Uma Mãe Para o Meu Bebê

Eu Voltei

— Micael! — O chamou. — Vem jantar. — Tirou do forno uma travessa de frango desfiado e bacon.

O cheiro estava delicioso.

[Sinais Annora] — Mamãe, eu quero!

— Eu vou te dar, só um minuto. — Buscou o prato de Annora.

— Hum, que cheiro gostoso. — Sentou-se em seu lugar. — Frango com bacon? — Esfregou as mãos.

— Tem arroz na panela e um pouco de salada. — Entregou o prato à Annora.

— Eu quero esse frango. — Tirou o frango da travessa.

— Quer que eu tire?

— Não precisa. — Micael sorriu quando viu o frango em seu prato. — Está gostoso, filha?

Annora assentiu, estava quieta comendo sua comida.

— Alisson ligou, disse que vai vir aqui. — Sophia puxou assunto.

— Que ótimo! Bom é que você não fica sozinha. — Micael bebeu seu suco. — Quando vai voltar?

— Daqui à dois meses, ainda tem tempo.

— Estava pensando em ir pra Nova Iorque nesse natal. — Disse.

Sophia parou de comer.

— Quer passar o natal com a sua mãe?

— Eu gostaria! — Sorriu leve. — Ela precisa de nós, juntos.

— Entendo a sua preocupação. — Foi sua vez de beber o suco. — Por mim, tudo bem.

— Vai ser bom pra ela, você vai ver. — Sorriram.

Sophia escutou Liam chorar, estava no carrinho.

— Eu vou! — Micael ia levantando.

— Nada disso, pode terminar de comer. — Saiu da mesa. — É eu quem ele quer!

O moreno ainda comia, sorriu pra Annora que fez um joinha, bebendo seu suco. Escutou o telefone tocar.

Andou até a base pegando o aparelho nas mãos.

— Alô?

— Oi filho! — Antônia disse.

— Oi mãe. — Sorriu. — Como a senhora está?

— Eu estou bem e você?

— Eu também estou bem! Estávamos falando da senhora agora. — Coçou a nuca. — Está sozinha?

— Sua irmã foi buscar uma pizza. Estávamos com Noah no hospital, ele passou mal durante o dia.

— Eita! — Micael cerrou os dentes. — Mas ele está bem agora, não está? — Observou Sophia, que estava sentada no sofá com Liam nos braços. Abriu seu sutiã de amamentação.

— Só um pouco chato! — Riu leve. — Annora e Liam estão bem?

— Estão! Estamos todos bem. Sophia também está ótima. — Tocou no nome da esposa, sabia que sua mãe não gostava dela.

Mas mesmo assim, ela tinha que se acostumar com a idéia.

— Fico feliz!

— Eu estava pensando em passarmos o natal juntos. — Encarou a mesinha de centro, tenso. — O que a senhora acha?

— Natal? — Não iria ter uma resposta boa. — É, podemos combinar. — Ficou em silêncio. — Por que não passa com aquele seu amigo?

— Chay? — Não gostou da resposta da mãe. — Não quer passar o natal junto comigo? — Ficou triste.

— Não é isso... — Era Sophia. — Nós podemos passar, sem problemas!

— Mãe, pare de agir assim! — Esbraveceu. — Eu te ligo depois.

— Você está bravo?

— Você me conhece muito bem! — Desligou a ligação.

Sophia encarava o marido, aflita.

— Ela não quis passar o natal? Mudou de idéia rápido?

— Minha mãe é doida. — Bufou. — Ela disse pra mim passar o natal com o Chay.

— Nem pensar! — Sophia riu, em tom de sarcasmo. — Dinah e a nossa família juntos? Annora e Laurel brincando no mesmo cômodo? Mas nem pensar mesmo! — Negou com a cabeça. — Gosto muito do Chay mas não quero Laurel aqui!

— Sophia, não seja tão racional.

— Racional? A menina tem mente de adolescente safada. Você acha que eu estou sendo racional?

— Precipitada. — Nem sabia o que estava dizendo. — Eu concordo com você, juntar Annora e Laurel não é uma boa coisa.

— Saco. — Sophia bufou. — A Annora.

— O que tem?

— Está de aparelho. — Fechou os olhos. — Eu esqueci completamente!

Micael observou a filha que comia em silêncio, tinha escutado os pais falarem de Laurel. Gostava da companhia da menina mas sabia que não era boa coisa.

— Eu falo com ela?

— Não, deixa quieto. Ela vai vir nos perguntar o por quê. — Retirou Liam de seus seios. — Amor, você pode fazer um favor pra mim? — Sorriu, tentando convencer Micael.

— Esqueceu o absorvente, não foi? — Ela assentiu, carinhosa. — Você é muito folgada, dona Sophia. Não estou gostando! — Escutou ela rir.

Micael subiu as escadas, foi até o quarto buscando o absorvente de seios à Sophia. Olhou a janela de Annora, sempre verificava quando o mar estava agitado, poderia chover e molhar sua cama.

Franziu o cenho ao ver o Porsche prata parado na porta, e quase morreu ao ver Michelle saindo do veículo.