onde histórias criam vida. Descubra agora