— Foi loucura o que você fez. — Chay riu, sem acreditar. Bebia um chopp com cerveja preta, o mesmo de Micael. — Bottin deve estar fervilhando.
— Quero que aquele velho se foda. — Pigarreou. — Nós precisamos ser mais unidos, não adianta nada pegarmos a idéia da Carla.
— Ela pensa muito bem. — Debochou. — Quem em sã consciência compraria uma marca rival da Nutella?
— Alguém que não gosta da Nutella? — Perguntou, óbvio.
— Sei lá, eu acho besteira a gente ficar se preocupando.
— Chay, é o nosso trabalho!
— Exatamente. Você e o Bottin se trancam quando estão conversando sobre palestras que a gente nunca é alertado. Os seus funcionários ficam perdidos, e depois levamos o pato.
— Levamos o pato? Ah, pelo amor de Deus. — Esbraveceu. — Eu sempre ajudei vocês, não seja tão egoísta.
— Tem certeza que sou eu? — Viu o amigo levantar da mesa. — Onde você vai?
— Pra casa, eu preciso ficar sozinho. — E precisava. Tirou quinze dólares da carteira deixando em cima da mesa, passou pela porta e entrou em seu carro.
Micael era um cara sozinho, não gostava muito de companhias. No momento queria seu apartamento, seu vinho importado e sua música de fundo, em alguns de seus tocadores de vinil. Guardou o carro e se jogou no sofá, bufou ao sete ventos, só fazia merda!
Virou-se deitando de lado, cerrou os olhos, a imagem de Sophia grávida sondou em sua cabeça, estava ansioso, tinha que dar certo, mas até agora, nada. Respirou fundo, deixaria o tempo lhe dizer, o que restava agora era... Morrer no sofá?
— Que saco! — Bufou, de novo. A campainha havia tocado, não queria atender. Queria que a pessoa fosse embora. Andou até a porta revelando a mulher de ontem, do mini-café.
E a pergunta que não queria calar era: Como tinha o encontrado?
— É... — Procurou as palavras. — Como sabe que eu moro aqui? — Tinha o cenho franzido.
— Você me disse, ontem. — Disse óbvia. — E eu queria te ver, de novo. — Encolheu os ombros.
Ok! Uma moça muito bonita estava na porta de Micael. Era alguma pegadinha de TV?
— Eu te disse? Eu não me lembro de... — Ele havia dito sim. — Merda! Quer dizer... Ah, entra. — Ela riu, entrou no grande apartamento. Ainda usava o uniforme da loja. — Você deveria estar trabalhando, não é?
— Eu fechei a loja, não tinha movimento. E também, eu não queria trabalhar. — Sentou-se no sofá, encarando a vista da varanda. — É um belo apartamento.
— Você gostou? Eu comprei quando comecei a trabalhar, meu amigo me ajudou na localização. — Explicou, entre sorrisos. — Onde você mora?
— Eu moro no Queens. — Lembrou-se de Sophia, morava quase perto. — Você deve ter algum nojo de lá.
— Claro que não. — Negou com a cabeça. — Você mora no Queens, pessoas moram no Queens. Que problema tem isso? — Ela riu.
— Você é engraçado.
— Isso foi um elogio ou você está mesmo me chamando de palhaço? — Ela voltou a rir.
— Foi um elogio, tudo bem... Eu te chamei de palhaço mas não era pra você ter ficado bravo. — Segurou o riso. — Você não deveria estar trabalhando?
— Eu deveria mas, eu briguei com o meu chefe. Está tendo a exposição na empresa, minha apresentação foi de mal à pior.
— E você brigou com o seu chefe?
— Tecnicamente. — Suspirou. — Sim. Eu briguei com o meu chefe.
— Isso não é ruim?
— Ele é doido. Por ele, qualquer coisa da terra significa uma vibração positiva.
— Como é? — Achou graça, ria pela terceira vez.
— Ele é fora da casinha, só conhecendo pra saber a peça. — Micael riu consigo. — Você quer beber alguma coisa? Prometo que não sou um psicopata. — Rendeu as mãos.
— Você ainda não sabe o meu nome. — Estava com vergonha.
— Exatamente! Você tá na minha casa e eu nem sei o seu nome. — Encarou a mulher que estava sem graça, tinha um sorriso fascinante nos lábios.
— Dinah. — Sussurrou. Micael encarava seus lábios. — E eu preciso ir.
— Espera! — Pegou no braço da garota. — Me dê seu telefone, eu te ligarei. Dinah! — Sorriam.
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomanceMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.