Vício

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— Oi Soph, bom dia! Desculpa estar te incomodando... Só queria dizer que tudo ocorreu bem, o Liam é uma graça! Nos vemos depois? Hum, até mais!

A voz de Alisson parou de ecoar pela secretária eletrônica, que disparava a mensagem em plena seis e vinte da manhã.

Lá em cima tudo ainda ocorria gostosamente, Micael tinha Sophia em cima de si, suada, a pele quente. Apoiou as mãos no peito definido do marido, fazendo caras e bocas enquanto desfrutava do seu orgasmo.

Afinal, ela teve tantos durante a noite!

Micael a chamou quando Sophia caiu cansada em seus braços, saiu do conforto do seu membro e abraçou o marido, ele retribuiu beijando sua cabeça, diversas vezes.

— Eu estou cansado, muito cansado! — Silabou, ainda em êxtase e ofegante. Encarou Sophia. — Precisamos de um banho.

— Só um segundo. — Fechou os olhos. — Podemos tomar banho depois, e então... — Se acomodou nos braços fortes de Micael. — Buscar as crianças. — Sua voz estava falhada, o que fez seu marido rir. — E escutar a Alisson falando diversas coisas que eu não quero saber. — Segurou em suas mãos.

— Não me parece uma má ideia. — Fez carinho no ombro de Sophia, beijando sua cabeça em seguida.

— Ah, não? — Abriu um olho, em tom divertido.

— Não. — Segurou o riso. — Alisson é uma boa amiga pra você!

— Amor, eu não quero falar da Alisson agora. Eu acabei de ter um orgasmo delicioso, pensar nela me fará... Credo! — Micael riu, não se aguentando.

— Tudo bem. — Encarou Sophia que agora tinha os olhos abertos, observando o marido. — Então vamos falar de nós.

— Você quer falar de nós? — Sorriu. — Não tem o quê falar, somos perfeitos!

— Ah, somos? — Foi sarcástico. — Isso conta com as dez mil vezes que nós brigamos?

— Você que esconde as coisas de mim, se não fosse por isso seríamos um casal perfeito. — Brincou.

— Eu escondo?

— Sim, não me disse da sua cirurgia do bilau.

Micael gargalhou.

— Então agora é bilau? — Ficou em cima de Sophia, com um tom engraçado em sua face.

— Você entendeu. — Beijou o marido com facilidade. — Droga, por que eu te amo tanto? — Passou as mãos em seu rosto.

— Eu faço essa pergunta todos os dias. — Selou seus lábios ao dela.

— Até parece!

— É verdade. — Sorriu. — Quando você vai trabalhar, eu fico pensando, contando as horas, os minutos. — Se encaravam. — Você é a mulher da minha vida! Não existe nenhuma mais.

— Nem a Michelle?

— Nem a Michelle. — Sorriu. — Encontrei quem eu estava procurando.

Sophia o beijou novamente, sentindo a língua de Micael passear por toda sua extremidade. Era viciante e apaixonante ser apaixonada por Micael.

Os dois ainda ficaram na cama, abraçados, trocando carícias. Decidiram tomar um banho, longo, que não deu muito certo. Micael desceu minutos depois, ainda nu, procurando algo pra comer, assim como Sophia.

O telefone tocou. Eles nunca tinham sossego!

— Alô? — Sua voz rouca sondou nos ouvidos de Sophia. — Bom dia! — Foi até a geladeira. — Ah, não... Eu estou bem. — Vasculhou por lá. — Fique pra próxima. — Pegou uma maçã na fruteira. — Até mais! — Desligou a ligação.

Apoiou-se no balcão, em transe, comendo a fruta. Ainda estava cansado.

— Quem era? — Sophia desceu, com um robe de seda no corpo. Sorriu ao ver Micael começando sua fruta, ainda nu.

— Um cara da empresa. — Encarou a esposa. — Vem aqui!

— Você deveria se vestir. — Beijou os lábios de Micael.

— Eu não vejo problema algum de estar assim. — Sophia achou graça.

— Eu te amo tanto! — Franziu a sobrancelhas na hora de falar. — Tanto, tanto, tanto. — O beijou novamente.

— Eu também. — Abraçou a esposa e cheirou seu cabelo.

Era apaixonado pelo cheiro de Sophia.

— Sabe... — Tocou seus braços fortes. — A gente poderia subir e. — Sorriu com malícia à Micael. — Aproveitar, antes que as crianças cheguem.

— Sabe que é uma ótima ideia? — Sorriram cúmplices.

E voltaram lá em cima, se amando outra vez.

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