Uma Mãe Para o Meu Bebê

Alerta

Um ano depois.

— Bottin, nos falamos depois? — Micael sorriu ao chefe que fez o mesmo, assentiu enquanto saíam da empresa.

Micael fez o de costume, entrou em seu carro, iria dirigir até seu condomínio mas primeiro tinha que passar na casa de Chay, conhecer a pequena Laurel. Observou o presente no banco de trás.

— Lidiane? — Fechou a porta do carro quando chegou. — Eu vou demorar um pouco. Tudo bem? — Respirou fundo, tocou a campainha. — Merda! Ok, já estou chegando. — Desligou a ligação, guardou o celular no bolso da calça social.

Chay abriu a porta, abraçou o amigo e ficou feliz pela visita.

— Micael, cara! — O convidou para entrar. — Como você tá?

— Perfeitamente bem. — Sorriram. — Trouxe isso pra pequena Laurel.

— Ah, não precisava. — Segurou o embrulho nas mãos. — Ela está lá em cima com Dinah, a viagem foi longa.

Dinah estava no Alabama quando teve a pequena Laurel, também tinha divorciado de Chay mas agora queria voltar, ficar e ter uma família. Diferente de Micael.

— Como está o trabalho?

— Muito bem. Eu nunca pensei que trabalhar na Disney seria divertido. — Micael riu. — E você? Como anda a vida?

— Eu vou indo. — Encarou os dedos. — Bottin me deixando cansado, como sempre. — Deu de ombros.

— E Annora? Como está?

— Ótima! — Sorriu ao lembrar da filha. — Ela é uma bebê bem esperta, diferente dos primos.

— E quando sua irmã ganha o bebê dela? Já tem previsão? — Cruzou as pernas, relaxando no sofá.

— Ainda faltam dois meses. Ela anda cuidando de Annora pra mim, me quebra um galho enorme. — Lembrou-se.

— E Sophia? — O olhar de Micael mudou, completamente. — Não teve mais notícias dela?

— Eu não sei quem é essa mulher, Chay!

— Ok, já entendi! — Espreguiçou-se. — Engraçado como a vida é, não acha?

— Você diz em relação de... Sophia abandonar a própria filha?

— Eu digo em... Sophia te largar e deixar a menina. — Pausou. — Ela foi uma tremenda idiota.

— Só que agora ela não vai ver a menina, nem por cima do meu cadáver. — Se irritava ao lembrar. — Annora é minha filha, sangue do meu sangue! E Sophia foi embora sem ao menos saber disso.

— Não coloque a menina em apuros, ela é só uma criança!

— Protejo de todas as formas a minha filha, fique tranquilo. — Suspirou. Levantou-se, tinha a chave do carro nas mãos. — Vamos marcar um dia de sair, preciso levar Annora pra passear.

— Claro! Que tal no final de semana? Podemos dar uma volta no Central Park. — Chay optou. Nunca pensou que combinaria esses programas com Micael, ainda mais nessa altura do campeonato.

O moreno despediu-se de Chay e foi embora, tinha que ir pra casa. Estava exausto enquanto dirigia, pediu para que Ken guardasse o carro, de tão cansado que estava.

Mas sua missão não acabava por aí, ainda tinha Annora.

— Lidi? — Fechou à porta quando passou por ela. — Tudo certo por aí?

— Tudo sim, só Annora que chorou um pouco, estava com fome. — Explicou. — Tudo bem com você?

— Tudo, eu só estou um pouco cansado. — Respirou fundo. — Aconteceu alguma coisa?

Lidiane colocou as mãos na barriga, parecia cansada também.

— Você tem levado Annora ao pediatra?

— Claro que eu levo. — Disse óbvio. — Eu não seria louco de não levar.

— Leve ela em outro pediatra então. — Piscou rápido. — Ela não tem atenção, Micael! Meus filhos com um ano já tinham atenção, ela é totalmente aérea.

— Tá querendo dizer o que? — Embraveceu.

— Annora pode ter algum problema, Micael! — Disse, por fim.

Ele ficou em transe, encarando o chão, Lidiane se preparou para ir e não disse mais nada. Já tinha avisado o irmão, só bastava ele acreditar!

Esperou que a irmã fosse embora, verificou Annora que dormia tranquilamente em seu berço, foi até sua lista telefônica procurando o melhor pediatra de Nova Iorque, que custaria uma fortuna.

— Alô? Desculpe estar te ligando no seu particular... Eu gostaria de marcar uma consulta. — Anotou no papel. — Certo! Amanhã de manhã? Fechado! Muito obrigado mesmo, estarei aí. — Vibrou, antes de desligar a ligação.