A noite caiu, Rosa foi embora ajudando Sophia na metade das coisas. Micael cuidou do jantar, tomou conta de Annora e ajudou a mulher novamente, que agora, estava sentada no chão, ajuntando mais objetos.
— Amor, vamos descansar? Você precisa descansar! — Tinha manha na voz, Sophia negou.
— Talvez você precise descansar. — Deu um risinho.
— Eu? Claro que não. — Deu de ombros. — Você sim, está grávida, esqueceu?
— Como? Você não me deixa esquecer nem um minuto. — Riu leve. — Pega isso pra mim? — Apontou.
Micael entregou à ela um álbum.
— Ooh, meu Deus! — Olhou as fotos de Annora neném. — Que coisa mais linda. Com quanto tempo fez isso?
— Ela tinha cinco meses. — Sorriram. — Eu gosto dessa!
— Eu adorei todas, como me escondeu isso?
— Você nunca perguntou. — Limpou os talheres com um pano úmido.
— Sinto muito por isso. — Passou a mão em uma foto de Annora.
— Mas agora tá tudo bem, estamos todos juntos! — Sorriu.
Continuaram a encaixotar.
— Falou com sua mãe sobre a nossa mudança?
— A Lidiane contou mas, ela não deu ouvidos. — Pausou. — Nem adianta, ela é louca!
— Total! — Passou a fita isolante em uma caixa. — Bom, acho que acabei.
— Daqui a pouco você vai me encaixotar. — Sophia riu.
— Bobo. — Sentou no colo do marido.
— Sabe de uma coisa? A gente podia fazer sexo no meio desse monte de caixa. — Beijou o pescoço da esposa.
— NÃO! A Annora pode ver. — Continuava rindo.
Beijou os lábios do marido.
— Vem aqui, vem! — Virou Sophia beijando a mulher, subiu as mãos impacientes por dentro de sua blusa, encostou os dedos no fecho do sutiã.
Sophia o parou.
— Nada disso!
— Amor... Ela está dormindo! — Entristeceu. — Eu tô morrendo de saudade sua.
— Mas já matamos a saudade ontem.
— Ontem, não hoje. — Tentou beija-la. — Poxa, Sophia.
— Poxa nada! Pode arrumar suas coisas aí. — Observou as caixas abertas ao lado.
— Tá bom. — Suspirou. — Eu vou continuar aqui, limpando os talheres, arrumando as caixas. — Queria que Sophia tivesse pena. Fez uma carinha de cão sem dono. — Só queria a minha mulher sabe, que ela me amasse.
— Eu te amo e para de tanto drama. — Deu um selinho. Levantou-se rápida. — Eu vou tomar um banho e quando eu voltar... Quero todas as caixas embaladas, estou clara?
— Completamente! — Segurou o riso quando Sophia andou até o banheiro, desaparecendo de suas vistas.
Tomou um banho quente, vestiu o pijama, penteou os cabelos enquanto Micael se preparava para tomar banho. Deitou no colchão mexendo em seu celular, o marido apareceu depois de vinte minutos, os cabelos úmidos e muito cheiroso!
— O que tá fazendo? — Deitou-se no colchão.
— Vendo o que tem de bom. — Deixou o IPhone de lado.
— Sabe, eu acho legal essa idéia de dormimos no chão. — Sophia riu.
— Eu acho péssima! Pena que nossa cama está desmontada.
— É só por alguns dias.
— Espero. — Suspirou.
— Rosa está bem triste, não está?
— Tá sim! Mas eu disse que ela pode nos visitar quando quiser, e se eu não der conta, ela pode ficar com a gente. — Sorriu.
— Eu já falei que eu te amo hoje?
— Não! Eu queria escutar. — Fez pose.
— Eu te amo. — Beijou a esposa. — Muito. Muito. Muito. Muito. Muito. Muito. Muito.
— Eu também seu bobo! — Sorriram. — Você já se despediu da sua namoradinha?
— Vai começar...
— Não vai começar nada. — Zoou. — Me diz! Você já despediu dela?
— Já sim, eu estava na casa dela, transando com ela. — Contou. — O marido dela estava na sala vendo futebol, comendo um potão de pipoca com manteiga.
— E aí? — Entrou no jogo, se interessando.
— E aí que a gente transou. Enquanto você estava aqui, encaixotando a nossa mudança.
— Eu falei pra Rosa que cortaria seu pinto preto com a tesoura de recortar as fotos.
— Nossa, amor! — Sophia segurou o riso. — E meu pinto não é preto, você sabe muito bem a cor dele.
— Micael, eu não quero falar do seu pinto. — Fez uma careta. — Eu quero dormir, descansar, porque amanhã temos muito trabalho em diante. Você não vai escapar!
— E quem disse que eu escapo?
— Hoje à tarde foi o que? — Cruzou os braços.
— Tá bom. — Bufou. — Amanhã vamos arrumar mais coisas e eu não vou escapar.
— Isso mesmo, gosto assim! — Arrumou-se para dormir, sentiu Micael abraçar ela por trás. — Boa noite, amor.
— Boa noite, amor. — Beijou a bochecha de Sophia, fechando os olhos.
O silêncio reuniu, Sophia poderia descansar!
— Amor, a gente podia dar uma rapidinha, né? Tá um clima tão gostoso!
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomanceMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.