— Sua assessora é uma chata! — Micael abriu a porta do apartamento. — Que porra é essa?
— Ela é rápida! — Sophia correu até as duas roupas com a capa preta.
Certamente, um vestido e um traje masculino.
— Como ela entrou aqui?
— Alguém da equipe deixou aqui. — Pegou a capa preta nas mãos. — Eu vou ver só depois, você pode abrir o seu mais tarde.
— Pera, essa festa é hoje?
— Amanhã. Ainda temos um dia pra descansar. — Sorriu. — O que tanto comprou nessas sacolas? — Apontou para as sacolas com marcas diferenciadas.
— Comprei camisas sociais, boxers, blusas e algumas calças.
— Uau. — Ele riu. — Vou guardar o meu vestido, você quer comer alguma coisa?
— Posso comer você ou não tá incluso? — A voz de Micael ecoou quando Sophia entrou no quarto de hóspedes, estava vermelha.
Ainda bem que ele não a via.
— Não, eu não estou inclusa. — Foi até à cozinha. — Vou fritar batatas e fazer um arroz, que tal?
— Pode ser. Mas eu não vou te ajudar.
— Você deveria estar trabalhando!
— Eu deveria estar aposentado! — Sophia gargalhou.
24 horas depois.
— Como eu estou? — Sophia virou-se para Annora, a menina abriu os lábios, sua reação foi demais.
Annora escreveu na lousa de quadro branco, Sophia segurou-se para não chorar.
— Você é linda, filha! — Beijou a garotinha. — Quer colocar o batom na mamãe? — Ela assentiu.
Abriu o batom passando na boca de Sophia, bem clarinho.
— Eu fiquei mais linda ainda, igual a você. — Annora sorriu. — Fique bem, eu te amo! — Deu um último beijo em Annora que fez o mesmo.
Sophia estava deslumbrante com seu vestido preto, longo, com brilho. Um decote de deixar qualquer um babando, e o acabamento nas costas, nu. Os cabelos com grandes cachos, a maquiagem perfeitamente esfumada, os saltos caríssimos e o par de brincos que comprariam dois condomínios luxuosos na área onde Micael morava.
Ela saiu do quarto de Annora, seu salto ecoou no piso de madeira e Micael conseguiu vê-la, seu mundo parou.
Como uma mulher conseguia ser tão linda daquele jeito?
— Uou. — Sophia riu. — Tem certeza que você vai comigo? Eu só to usando um smoking da Calvin Klein.
— Bobo. — Bateu de leve em seu peito. — Eu deixei o pagamento na mesa da cozinha, tudo bem pra você? — A babá assentiu, iria cuidar de Annora naquela noite.
— Se ela chorar no meio da noite ou sentir fome, pode ligar pra vó dela, o número está na porta da geladeira.
— Ah, e, não dê coisas pesadas, tá? Pode fazer má digestão.
— E quando ela for dormir, não esqueça de tirar o aparelho dela, certo? Annora não pode dormir com aquilo. — Micael advertiu, pela última vez.
A babá seguiu as ordens e assim os dois partiram para o baile de gala.
Micael deixou o carro com o manobrista quando chegaram ao local, o moreno ajudou Sophia segurando em sua cintura, ela sentiu um arrepio.
— A gente precisa passar por isso? — Sussurrou em seu ouvido quando olhou o tapete vermelho.
— Precisamos. — Sorriu. — Eles vão tirar foto da gente e depois vão colocar nas capas de revista. Você vai ficar famoso! — Brincou com Micael que revirou os olhos.
Que casal! Posaram no tapete vermelho fazendo carões, Micael não sabia lidar com aquela vida, ele só estava seguindo o jeito, imitando as pessoas que eram famosas.
Muito famosas!
— Por que você foi convidada pra isso? — Entraram no salão. Receberam olhares diferenciados.
Estavam expostos, como dois troféus.
— É uma revista, eu sou modelo. — Sentaram na mesa onde tinham seus nomes gravados. — Você tá gostando?
— Eu queria te dar um casaco, tem muita gente olhando pra você. — Sentiu ciúmes.
Sophia gargalhou.
— Eu não tô achando graça.
— Aí, eu tô. — Encarou os próprios seios, ainda cobertos. — Não tá mostrando nada demais, Micael!
— Tá sim. Tá alto e muito firme, eles deveriam saber que esse par de peitos é meu! Mesmo estamos separados. — Sophia riu mais ainda.
— Você é uma comédia!
— E agora, o grupo de Jazz invadindo a pista de dança. — A música lenta começou a tocar.
Os olhos azuis de Sophia cravaram em Micael.
— Vamos dançar ou você vai ficar vigiando os meus... Peitos? — Gesticulou.
— Eu escolheria a segunda opção mas vou ir na primeira. — Levantou-se. — Me dá a honra?
— Claro. — Levantou-se, andaram até a pista de dança.
Micael enlaçou seus braços nas costas de Sophia, que apoiou suas mãos nos ombros do mesmo.
— Isso aqui tá muito lento! — Sussurrou.
— Se você ficar duro eu juro que eu te mato. — Ele riu.
— Eu não posso ficar sem pau, não agora!
— Ah, é? E por que?
— Porque eu estou vigiando dois belos pares de peitos, eles estão na minha frente, prensando meu smoking de primeira linha. — Sophia riu. — E eu quero, com toda a vontade do mundo tirar eles desse pano, estão sendo sufocados.
— Você quer?
— Eu quero, aposto que a dona deles também.
— Ok, será que eu devo deixar?
— Na minha concepção, você deveria. — Abaixou as mãos até a bunda de Sophia. — Eu também to vigiando isso.
— Micael! — Arregalou os olhos.
— Isso também é meu, eu esqueci de avisar.
— Você é muito bobo! — Se encararam.
Sophia sentiu falta, durante quatro anos sentiu falta daquele beijo. Era como voltar pra casa e ser acolhida, era como estar no céu. Sentir a língua de Micael passeando por sua boca era coisa de outro mundo. Mordiscou os lábios carnudos dele quando o mesmo cessou.
Ele olhou aos redores.
— Eu tava morrendo de saudade. — Sorriram.
— Eu também.
— Fala pra mim uma coisa, eu to querendo escutar ela desde o dia que você chegou. — Sussurrou no ouvido de Sophia.
A loira olhou aos redores, parecia achar uma saída pra fugir.
— Me fode. Eu quero que você me foda!
— O que? — Empurrou Sophia até a saída.
— Me fode.
— Não escutei. — Pegou a loira no colo.
— Eu quero dar pra você, Micael!
Micael só sabia sorrir. Ordinário!
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomanceMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.