Lembranças das Minhas Outras Vidas-Livro 1 / 2 /3

" Capítulo VIII " - Rompimento com o trabalho espirita

No centro, depois da viagem tudo ficou mais complicado, o grupo se dividia, o comportamento da dirigente não era muito bem aceito, a mão de ferro que começou encima dos médiuns da casa, desagradavam a todos, que com dificuldades se dedicavam ao trabalho. Haviam implantado o início da 'umbanda' nos trabalhos, ela estava encantada com os fenômenos da mesma e o trabalho decaía. Começaram a trabalhar na segunda feira, e um dia na suas chegada ela os maltratou e os colocou para fora. Vivian achava que aquilo tudo fosse coisa de algum espirito, e voltaram no sábado quando seria o trabalho de assistência ao publico, mas ela falou que não faziam mais parte do trabalho, então se despediram e saíram, todos 5 médiuns, todos do trabalho espiritual ficando apenas 4 em desenvolvimento. Ficaram pesarosos sem entender nada mas acho que tudo aquilo era para ter acontecido, tudo estava caminhando para aquilo, tinham sido avisados que seria, o trabalho seria estrangulado....Pena, Vivian sentia pena, um imenso vazio se apoderou dela. A maioria se sentiam aliviados, inclusive Hiroshi e sua amiga Rose, eles agora falavam tudo que achavam dela, Vivian conseguia ver a artimanha das sombras para desfazer um grupo com tantos talentos mediúnicos e dedicação...Passaram alguns dias ela ligou, a dirigente:

- Oi Vivian, como vocês estão?

- Estou bem...

- Vivian por quê vocês não parecem mais, o que aconteceu?

- Como assim o que aconteceu? você nos expulsou do trabalho está lembrada?

- Acho que houve um equívoco, volta, será bem vinda.

- Como voltar? ninguém mais quer voltar,

- Eu quero que você volte, não eles?

- Como assim? esqueceu que meu marido faz parte disso tudo?

- Venha você, apenas você, por favor.

- Sinto muito, mas não volto mais, te desejo tudo de bom que você continue esse trabalho, mas para mim deu.

- Venha, sem você tudo vai ficar ruim, só você deve continuar comigo...

- Olha, não conte mais comigo, Adeus. Ela ligou mais algumas vezes que atendeu, o assunto era o mesmo, e depois deu ordem para que não passassem ligações dela para ela. Selando assim o passado. O tempo passou, e encontraram um centro espirita aos pés do monte Fugi na mesma cidade, Fuji Yoshida. Viajavam por duas horas e começaram a trabalhar nesse lugar. A dirigente era uma senhora de setenta anos, era um mãe para todos e seu marido um pai. Ali descobriram o quanto um trabalho pode ser prazeroso e seguro e um amor ativado. Ali Vivian iniciou um trabalho com os guias na umbanda. Ajudaram muito esse trabalho, implantaram coisas novas como o estudo de Alan Kardec para os médiuns, ela doou todos seus livros, coleção de livros para todos os que por ali passassem para trabalhar ou apenas aprender alguma coisa.

Nesse centro conheceram japoneses desenvolvidos na umbanda , pessoas que eram taxadas de louca pela família, que estavam internadas em clinicas, e ali encontraram o equilibro. Para muitos, que nunca foram ao Japão, não creia que lá não tem médiuns brasileiros fazendo do espiritismo na seara do evangelho. E não deixe de pesquisar sobre isso. A comunidade brasileira no Japão é muito grande. Muitos precisam de ajuda espiritual, e com certeza no meio de tantos encontraremos pessoas que se desenvolveram no Brasil e que continuam seu trabalho em terras estrangeiras. Grande parte das pessoas com transtornos mentais são médiuns que desconhecem sua condição de médiuns. São como antenas, recebendo todos os sinais que sintonizarem com seus pensamentos e sentimentos. Todos sintonizamos com pensamentos semelhantes. O que caracteriza o médium é o contato mais íntimo e direto com os desencarnados.

A dirigente , não desistiu de Vivian, ligava quase todos os dias, e quem atendia contava que ela havia recebido mensagem dos mentores, que era para ela voltar, que o trabalho estava sendo prejudicado porquê ela não estava lá, enfim transferia o desastre de tudo para Vivian, ela não via que tudo começou com ela. Depois do que houve, conseguia ver claramente a personalidade dela, como era manipuladora e desonesta com todos. Não satisfeita ela ligou para a Edna a dirigente, e exigiu que ela a ajudasse com o trabalho, já que eu havia me afastado e deixando ela sozinha, a Edna se recusou ajuda-la.