Lidiane, Eu Preciso de Uma Babá

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— Micael? — Michelle apareceu no corredor, tinha uma caneta nas mãos.

— Oi. — Levantou-se, rápido. — Você tem notícias da Sophia?

— Ela está bem, colocaram no soro. — Explicou. — Meus parabéns, aliás!

— Obrigado. — Sorriu leve. — Eu posso ver ela? — Estava nervoso com o estado de Sophia.

— Vou te liberar, mesmo não podendo. — Foram até o quarto de Sophia.

Micael avistou a esposa deitada na maca confortável do hospital, uma agulha no braço esquerdo e ao seu lado a bolsa de soro, que caía pequenas gostas pelo tubo fino.

— Se ela acordar, toque isso aqui. — Apontou a campainha ao lado da cama.

— Obrigado, Michelle. — Assentiu em tom de agradecimento.

Deixaram os dois a sós quando saiu do quarto, Micael sentou perto de Sophia tocando de leve seu braço, a mulher descansava tranquilamente.

— Você me preocupa, sabia? — Beijou sua mão. — Vai ficar tudo bem, logo estaremos em casa! — Decretou, mesmo ela não escutando nada.

Assustou-se quando escutou o barulho da porta ser aberta, uma médica alta passou por ele, tinha os cabelos loiros e a postura de um general.

— Você é Micael Borges? — Pegou a prancheta que estava na frente da maca.

— Sim, sou eu! — Encarou a mulher. — Algum problema?

— Sabe que não pode entrar aqui. — Riscou algo no papel.

— Ela é a minha mulher!

— Ela poderia ser a sua assistente de palco, pra mim, não mudaria em nada. — Carimbou o papel e voltou a prancheta em frente à cama.

Andou com seu estetoscópio até Sophia.

— Já sabe que ela está grávida? — Entreolhou Micael.

— Acho que não, você poderia me dar essa notícia de novo? — Debochou.

— Claro! — Entrou no jogo. — Sua mulher está grávida. — Escutou o coração de Sophia.

— Obrigado por me dar essa notícia incrível!

— De nada. — Retirou o estetoscópio do ouvido. — Ela segue alguma dieta maluca ou faz exercícios regularmente?

— Ela é modelo. — Suspirou.

— Sophia está nervosa! Um perigo à essa altura do campeonato. — Explicou. — Quanto mais o nervosismo, mais o feto sente, e procede que a mãe passe mal. — Gesticulou. — Ela não pode se estressar mais, desmaio no começo é comum mas não igual ao dela.

— Ela precisa de... Férias?

— Precisa sair do ciclo que mantém ela nervosa. — Piscou rápido. — Seja lá qual for o trabalho dela.

— Eu vou conversar com o chefe dela e... Ver o que podem fazer.

— Eu aconselho ela fazer aulas de ioga ou algo que a deixe leve. — Assentiu.

Micael lembrou da suas aulas de ioga.

— Obrigado por avisar!

— É o meu trabalho. — Colocou as mãos no bolso do jaleco. — Ela vai ter alta amanhã de manhã. Preciso que fique de observação essa noite!

— Tudo bem. — Não estava nada bem, precisava trabalhar.

Precisava estar no estúdio daqui à sete minutos!

Precisava buscar Annora e deixar com alguém, como sempre.

Micael teve o Iphone nas mãos ligando à sua irmã, mordeu a ponta dos dedos, nervoso. Observava Sophia dormir tranquilamente enquanto a linha ficava ocupada.

— Lidiane?

Oi, tudo bem?

— Tudo! É... Preciso de um favor seu.

— Pode falar!

Eu estou com a Sophia no hospital, ela desmaiou e viemos pra cá.

— Está tudo bem com o bebê? — Preocupou-se.

— Está sim. — Pausou. — Você tem algum número de babá, que seja boa, pra poder me passar?

— Olha, eu tenho a Rosa! Ela é uma ótima empregada.

— Lidiane, eu preciso de uma babá!

— Ela também pode ser babá se você quiser.

— Ok! Ela tem experiência com crianças pelo menos?

— Micael, ela cuidou dos meus filhos quando precisei. Só dispensamos ela porque ficamos sem grana.

— Manda o número dela e vou ver o que faço.

— Ok! Precisa de mim?

— Está tudo sob controle! — Respirou fundo. — Obrigado pela força.

— Precisando, é só ligar! — Desligou a ligação.

Micael guardou o aparelho e foi de encontro à Sophia novamente, sentiu o celular vibrar depois de cinco minutos.

Lidiane havia mandado o contato da empregada, Micael ligaria e torceria pra que tudo desse certo.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Onde histórias criam vida. Descubra agora