Virou Festa do Abacaxi?

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Lá estava Sophia, tendo êxtases e mais êxtases nas mãos de Micael, que agora sorria.

— Meu Deus, Micael! Isso é... Ah, que delícia. — Remexeu os ombros, soltou um gemido baixo.

— Viu só? Eu falei que você ia relaxar. — Continuou, rodeando os polegares.

— Não para, por favor. — Suplicou.

Micael havia pegado mais creme, passando nos ombros de Sophia e continuando sua massagem, logo após de fazer em seu pé. Sophia estava muito mais relaxada, agora sim não explodiria no moreno.

— Vamos combinar uma coisa?

— Que coisa. — Sophia fechou os olhos.

— Não vamos brigar, em hipótese alguma.

— Impossível, você vive brigando comigo.

— Eu vou parar, juro. — Pausou. — Agora que vou entrar de férias, podemos... Viajar. Não sei. — Mostrou o beiço.

Sophia abriu os olhos azuis rapidamente, aquilo foi música ao seus ouvidos. Nunca tinha viajado distante, e morreria se fosse com Micael.

— Viajar? — Virou-se para ele. Sorriu. — É sério?

— Você nunca viajou?

— Eu não, isso é coisa de quem tem dinheiro. Quer dizer, uma vez eu viajei no carro muito velho que meu pai tinha, era uma piada. — Riu. — Tá falando sério mesmo?

— Eu tô, ainda mais agora que você... Você nunca viajou, isso me surpreende. — Estava surpreso, realmente. — Então, temos o que fazer!

— E o que seria? — Viu Micael ir até a mesinha de centro, tinha o MacBook nas mãos. Sentou-se ao lado de Sophia.

Pesquisou rápido passagens e destinos.

— Vamos escolher o nosso roteiro.

— Ah, meu Deus! Micael, você é louco. — Empurrou o ombro do moreno. — Paris?

— Gostaria de ir à Paris? — Os olhos se chocaram, azul e castanho.

O silêncio também.

— Seria uma viagem legal, mas existe outros pontos. — Indicou na tela do aparelho. — Você só colocou destino apaixonado, que nem nos filmes de Romance de Chorar.

Micael riu.

— Eu estava pensando em irmos à Veneza, o que acha? — Esperava uma resposta. — Um bom vinho, para mim, um bom suco para você. — Sophia riu leve. — Hotel cinco estrelas, fora os passeios e pontos turísticos.

— Já tô vendo que é coisa de velho.

— Não é coisa de velho, é história! E Veneza é encontrado em muitos filmes com Romance de Chorar.

— Sério? — Se animou. — Tudo bem, podemos ir para Veneza.

— Ok, então, vamos para Veneza. — Sorriram, bem próximos. — Vou buscar o meu cartão pra comprar as passagens.

Micael saiu rápido do sofá, correu até o quarto buscando sua carteira, tirou o cartão e comprou as passagens para Veneza. Tinha uma trip para fazer com Sophia, sua primeira viagem.


Na manhã seguinte tudo ocorreu bem, a não ser Sophia acordando de mal-humor, quem estaria tocando a campainha em plena 08h30 da manhã? Era horripilante! Levantou toda bagunçada, abriu a porta.

— Olá estranha! — Antônia passou por Sophia. — Então você é a Barriga de Aluguel?

— Sim, sou eu. Você é?

— A mãe do seu patrão. — Arrumou a bolsa nos ombros. — Isso são modos de atender a porta? Poderia ser um homem.

— É que eu... Durmo desse jeito, eu gosto de me sentir livre. — Abriu os braços. — Calcinha e blusão são confortáveis. — Seguiu Antônia ao andar pelo apartamento.

— Isso pra mim se chama pós-sexo, conhece? — Revirou as gavetas de Micael. — Ainda mais o meu filho.

— Mãe, pare de assustar Sophia. — Lidiane chegou. — Bom dia, Sophia! Como vai?

— Vou bem e você? Quer dizer, sua mãe chegou aqui e... Eu tô desse jeito.

— Não tá usando os pijamas que comprei pra você? — Cruzou os braços. — Ou isso tem significado especial?

— Vamos pra Veneza. — Soltou Sophia.

Antônia franziu o cenho, enquanto arqueava uma sobrancelha. Lidiane estava boquiaberta.

— Como é que é? Micael? Indo pra Veneza? Caramba!

— Lidiane, ele tá doente!

— Total. Você conseguiu fazer o antigo Micael voltar. — A irmã ria, incrédula. — Meu Deus, vão ir para Veneza.

— Meu filho bebeu álcool e gel, não é possível. — Antônia rendeu as mãos, fez Sophia rir.

Escutaram passos largos, todos encararam Dinah.

— Quem é você? Intrusa. — Antônia se escondeu atrás da filha.

— Eu sou Dinah, namorada de Micael. — Deu as mãos para sogra mas ficou no vácuo. — Você são?

— Lidiane e essa é minha mãe, Antônia. Traduzindo: sua cunhada e sua sogra.

— Oh, que maravilha. — Se abraçaram.

— Micael me disse sobre você, faltava nos conhecermos melhor. — Lidiane, sempre simpática.

— Vejo que vieram ver Sophia. — Dinah sorria falsa.

— Você já conhece Sophia? — Lidiane sorria.

E Sophia queria se esconder ali, estava encrencada.

— Sim, Micael está ajudando ela. Veio bem distante.

— Distante? Você não morava no Brooklyn? — Antônia encarou Sophia.

— Sim, tia, eu morava no Brooklyn sim. — Sophia ria, nervosa.

— Tia? Garota, você para hein! — Antônia se irritou. — O que é isso? Virou festa do abacaxi agora?

— Eu sou uma prima bem distante, me decepciono com isso. — Sophia teve um olhar de socorro para Lidiane que entendeu, pegou rápido o problema.

— Sophia esteve em vários natais com a gente, mas por conta da distância... Micael é um bom primo, até cedeu o apartamento.

— Você também vai pra Veneza?

Ah não, Antônia. Ah, não!

Uma Mãe Para o Meu Bebê Onde histórias criam vida. Descubra agora