Dois dias depois.
— Eu vou sentir tanta a falta de vocês! — Dinah abraçou Sophia, bem forte.
Nem parecia que queria matá-la no começo da história.
— Pode nos visitar nas férias de verão. — Sorriu.
— Iremos. — Encararam os maridos que se cumprimentavam.
— Fica bem aí, cara! — Bateu na mão de Chay. — Tem certeza que não quer o apartamento?
— Já disse que estou bem. — Riu leve.
— Posso te dar um abraço agora? — Lidiane apareceu, o irmão sorriu ao abraçar.
— Não precisa pedir. — Beijou o topo da sua cabeça. — Cuida da mamãe, ok? — Assentiu. — Amo vocês!
— Eu também! — Sorriram.
Micael fechou as duas portas do caminhão de mudanças, bateu na lataria e o veículo arrancou, indo embora.
Entrou em seu carro batendo as portas, Sophia colocou o cinto e verificou o de Annora, agora iriam se despedir de Nova Iorque.
— TCHAU FAMÍLIA! — Chay gritou enquanto o amigo buzinava no volante.
Desligou o carro imediatamente.
— O que foi? — Sophia encarou o marido.
— Eu... Esqueci um negócio lá em cima. — Saiu do veículo às pressas, ninguém havia entendido.
— O que houve? — Lidiane tinha o cenho franzido.
— Preciso buscar a carteira, eu esqueci completamente. — Mentiu. Estava com sua carteira no bolso da bermuda.
Passou por Ken que também não entendeu, pegou o elevador e chegou até o seu antigo apartamento. Teve a chave no portal, abrindo o espaço, tudo vazio agora.
Suspirou, olhando ao redor.
Flashback Micael.
— Cuidado, mãe! — Antônia abriu a porta com o pé, o filho não parou de falar das caixas encaixotadas.
Era uma cisma tremenda.
— Pare de ser tão veadinho! — Largou uma caixa no chão.
— Uau! É aqui que você vai morar, então? — Lidiane teve os braços cruzados, olhando o apartamento.
Enorme! Uma varanda de tirar o fôlego, sala, cozinha e os quartos. Fora o banheiro.
— Você curtiu? Doeu no meu bolso mas vou conseguir recuperar. — Sorriu à irmã.
— Você esperava o que? Queria morar em frente ao Central Park. — Os três foram até a varanda.
— O papai tinha que estar aqui, esse é um momento especial! — Lidiane soltou.
— Seu irmão só comprou um apartamento, o normal de todo homem que já saiu das asas da mamãe. — Puxou a orelha de Micael.
— Isso dói! — Reclamou.
— Agora só falta você, Lidiane. — Antônia suspirou.
— Mãe, pega leve com a Lidy. — Pausou. — A hora dela vai chegar.
— Quando chegar eu vou dizer: Graças a Deus! — Voltou para dentro do apartamento. — Quando o resto das suas coisas vão chegar?
— Que resto? O Micael não tem mais nada. — Lidiane riu. — Ele só tinha as coisas do quarto dele.
— Onde você vai cozinhar? — Antônia ficou preocupada.
— Comprarei algo por aí, é só até tudo chegar, quer dizer. — Coçou a nuca. — Quando eu comprar.
— Você me estressa tanto, sabia? — Abraçou o filho. — Fico feliz que esteja no seu canto.
— Você ficou muito feliz, dona Antônia! Dá pra ver no seu rosto. — A irmã gargalhou com o comentário de Micael.
— Eu fiquei mesmo, estava cansada de lavar as suas cuecas imundas! — Queria rir, mas se segurou.
— Imundas? Eu sou muito limpinho, tá bom?
— Aham, sei muito bem.
— Esse apartamento é ótimo, Micael! Você pode conhecer alguém, construir uma família...
— Mana, eu não vou construir uma família. Pode ser que lá no futuro eu... Consiga uma Barriga de Aluguel, essas coisas. — Deu de ombros. — Não quero mais me comprometer.
— De novo esse papo? — Antônia não gostava da idéia.
— De novo sim! E se um dia isso vier acontecer, eu vou ser um ótimo pai. Sem mãe, é claro.
— Você é quem sabe. — A mãe deu de ombros. — Já te ajudamos, agora se vira aí.
— Obrigado pela visita. — Debochou. Recebeu um tapa no ombro. — Aí, mãe!
— Também te amo! — Lidiane e Antônia saíram do apartamento.
E lá estava Micael, em seu novo espaço.
Flashback Micael.
— Obrigado pela estadia! — Disse só, antes de sair do local, trancando a porta, para sempre.
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomanceMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.