Penúltimo Capítulo

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Uma semana depois.

Sophia desceu do voo 745 com destino à Nova Iorque. Seu salto ecoou no portão de desembarque, parou na esteira esperando por sua mala média na cor preta. Os óculos escuros deram um charme a mulher, que agora, só andava em trajes sociais.

Acenou à doutora Laund que lhe esperava na frente do aeroporto, fazia sol em Nova Iorque.

— Olá, Sophia! Como está bonita! — Sorriu. Abraçou a loira.

— Que bom te ver, Laund! — Caminharam até o Toyota escuro.

— Como está indo na Califórnia? Vi as fotos do seu menino, uma graça! — Fechou a porta do motorista, teve a chave no contato.

— Está indo muito bem. — Em partes. Não contaria que Micael estava em surtos por Sophia voltar à Nova Iorque. — E você? Está indo embora então?

— Estou! Eu e meu marido nos cansamos de Nova Iorque. — Sorriu. — Eu estou com cinquenta e sete anos, no auge da idade, com três filhos e...

— O que? — Sophia franziu o cenho. — Três filhos? Não me diga que...

— Eu estou grávida, Sophia! — Laund riu leve. — Tenho uma clínica de fertilização, esqueceu?

— Oh, meu Deus! — Estava chocada. — E eu pensando que não tinha útero o suficiente.

— O que disse?

— Nada. — Engoliu seco. — Estou ansiosa pra assinar os termos com você!

— Temos muito o que conversar. — Laund dirigiu por mais vinte e sete minutos, parou na frente da clínica e Sophia logo se lembrou do primeiro dia que veio com Micael.

Na sua primeira inseminação. E não esqueceu-se dos tamancos!

— Aceita uma água? Café? — Andaram até a sala de Laund.

— Não, obrigada! — Sophia sentou-se na cadeira à frente.

— Vamos lá! — Sentou-se na sua. — Eu separei alguns termos pra você. — Mostrou os papéis grampeados. — São documentos de compra e venda, mas como estou te passando a clínica, achei melhor lhe avisar. — Sorriu.

— Laund, por que está sendo tão gentil comigo? — Sophia franziu o cenho, engoliu seco após cair na real da pergunta.

— Porque eu me apeguei em você! Micael e eu somos bem amigos, não precisa se preocupar. — Bateu as folhas, juntando em um bloco. — Se não quiser ficar com a clínica, pode me dizer, ou vender.

Sophia ficou em silêncio.

— Eu irei ficar. — Pausou. — Mas antes, temos que conversar um pouquinho. — Se aproximou da mesa.

— Estou aberta a todas as suas dúvidas! — Laund sorriu.

— Quem vai trabalhar comigo? — Arqueou uma sobrancelha.

— Quem você quiser. — Cruzou os dedos. — Você pode chamar a sua sogra, sua cunhada, seu primo, seu tio, seu irmão. Enfim, qualquer coisa! — Riu. — Só basta chamar e ser feliz.

— Ok, então! — Encarou os papéis. — Eu vou ler tudo essa noite e amanhã assinamos os termos.

— Estou com o tempo do mundo. — Sorriu. — Você está hospedada em algum lugar?

— É... — Não!

— Quer ficar em casa? Eu posso...

— Não quero te causar problemas, Laund. — Sophia negou com a cabeça. — Eu vou achar um lugar, algum hotel perto do meu antigo condomínio. — Coçou a nuca, nervosa. Ela não tinha reservado nada!

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