— Por que faz isso? Me diga! — Estava bravo, andava de um lado para o outro.
Sophia ficou em silêncio.
— ANDA! Me responda. — Cruzou os braços.
— Você sabe que eu sou assim.
— Burra? Porque pra mim, gente que faz isso é burra.
— Tá me humilhando? — Levantou-se em defesa.
— Eu tô dizendo a realidade. — Pausou. — Você não faz nada o dia inteiro, quando chego, tudo espalhado pelo apartamento. E só faz merda!
— Tudo bem, senhor mandão. — Sophia ficou com raiva. — Eu vou embora da sua casa, só me dá o cheque e eu irei embora.
— Você não vai sumir! O bebê é meu.
— Certo, o bebê é seu mas ainda tá no meu corpo. — Pausou. — Você é um mauricinho idiota que quer tudo perfeito, eu não tive a mesma vida que a sua, eu nunca estive grávida, essa é a minha primeira vez. Então você tem que ter paciência comigo.
— Você tem quantos anos? Nove? — Perguntou, incrédulo. — Passando química no cabelo, você sabe que o bebê pode morrer, não sabe?
— EU NUNCA ESTIVE GRÁVIDA!
— É SÓ LER! — Gritou. Apontou aos livros. — Eu comprei quatro livros pra você aprender, leia, apenas leia a porcaria dos livros! — Bufou.
Sophia respirou fundo, abaixou a cabeça.
— Quer saber? Eu vou parar de encher o seu saco. — Saiu da sala, entrando no quarto de Micael. Ele a seguiu.
— Eu preciso das minhas roupas.
— Eu tô te incomodando? Acho que não. — Desarrumou a cama. — Se eu soubesse que seria assim, eu não aceitaria esse contrato idiota.
— Contrato idiota? Ah, quer saber! Eu vou deixar você, amanhã é um novo dia. — Pegou sua roupa e saiu do quarto.
Ótimo! Estava brigado com Sophia, estava puto por ela ter quebrado as leis. Estava muito puto! Tomou seu banho e deitou-se na cama do quarto de hóspedes, achando um jeito de deletar tudo do mundo.
Ou não.
— Olha só, ele quem começou, tá legal? — Sophia apoiou-se na cadeira de Laund.
Era manhã quando os dois foram ao consultório dela, discutiam sobre o que tinha acontecido ontem.
— Ah, eu que comecei? Você passou química no cabelo e eu que comecei?
— Passou química no cabelo? Ficou maluca? — Laund arregalou os olhos.
— Ela é maluca!
— Eu tenho sentimentos, sabia? — Sophia respirou fundo. — E eu achei que poderia passar química, é só um bebê.
— Que você está gestando, querida! Não pode passar química, não pode comer certo tipo de alimento, sabe que irá fazer mal.
— Não Laund, ela não sabe. — Micael debochou. — Ela é burra demais pra saber isso.
— PARA DE ME CHAMAR DE BURRA!
— ENTÃO PARA DE SE COMPORTAR COMO UMA. — Estavam gritando.
— Ei, ei! Chega os dois. — Laund entrou no meio. — Vocês não podem ficar brigando desse jeito, sabe que isso irá fazer mal, não sabe?
— Se ela facilitasse. — O moreno cruzou os braços.
— Eu aconselharia um tratamento pra vocês, algo que se conheçam melhor. — Laund foi até sua mesa, tinha dois cartões, entregou à Sophia e Micael. — Eu sugiro uma aula terapêutica de ioga.
— Ioga? — Micael franziu o cenho. — Laund...
— É um jeito de vocês se conhecerem, fora que o estímulo vai aumentar bem mais. Sophia irá ficar calma, você irá ficar calmo. Estará tudo resolvido.
O moreno encarava o cartão nas mãos, pensativo, teria que dividir seu tempo com duas pessoas: Sophia e Dinah.
— Pode nos inscrever, eu irei com ela. — Laund sorriu.
— Você nem perguntou pra mim se eu queria. — Estava incrédula, usando argumentos repetidos que Micael sempre usava.
— Você vai e ponto. — Levantou da cadeira. — Obrigado, Laund! Qualquer coisa eu retorno pra você.
— Não precisa agradecer, só não quero que vocês briguem, isso irá afetar o bebê. — Assentiu. — E Sophia, querida! Pare de fazer coisas erradas, o bebê do Micael é precioso, você pode perguntar, ele irá te dizer.
— Tá bom, tá bom! — Revirou os olhos. — A gente pode ir embora? Eu quero ir no banheiro. — Fez uma careta, Micael bufou, andou na frente indo até onde o carro estava.
Que coisa! Por que ela era assim?
— Feliz? — Ligou o carro. — Se não fosse por suas loucuras não teríamos que passar por isso.
— Minhas loucuras? Eu já pedi desculpas!
— Eu nem sei porque dou onda pra você. — Virou o volante. — Te deixarei no apartamento e vou trabalhar, qualquer coisa me ligue! Eu sei que você não vai ligar mas mesmo assim, eu espero que você ligue.
— Você parece meu pai.
— Ainda bem! Eu sou realista. — Dirigiu até seu condomínio.
Realista até demais.
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomanceMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.