— Laund, eu quero o meu dinheiro de volta. — Micael cruzou as mãos.
Estava sentado ao lado de Sophia, na sala da doutora Laund, a mulher que lhe ajudou com a inseminação artificial.
— Micael, eu sinto muito que isso tenha acontecido.
— Não precisa se lamentar, Laund. A culpa é toda dela, essa vagabunda.
— Vagabunda? Até ontem éramos namorados.
— Ainda bem que você falou a frase no passado. — Sorriu falso. — Eu não aguento ficar perto dessa burra vagabunda, Laund por favor, vamos rápido com isso. — Respirou fundo, sem paciência.
— O dinheiro gasto vai ser retornado à sua conta, enquanto isso Sophia, vamos lhe enviar um processo por enganação. — Laund assentiu, correta. — O que você fez foi imperdoável, fraude, mentir para um cliente e dar um golpe.
— Olha, não foi a minha intenção, tá bem? O Karl me obrigou e depois disso, eu me apaixonei pelo Micael.
— Se tivesse apaixonada por mim não dormiria com Karl. — Embraveceu. — Puta merda, eu nunca me dou bem, incrível!
— Acho que acabamos por aqui. — Laund sorriu ao moreno. — Quer passar na recepção e tomar um café? Eu sinto muito mesmo, Micael.
Sophia levantou-se com um pouco de dificuldade, saiu, triste. Tinha chorado a noite inteira por conta do problema, ela já sabia o que aconteceria, mas não assim, de cara.
E Micael... Estava acabado, triste, não queria pensar em nada.
Saiu do consultório de Laund, deixou Sophia ir a pé até o condomínio, não lhe deu uma carona, não conseguia olhar em sua cara. Parecia cansado, entrou no apartamento vendo as diversas malas de Sophia espalhadas na sala, ela iria partir!
Contou os minutos até a porta da frente abrir. Era ela.
— Já vou acabar essa aqui. — Disse sem ao menos ter a reposta de Micael.
Ele preferiu o silêncio.
— Por que o ser humano age desse jeito? — Franziu o cenho. — Você foi tão cruel, eu caí, como uma pena.
— Eu juro que não era a minha intenção.
— Ah, não? — Riu incrédulo. — Você se juntou com o Karl pra me passar a perna, por que não roubou a porra do meu dinheiro então? Me enganou esse tempo todo! Eu contei pra todo mundo que serei pai e você faz isso? Doente dos infernos!
— Micael, eu posso explicar tudo que você quiser. — Implorou. — Eu me apaixonei por você, todas as juras que eu fiz, momentos que a gente passou... Era tudo verdade. — As lágrimas vieram a cair.
— Por que eu fui acreditar em uma burra que usava tamanco? — Deu de ombros. — Eu deveria nem estar falando com você no momento, eu deveria... Eu odeio você, Sophia Abrahão.
— Não diz isso, por favor. — Se desesperou. — Eu sei que eu errei mas ainda te amo, eu te amo demais, Micael!
— Vá se foder. — Negou com a cabeça. — Você tem até amanhã pra sair desse apartamento, me escutou?
— Vai jogar o nosso amor fora?
— O nosso amor? Que amor? — Debochou. — Enquanto eu estava trabalhando, você tava enfiando o Karl aqui dentro, dando pra ele. E eu, preocupado com a porra da sua saúde. — Pausou. — Manda ele cuidar da criança agora, ele é o responsável por essa merda toda.
— Eu ia te contar, iria te deixar, mas não agora. Eu não estava pronta.
— Eu não quero saber o que você iria fazer, eu quero que você se foda e saia da minha casa. — Apontou para as malas. — Você tem até amanhã pra deixar o apartamento, estamos conversados?
Sophia assentiu, secou suas lágrimas e voltou a arrumar suas malas. Micael não sentiu dó, o sangue lhe esfriou, estava com ódio, magoado! Nunca pensou que uma ingênua como Sophia fosse estragar o seu planejamento, estava apaixonado de verdade por ela. Mas tudo mudou, de mal à pior.
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomanceMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.