Um dia depois.
— Cuidado, devagar. — Micael segurava Sophia, ela o tinha como apoio para andar nos lugares.
— Micael, eu estou bem! — Achou graça do marido.
— Se estivesse bem não estaríamos voltando do hospital. — Abriu a porta do apartamento. — Rosa? Me ajude aqui!
— Opa, seu Micael. — Rosa correu até os dois. — Dona Sophia, a senhora melhorou?
— Melhorei sim, só Micael que é exagerado. — Ajudou Sophia a sentar no sofá.
— Ainda bem, viu? Pois eu fiz uma sopa de batata pra senhora, com abobrinha e carne. Tá uma delícia! — Micael riu leve.
— Obrigada, Rosa! — Olhou aos redores. — Annora está dormindo?
— Foi pro colégio. Eu levei ela, fiz o lanche... — Explicou. — A caloteira da irmã do senhor veio aqui, levou Annorinha pra tirar o gesso do braço.
— Ainda bem que ela tirou. — Sophia sorriu aliviada. — Aquilo estava agonizando a minha pequena.
— A bichinha tá toda solta agora. — Rosa sorriu. — Consegue brincar tranquila.
— Que estranho! Ela deveria ter me ligado. — Micael franziu o cenho.
Logo lembrou do celular descarregado.
— Me dá licença que eu vou ver a sua sopa. — Rosa saiu da sala, entrando na cozinha.
Micael sentou ao lado de Sophia.
— Se sente melhor?
— Eu tô bem meu amor, estamos bem. — Ninou a barriga. — E você? Eu sinto muito pelo o que aconteceu.
— Ninguém acreditaria que justo o Bottin iria morrer.
— Ninguém sabe o dia de amanhã, Micael! — Brincou com os dedos do homem. — Ele descansou.
— Justo ele. — Remexeu os lábios.
— Alguém disse alguma coisa pra você?
— Ninguém que eu me lembre. — Mentiu. — Agora vai ficar tudo bem.
— Eu preciso ligar pra agência, explicar...
— Sophia, relaxa! Ok? Eu vou ir na agência e conversar com Gregori sobre sua ausência.
— E brigar com ele?
— Quem aqui vai brigar?
— Você altera quando ninguém tá vendo!
— Eu sei o mato que eu tô procurando. — Ficava bravo só de pensar.
— Não gosto de te ver assim.
— Então me dá um beijo e eu esqueço isso. — Olhou a esposa com um sorriso maravilhoso.
Sophia chegou seus lábios nos de Micael, iniciando um beijo calmo.
— Dona Sophia, a sua sopa tá nos trinques! — Rosa saiu da cozinha com a panela de pressão.
Micael segurou o riso, não era Annora que os atrapalhava agora.
— O cheiro tá ótimo, Rosa. — Micael ajudou Sophia a sair do sofá.
— Eu sou apta a dizer que amo sopa, mas a da Rosa deve estar demais. — Sentou Sophia na cadeira, a mulher arrumou seus talheres e pratos.
— Seu Micael, se o senhor não quiser tomar sopa, eu fiz carne e arroz. — Rosa o avisou.
— Eu vou ir de sopa também, pra seguir a dona coisinha aqui. — Serviu-se vendo Sophia tomar o caldo com cheiro delicioso.
— Huuuuuuuuuuuum, Rosa! — Fez biquinho ao provar a sopa. — Que delicia de sopa, Jesus! — Tomou mais um pouco.
— Minha sopa não tem pra ninguém. Lá em casa quando tá todo mundo de molho, a gente taca sopa em cima deles.
— Tá gostoso mesmo. — Micael provou. — Senta aí, Rosa! Vamos comer.
— Só depois que o patrão almoçar junto com a patroa, é errado eu me envolver desse jeito.
— Aaah, para com isso. Você é da família! — Puxou a cadeira para Rosa se sentar.
E ela não negou! Estava com um prato pegando a sopa na panela de pressão.
— Gostou de ficar com Annora, Rosa? — Sophia perguntou, gentil.
— Ela é uma belezinha! Não deu trabalho nenhum. — Sorriu. — Eu não sabia que ela conseguia ler lábios.
— A maioria do tempo ela consegue, não sempre. Às vezes falamos rápido demais. — Micael disse. — Por isso ela usa o aparelho.
— Ela sempre escrevia as coisas pra mim na folha, quando eu não entendia o que ela queria. — Todos sorriram. — Que belezinha!
— Ela também gostou muito de você, Rosa! — Micael sorriu. Escutou o telefone tocar. — Eu atendo!
Correu até a base.
— Alô?
— Micael? Sou eu, Eli!
Estava demorando.
— Ah, oi. — Disse seco. — Alguma coisa de importante?
—Nós precisamos conversar, sério! Um assunto que vai te interessar e abrir os seus olhos.
— Se for mais uma...
— Confie em mim! Você e Sophia estão correndo perigo e eu preciso contar à vocês.
— Tá. — Deu de ombros. — Onde podemos nos encontrar?
— Vou passar a localização no seu celular. Fique por perto!
— Ok. — A ligação ficou muda.
E o medo de Micael só aumentou.
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
عاطفيةMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.