Três dias depois.
Sophia e Micael ainda continuavam brigados, mais ou menos, era o que Sophia decretava quando o marido fazia carícias de manhã.
Tudo era esquecido com sexo, depois, voltava ao normal.
Hoje era o dia da sua consulta, estava ansiosa pelo novo obstetra e tinha levado Micael junto, ele participaria bem mais do que participou quando Sophia estava grávida de Annora.
— Seu médico é o Doutor Adam? — Teve ciúmes na voz.
— Algum problema, querido?
— Eu já te disse pra não me chamar de querido. — Sussurrou.
Estavam no corredor, esperando.
— Você tá muito chato, Micael!
— O que tá chato é esse clima nosso. — Pausou. — Voltamos na idade de brigar?
— Só se você tiver quinze anos de idade.
— Até com quinze anos eu não era tão criança assim.
— Tá me chamando de criança? — Queria esganar ele.
A porta do consultório se abriu.
— Sophia Abrahão? — Adam lhe chamou, um médico da mesma idade que Micael.
Não foi uma boa pedida.
— Entrem. — Recebeu os dois. — Como vai, Sophia? — Leu o prontuário da loira.
— Vou bem, quer dizer. — Sorriu. — Quero saber do meu bebê.
— Iremos ver isso agora. — Assinou dois papéis. — Esse aqui é pra você levar ao trabalho e esse aqui, fica comigo. — Os dois sorriam.
E Micael queria morrer.
— Deite-se ali, por favor. — Adam levou Sophia até a maca esterilizada. Micael ficou ao lado, esperando. — Já sabe de quantas semanas está?
— Eu acabei esquecendo, minha vida anda um caos. — Viu o monitor ser ligado.
— Esquecendo do próprio bebê? — Adam riu. — Isso é novo pra mim.
O obstetra teve o gel exposto a um aparelho, tocou o ventre de Sophia e o monitor recebeu uma imagem. Era o seu bebê!
— Realmente, você esqueceu do seu bebê. — Ainda ria. — Está vendo esse caroço dançante? É o seu menino! — Encarou Micael que sorria, olhando à Sophia.
Ela se pôs a chorar, como uma criança.
— Aí meu Deus! É um menino. — Secou as lágrimas. — Aí meu Deus. — Sorria entre as lágrimas.
— Um menino saudável e forte. — Adam mexia o aparelho. — Primeiro filho?
— Segundo. — A voz de Micael ecoou.
— Sophia está com dezenove semanas de gestação, o que em meses daria quatro. — Adam explicou. — Vou imprimir o ultrassom e assim podemos conversar. — Desligou o monitor e guardou o aparelho.
Micael mexia nos cabelos de Sophia, foi engraçado ver ela chorar.
— Vamos ter um menino! — Sorriu. — Um menino!
— Um menino. — Voltou a chorar. — Aí, eu tô muito sentimental.
— Tô vendo.
— Um menino. — Secou suas lágrimas. — Agora Annora pode... Brincar e... — Fungou. — Eu vou ter um menino!
— Pais do menino, venham até aqui. — Adam os chamou, Sophia foi ajudada por Micael.
Sentaram na cadeira, à frente do obstetra.
— O bebê está bem, nada de errado. — Explicou. — Eu estava lendo seu prontuário e a antiga médica disse que você teve desmaios constantes, confere?
— Sim, eu tive muitos!
— Você precisa se alimentar melhor. Você é modelo, não é?
— Sou.
— Se alimente melhor. — Trocou a folha. — Alguma dúvida?
— Nossa filha é deficiência auditiva. — Micael disse. — Existe alguma possibilidade do bebê nascer com esse problema?
— Olha, uma pergunta bastante intrigante. — Adam cruzou as mãos. — Nós não temos como saber isso, a chance pode ser de um milhão ou cinquenta porcento, pode nascer com ou sem. Só iremos saber depois do teste de nascença! — Explicou.
Micael assentiu.
— Enquanto ao parto? Eu gostaria de fazer um plano! — Sophia estava sorrindo agora.
Hormônios.
— Apressada você. — Adam riu, Micael negou a cabeça, rindo também. — Tudo bem, vamos criar um plano de parto pra você.
— Eu quero cesária. — Micael arregalou os olhos.
— Boa escolha! — Adam marcou no computador. — Isso é raro por aqui. — Encarou Sophia. — Mais alguma dúvida?
— Só isso. — Levantou-se pegando nas mãos de Micael.
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomanceMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.