Cuidados Médicos

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— Hum... Eu preciso ir. — Dinah revirou nos lençóis, Micael a abraçava por trás. — Está tarde. — Sorriu.

— Não está. — Mexeu em seus cabelos.

— A hora vai expirar! — Achou graça.

— E você tá com pressa?

— Tô! Eu não quero que ninguém venha até aqui me dizer que eu expirei a hora do motel.

— Eu posso comprar mais umas... Trinta horas. — Dinah gargalhou. — Pra ficar com você, vale tudo.

— Que fofo! — Beijou Micael. — É sério, eu preciso ir! — Saiu do conforto do moreno, pegou suas roupas do chão. — Vai ficar aí me olhando?

— Eu vou! Nada me espera lá fora. — Esperava sim.

Loira, doida e com problemas.

Micael sentou-se na cama, pensou a mesma coisa. Saiu atrás de suas roupas.

— Decidiu acordar pra vida? — Dinah arrumou seus cabelos.

— Eu também preciso ir, esqueci de fazer uma coisa na empresa. — Mentiu. — A gente se vê?

— Eu vou te ligar. — Beijou o namorado. — Tô indo!

— Tem certeza que não quer uma carona?

— Eu tenho uma moto! Sei muito bem me virar sozinha. — Deu risada antes de sair do quarto, Micael foi ágil ao pagar a conta e sair do motel.

Diretamente até seu apartamento.


— Sophia? — Entrou em casa, largou a chave do carro na mesinha.

— Aqui! — Que milagre! Ela nunca respondia.

Micael foi até o quarto, ficou preocupado ao vê-la daquele jeito, debaixo das cobertas, estava tremendo.

— Sophia, o que aconteceu? — Chegou perto da loira, teve as mãos em sua testa.

— Não sei, tudo rodou e eu fiquei com frio, do nada. — Apertou um travesseiro. — Pode buscar outra coberta pra mim? Por favor.

— Eu vou chamar o médico pra você.

— Não precisa!

— Precisa sim, você tá pelando em febre. — Pegou o celular no bolso da calça, discou alguns números até ligar ao seu médico, particular. Falou breves palavras com o mesmo que certificou que Sophia ficaria bem, estaria chegando em 50min.

E ele precisava cuidar dela, estava doente!

— Como ficou assim?

— Eu estava lendo e aí do nada, fiquei tonta, comecei a sentir um frio. Eu vou morrer?

— Claro que não! O médico já está vindo, ele vai dizer o que você tem e eu irei cuidar de você.

— Onde você tava? — Franziu o cenho.

Transando?

— Uma social com os amigos da empresa, eu tenho que te pedir desculpas, por tudo mesmo. — Respirou fundo. — As vezes eu perco a noção do limite.

— Sua irmã veio aqui, conversamos um pouco.

— Lidiane veio aqui? — Agora queria saber. — Por que?

— Ela quis conversar comigo, agora somos amigas. — Deu um sorrisinho. — Eu ainda continuo com frio.

— Calma. — Foi até o guarda-roupa, pegou uma coberta resistente jogando em cima de Sophia. Tinha três cobertores agora, a protegendo do frio. Micael ligou o aquecedor.

— Agora ficou quente.

— Eu liguei o aquecedor. — Explicou. — Vai ficar tudo bem. — Pegou nas mãos de Sophia.

A campainha tinha tocado, minutos depois. O médico alto passou pela porta, foi até o quarto de Micael vendo Sophia naquela situação.

— Olá, Sophia! O que sente? — Tirou seus utensílios da mochila que levava consigo.

— Ela disse que sentiu uma tontura e depois ficou com frio. — Micael respondeu por ela. — Uma gripe?

— Hum... — Mediu os batimentos de Sophia, logo após, a pressão. — Um choque térmico! O tempo não está favorecendo, o impacto deve ter dado a fraqueza, por isso a tontura. E o frio... Pelo choque.

— E o que podemos fazer com isso?

— Repouso! Eu vou te passar um remédio, conta gotas! — Anotou em um papel. — Mantenha ficar longe de ventilador, ar condicionado, essas coisas. Isso pode até virar uma gripe, se não cuidar.

— Obrigado, doutor! — Micael despediu-se, entregou os dólares em sua mão.

— Precisando, é só chamar. — Assentiu e saiu.

Sophia o encarava, sorriu leve.

— Você pagou esse cara?

— Ele é um médico particular.

— Ele é um ridículo. Deve ter pago horrores. — Fechou os olhos. — Tem algo que você queira me dizer?

— Não?

— Eu sei que você tá saindo com aquela menina, que achou que eu fosse sua namorada.

Sophia não era tão burra assim!

— É.. Estamos juntos. — Ficou desconfortável.

— Parabéns, Micael. Fico feliz. — Sorriu. — O seu bebê vai ter uma mãe bonita.

— Obrigado. — Estava tímido?

— Venha até aqui, eu quero te parabenizar. — Micael Chegou mais perto. Sophia levou suas mãos até as mãos fortes dele.

Um aperto de mão muito sincero.

— Tô ficando sem jeito perto de você. — Encarou Sophia que sorria.

— Só cuide de mim, e do seu filho. — Fechou os olhos, descansando.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Onde histórias criam vida. Descubra agora