— Que lindo o seu desenho, filha! — Sophia elogiou Annora que estava na cama da mãe, vendo o irmão mamar, tranquilamente. — O que mais você fez hoje?
[Sinais Annora] — Eu tomei sorvete com a Rosa, de morango. — Lambeu os lábios. — Por que ele tá no seu peito, mamãe?
— Porque o neném precisa mamar. — Annora assentiu. — Ele não pode comer batata frita, nem arroz e nem feijão.
[Sinais Annora] — Nem feijão? — A menina ficou boquiaberta.
— Nem feijão. Ele é muito pequenininho! — Sorriu à filha que dobrou o desenho.
[Sinais Annora] — Eu fiz um desenho pro papai mas... Acabou meu lápis verde.
— Peça pro seu pai comprar.
Annora deu risada, Sophia segurou nas mãos de Liam enquanto o mesmo mamava. Era tão quieto, muito tranquilo.
Lidiane entrou no quarto.
— Toc, toc! — Sorriu para as duas que fizeram o mesmo. Sentou-se tendo Annora nos braços. — Estava falando com sua mãe?
A menina assentiu.
— Mande o Micael comprar uma caixa de lápis de cor para Annora. Diga que eu mandei. — Tinha um sorriso engraçado nos lábios.
— Eu vou dizer. — Encarou a sobrinha. — E você, dona mocinha? Quantos desenhos já fez hoje?
Annora mostrou a palma da mão aberta.
— Cinco? Uau! — Deu beijos na menina. — E você Soph? Está mais descansada?
— Muito! Sei que essa noite vamos ficar em batalhão. — Referiu-se à Liam.
— Micael está no quarto de hóspedes? — A cunhada achou graça.
— Ele disse que não quer dormir comigo, até meu resguardo acabar. — Retirou Liam de seus seios, o mesmo já tinha acabado de mamar.
— Que bobeira! Eu engravidei na minha dieta, sabia? — Sophia impressionou-se. — É melhor ele dormir lá mesmo.
— Vou ficar com uma cama enorme só pra mim. — O colocou no berço, do lado da cama. — O que foi, filha? — Encarou Annora que estava pensativa.
[Sinais Annora] — Mamãe, seu leite é gostoso? — Teve o indicador nos lábios, pensativa. Lidiane achou graça, era muito fofinha.
— Você quer experimentar um pouco? — Annora assentiu. — Lidi, tem algum problema?
— Claro que não! Noah mamou até os cinco anos, não tem nada de errado. — Explicou. — É muito bom a criança desmamar mais tarde, as proteínas que ela precisa estão no leite!
— Annora, venha até aqui, meu amor! — Chamou a menina que engatinhou até Sophia, deixou em seu colo pegando nos seios de Sophia.
Automaticamente já estava sugando o leite, o primeiro contato que teve, já que quando era bebê, Sophia lhe deixou. Não conseguiu ter essa oportunidade com Annora.
— Eu amo você, querida. — Mexeu em seus cabelos loiros. — Amo muito, muito, muito, muito, muito. — Cheirou seu rostinho.
— Amo ver essa conexão entre você e Annora, são tão lindas. — Lidiane abraçou uma almofada. — Meus filhos estão na fase rebelde da vida. — Sophia riu.
— Nem me fale quando os meus chegarem à esse ponto, vou querer estar em um resort quando isso acontecer.
Lidiane riu. A porta se abriu novamente.
— Posso entrar ou preciso ser uma menina pra participar? — Micael apareceu, fechou a porta. — Ora, ora. Dona Annora! — Teve um olhar brincalhão enquanto via a filha mamar.
— Ela quis um pouco, falei pra Sophia dar, não tem nenhum problema. — Lidiane explicou. — Como foi com a mamãe?
O clima ficou tenso.
— O que houve com a sua mãe? — Sophia franziu o cenho.
— Eu vou lá pra baixo. — A cunhada saiu da cama. — Você desce depois? O jantar ficará pronto!
— Sim, eu irei sim. — Sophia assentiu antes de Lidiane deixar o quarto.
Encarou o marido que estava em transe.
— Vai me contar o que aconteceu?
— Minha mãe está doente! — Soltou. — Um pulmão dela funciona, Lidiane disse que se ela tiver um AVC...
— Meu Deus, Micael! — Chocou-se. — Que horrível. Mas, ela está bem?
— Pelo que parece sim, dei um puxão de orelha nela. — Pegou a almofada que Lidiane estava segurando. — Minha mãe parece criança.
— Se você quiser chamar ela pra vir aqui... — Sophia optou, tinha que abaixar as armas com a sogra.
— Conversei com ela sobre os cuidados médicos. — Suspirou. — Você está bem?
— Eu estou. — Segurou nas mãos de Annora. — Isso me lembra a minha mãe, sabia?
— É? — Sorriu.
— Sim, ela gostava de segurar nas minhas mãos. — Fez carinho nos dedos de Annora. — Eu me culpo muito por fazer aquelas coisas, eu me culpo demais! — Olhou Annora, encantada. — Parece que... Eu fugi de tudo, esqueci de todos, isso dói!
— Agora você está em casa, junto com a gente. — Micael sorriu, foi acolhedor. — Nada de ruim vai acontecer.
— Espero. — Sorriu.
Annora soltou o seio da mãe, abraçou a mesma que sorriu com o ato. Estava quase chorando!
— Eu te amo, te amo, te amo, te amo, te amo. — Encheu a filha de beijos.
Annora deu um abraço no pai antes de sair da cama, saiu porta a fora deixando Micael e Sophia a sós.
E claro, o pequeno Liam que quase pegava no sono, de novo.
— Será que agora é a minha vez? — Arqueou uma sobrancelha.
— Idiota. — Micael riu. — Pega pra mim? — Ele virou-se pegando o absorvente de seio.
— Eu vou começar a cobrar de você, hein! — Entregou a caixinha para Sophia. — Micael fecha a cortina, Micael lava a louça, Micael arruma a cama da Annora, Micael enche a banheira. — Sophia morreu de rir. — Não achei graça.
— Eu achei. — Arrumou o absorvente em seus seios, Micael lhe encarava.
— Eu perdi meus preciosos justamente pros meus filhos, isso é sacanagem!
— Você não soube aproveitar, isso que deu. — Fechou o sutiã.
— Ah, não fecha não! Eu não sei quando vou ver eles de novo. — Sophia segurou o riso.
— Eu não aguento você.
— Claro que aguenta! Pede até mais.
— Você vai aguentar ficar sem sexo por quarentas dias?
— Eu vou te trair. — Encarou suas mãos. — E quando você estiver no fim do resguardo, eu faço outro filho em você, o ciclo nunca morrerá.
— Como você é engraçado. — Aproximou-se do marido dando um beijo no mesmo.
As mãos de Micael subiram. E outras coisas também...
— Alerta vermelho! — Avisou. — Eu vou descer antes que aconteça uma coisa muito ruim aqui.
— É sério que você não aguentou se segurar? — Sophia prendeu o riso.
— Brinca mesmo, isso é maldade comigo! — Saiu da cama e deu tchau ao quarto.
Tinha que sair de lá, antes que fosse tarde.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomanceMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.