— Conseguiu chegar? — Gregori olhou Eli com deboche.
— Eu estava na sala cinco, ajudando Tiffany. — Mostrou os papéis. — Já está na hora de ir embora.
— Jura? Eu precisava de você aqui. — Apontou a sua mesa abarrotada. — Onde estava? E onde está o Micael com a Sophia?
— Sophia está de licença médica e Micael estava fotografando, você que não o viu. — Mexeu em seu Iphone. — Pode me emprestar um cheque da agência? Eu preciso de um IPad novo, não consigo trabalhar no meu celular.
— Problema é seu. — Ajuntou os papéis. — Eu fiquei o dia todo nessa droga de sala, arrumando papéis e vendo as revistas que Sophia iria participar. — Bufou, nervoso. — Enquanto você estava sabe lá Deus onde.
— Eu estava trabalhando, não posso ficar com você vinte e quatro horas. — Irritou-se. — Enquanto a Tiffany...
— Pro inferno a Tiffany e a revista dela. — Abriu as gavetas. — Eu quero saber da Sophia.
— Eu já disse, o estado dela estava bem pior nas últimas noites. — Encarou Gregori abrindo um pino de cocaína, cruzou os braços. — Retardado!
— Quem está cheirando sou eu ou você? — Ajuntou o pó branco com seu cartão de crédito.
— Faça o que você quiser, eu estou indo embora. — Rendeu-se e deixou a sala de Gregori.
O mesmo ainda ficou por lá, usando droga e vendo as fotos de Sophia que guardava em uma pasta especializada. A noite chegou e Gregori não estava preocupado em ir embora, estava querendo Sophia, precisando dela para ser mais exato.
— Eli? — Escutou barulhos na agência.
Estava sozinho, literalmente!
— Eli? Se for você, me responda, sua vagabunda inútil. — Conferiu a porta de entrada, ninguém.
Andou pelos corredores com uma lanterna, não havia ninguém.
Entrou em sua sala novamente, já deveria estar chapado.
Ou não.
— Sentiu minha falta? — Micael estava em seu lugar, tinha um sorriso maléfico nos lábios.
— Então é você que estava aí esse tempo todo. — Assentiu, andando de um lado para o outro. — Lembrou que tem um emprego?
— Eu vim trabalhar hoje, se você não sabe. — Mexeu no pó branco em cima da mesa.
Lambeu o cartão de crédito com um pouco de cocaína.
— Essa é da boa! — Afirmou, encarou as fotos de Sophia ao lado.
— Moleque do caralho! — Grunhiu em raiva.
— O que disse? — Teve uma foto nas mãos. — Então é isso que você fica fazendo depois do expediente? Vendo fotos da minha mulher, seminua? — Levantou-se.
— O que você quer de mim?
— Saber o por quê é tão preocupado com Sophia. — Cerrou os dentes. — Anda, me diz o por quê?
— Foi a vaca da Eli, não foi? — Riu, de nervoso. — Eu vou matar aquela piranha.
— Eu quero saber o por quê disso, pode me contar!
— Eu não tenho que te dar satisfações, seu moleque! — Gregori encarou Micael. — Você sabe que eu e Sophia transamos, se não fosse por isso, ela não estaria aqui.
Rápido demais! Micael o pegou pelo colarinho da blusa, lhe tacando na mesa e jogando todos os objetos possíveis no chão.
— O QUE VOCÊ QUER COM A MINHA MULHER? — Gritou. — ME DIZ!
— EU QUERO ELA PRA MIM. — Gargalhou, maléfico. — Você é um moleque idiota que só ganhou fama por posar de cueca pra uma marca famosa, é claro que vai deixar Sophia!
— Eu amo a Sophia e você não tem o direito de dizer nada.
— AMA O CARALHO! Você gosta daquela enfermeirazinha de quinta, que você comia no colegial. — Riu novamente. — A Sophia é só um passatempo pra você.
Recebeu um soco no rosto, aquilo doeu!
— Otário! Você acha que me batendo vai ser mais forte? — Ainda ria. — Cresce.
— Eu vou arrebentar você na porrada!
— Como a Sophia pôde gostar de um moleque como você? — Negou com a cabeça. — Ela era tão frágil quando estava nos meus braços, ela até me chamava de papai. — Gargalhou. — Um dia ela chegou pra mim, triste, eu comprei uma roupa pra ela, tão bonita. — Estava lembrando.
Micael sentiu náuseas e enjoo.
— Seu doente do caralho! — Tinha raiva nos olhos.
— Ela usou essa roupa, chorando. Deitou-se comigo e eu arranquei ela de si, eu disse pra ela não se preocupar, que ficaria tudo bem.
— Você estuprou a Sophia. — O choro de raiva de Micael caiu de seus olhos. — SEU DOENTE, EU VOU MATAR VOCÊ!
Micael nunca teve raiva na vida como teve de Gregori naquela noite. Enquanto o socava na cara, sentiu os ossinhos da mão ficarem quentes pelo sangue de Gregori, estourou sua boca, olhos, o sangue pisado era nítido na face do homem.
Deu um impacto que doeu sua mão, havia quebrado o nariz de Gregori, e não estava importando.
A mesa agora era um cenário ensanguentado, o homem estava ficando sem ar com o tanto de socos que estava levando de Micael.
Ele iria morrer naquela noite, nas mãos de Micael Borges.
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomansaMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.