Não Tenho Ciúmes

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Sophia acordou com o barulho da campainha, era manhã, Micael já tinha saído pra trabalhar. Levantou com os cabelos bagunçados, arrumou sua barriga falsa que estava torta, pelo caso de ter dormido. Foi até a porta vendo um homem, na verdade, cinco homens.

Se assustou.

— Olá?

— Você é esposa do Micael Borges? — Olhou a prancheta.

— Namorada. — Soou bem mais leve.

— Somos a empresa que ele contratou para montar o quarto do seu bebê. Podemos entrar?

— Claro, entrem! — Deu passagem. — O que é isso? — Encarou a prancheta que o homem tinha dado.

— Assine nos locais corretos, por favor! — Observou Sophia assinar. — Obrigado! Vamos fazer o nosso trabalho.

— Fiquem à vontade. — Sorriu leve.

Aquilo era um pesadelo, iria matar Micael!

Bufou enquanto voltava ao seu quarto, trocou de roupa e ainda sim usava a barriga. Aquilo estava terrivelmente falso, pra ela, esperava que não estivesse para os outros. Decidiu sair, caminhar no parque e se acostumar com a mentira que estava levando.

— Olha só quem apareceu! — Ken sorriu. — Onde vai assim? Tão jovem e bela?

— Ken, segura a onda se não o Micael corta seu precioso.

— Eu amo a minha pretinha, nem vem! — Rendeu as mãos. — Mas me conta, e essa barriga? — Sophia arregalou os olhos.

— Aí meu Deus, eu sabia que não ia durar por muito tempo. — Teve as mãos na cabeça.

— Durar por muito tempo? O que tá falando?

— Da barriga, oras! — Foi óbvia. — Você é esperto demais, com certeza pegou no ar, muito antes que Micael.

— Pera, o Micael não viu ainda essa barriga? Como assim? Ela tá perfeita! Já sabe o que é?

Sophia parou, automaticamente. Respirou fundo, se aliviando. Ele estava se referindo ao aparecimento da barriga. Graças a Deus!

— Não sabemos ainda. Eu não fui ao médico.

— Não tá indo ao médico? — Arregalou os olhos.

— Eu tô sim, mas não fomos ainda. E o Micael nem me acompanha nas minhas consultas. — Deu de ombros. — Então você gostou da minha barriga?

— Já tava na hora de aparecer. — Cruzou os braços. — Faz um tempo que você tá grávida e nada ainda. Ainda bem que decidiu aparecer.

— Pois é, pra você ver como são as coisas. — Pausou. — Fica de olho no apartamento?

— Você diz sobre os caras da reforma? Micael tinha me avisado.

— Ele não me avisou. — Se sentiu traída.

— Micael sempre esquece de avisar.

— Ele avisou você!

— Porque estávamos falando sobre uma coisa referente a isso. Não vai ficar com ciúmes, ou vai?

— Eu? Com ciúmes? — Riu incrédula. — Eu acho super normal o Micael ter essa amizade com você, mas ele deveria ter me falado. Eu estou sozinha, com seis homens lá dentro. — Explicou. — Eu deveria saber que isso aconteceria.

— Não fica bravo com ele, é por uma boa causa. O bebê dele vai ter um quarto pra dormir.

— Podíamos fazer isso juntos!

— Ele trabalha demais, Sophia. Não fica brava com ele. — Pausou. — Vai ao Central Park?

— Vou sim, dar uma arejada na cabeça. Enquanto quebram o apartamento. — Lamentou-se. — Qualquer coisa é só me ligar.



— Então? Gostaram da idéia? — Micael estava escrevendo no quadro. Quase todos assentiram.

Tinham que pensar para a XXTD.

— Mas pera, então se o produto parar de funcionar...

— Se parar de funcionar, estará quebrado. Simples! — Deu de ombros. — Precisamos por em prática essa idéia, eu vou ligar pra alguns engenheiros.

— Não vamos ficar com funções esse ano?

— Já ia me esquecendo. — Abriu a caneta vermelha, escreveu no quadro branco. — Carla, ligar para o engenheiro. Lucca, cuidar da parte elétrica. Chay, ir atrás dos alimentos e o resto pode cuidar do design da máquina. — Todos assentiram novamente. — Isso tem que ficar perfeito!

— Pode deixar! — Carla se animou.

Todos foram ao trabalho.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Onde histórias criam vida. Descubra agora