"Capítulo XXXI "- Aprender a lidar com as perdas

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A terapia em que Hiroshi ia trazer sentimentos antes não conhecidos. São tantas tentativas de dar certo nas encarnações, que são sugeridas, serem irmãos, pais, filhos e ao contrario. Essas tentativas, são feitas trocas de posições são tentadas para mudar sentimentos de ódio, vingança. Hoje o pai, se torna filho no amanha. A irmã se torna avó, mãe...Quando o sentimentos se tornam doentios e equivocados, as posições necessitam ser mudadas, para serem abrandados. Apenas o amor, sua magnitude muda os corações desenfreados, viciados e atormentados.

Três jovens caminham em um imenso jardim, o sol da primavera traz consigo as flores, o ameno vento da estação mais bela de todos os tempos. Desde crianças se conhecem, eles vivem no mesmo vilarejo na Áustria. Filhos de pais bem situados na vida. Cada um deles são herdeiros de uma fortuna avantajada. Os pais escolhe a dedo as moças e rapazes para se casarem.

A moça que está com ele, tem 16 anos é alegre e muito bonita, com seus cabelos na altura do ombro, castanhos cinzas, pele  bem rara, o que lhe traz uma boa olhada de curiosidade. Se veste como as moças de sua idade, e da época. Ela não namora ninguém, mas seus pais tem o pretendente dela, que será anunciado em mais alguns dias, ela não gosta da forma como tudo será resolvido, mas como filha amorosa e obediente não fará objeção. Acredita na lealdade dos pais com a sua felicidade. A sua frente está um jovem com um sorriso estonteante, ele tem 18 anos, estuda para ser médico no pequeno hospital da cidade, está passando alguns dias na casa dos pais no vilarejo. O outro jovem tem 19 anos, quer ser viajante, sonha em conhecer o mundo. Estuda arquitetura. Tanto um quanto ao outro estão apaixonados por Helene. Helene vê os dois como amigos, ainda não conhece o amor. Faziam alguns dias que os dois brigavam por ela. O que antes era de pura amizade de quase irmãos, agora tudo era motivo de brigas de discussões. Helene ficava entre os dois, tentando apaziguar, de nada adiantava, ela se sente mal, os encontros entre eles não eram mais prazerosos, sempre terminavam em brigas. E assim eram também as discussões...

- Eu vou me casar com ela, dizia um...

- Você não, sou eu quem o pai vai escolher...e isso virou rotina...A festa onde o pai vai apresentar o noivo dela, vai acontecer no próximo fim de semana. Um baile de grande magnitude está para acontecer na cidade, e eles dois querem brigar. Todos do lugar foram convidados, familiares  ligados a politica na cidade. O baile chega, e para surpresa de todos, um deles foi escolhido, o jovem promissor médico e escolhido Enzo. 

Lorenzo, o preterido, fica com ódio e diz aos quatro cantos que vai se vingar. O rancor, o ódio, o ciúme, como filhos do orgulho, quer para si aqueles que receiam lhes escapem; é o mais infalível instrumento de perdição posto nas mãos dos homens pelos inimigos que se encarniçam na sua derrota moral. Fixa-se no adversário com implacável disposição de conseguir a sua extinção, do que para ele dependerá sua liberdade a partir desse momento em diante. Assim transtornado aplica-se com empenho em emitir ondas deletérias contra o outro, estabelecendo uma comunicação psíquica, se encontra receptividade em quem lhe padece a perseguição, que termina por minar as forças daquele que considera seu opositor. Transformando-se em fúria incontrolável que somente se aplaca quando está lutando contra aquele que o atormenta mesmo que este não saiba, que nada tenha contra ele, pois que até ignora a situação infeliz de seu oculto adversário. Então ele quer a luta, ele deseja terminar com isso, esquece do tempo que eram irmãos, que eram amigos.

Hélene tenta de todas as formas arrumar o que estava desfeito, ela queria terminar aquele noivado, pois para ela os elos de amizade tinham mais valor. Tentou com o pai, sem conseguir, então tentaria com os dois, traria eles a razão. O que Helene não sabia é que os dois, iriam duelar por ela. Desde que o homem surgiu sobre a face da Terra há indícios arqueológicos da prática do duelo, o combate entre dois adversários em que um deles exige do outro a reparação de uma ofensa. Geralmente terminado em morte de um dos contendores, não era considerado homicídio, devido às regras rígidas aprovadas por seus praticantes e à presença de um juiz. Nesse caso, um sentia ofendido de algo que o outro não fizera. Enquanto Helene arrumavam uma forma, eles escolhiam suas armas, e locais para se enfrentarem. Então, após um mês do noivado, chegaram a um acordo, iriam duelar. Enzo não se esquivou, diante do duelo com Lorenzo, aceitou, afinal sabiam como manejar armas muito bem, então não sentiu receio e seria uma vergonha não ir ao duelo.

Lembranças das Minhas Outras Vidas-Livro 1 / 2   /3Onde histórias criam vida. Descubra agora