Dinah tinha o celular de Micael nas mãos, passou o contato pra ele que sorria. Uma mulher, bonita como ela, lhe dando mole, era de se estranhar. Ele realmente pensou que estava em uma pegadinha de TV.
— Agora eu preciso ir...?
— Micael. — Bateu as mãos no bolso. — Eu te ligarei, fique com o telefone por perto.
— Ok. — Dinah sorriu antes de deixar o apartamento.
Micael se jogou no sofá novamente, mas agora, tirando um bom cochilo. Sua manhã valeu à pena, tinha conseguido o número da gatinha, da loja de sucos industrializados, parecia até uma metáfora.
— Micael, seu vagabundo. Acorde! — Tinha mãos tocando os pés de Micael, enquanto ele estava na cama, sonolento. Era sábado, quem estaria no seu apartamento no sábado?
— Hum... Quem é você? — Virou-se ao outro lado, emendando o sono.
— A mulher que te pariu. — Micael arregalou os olhos, sentou-se na cama, tinha o lençol o cobrindo.
— AAH, MÃE. — Ficou bravo. — Como entrou aqui?
— Eu tenho a chave, esqueceu? — Arrumava os objetos de Micael, espalhados pelo chão. — Tá com vergonha de que? Eu lavei seu pinto por cinco anos seguidos.
— Mãe... — Deixou a cabeça cair no travesseiro, parecia cansado. — É sábado! Você deveria estar na casa de alguma amiga, ou revendo afazeres pra fazer com a Lidi.
— A sua irmã não consegue nem peidar, quem dirá fazer afazeres comigo. — Afofou os travesseiros reservas. — Saia essa cama, iremos ao boliche.
— Boliche? O pai vai com a gente? — Trincou o maxilar, era tão lindo quando acordava. Quem seria a sortuda que teria essa visão, quando Micael casasse?
— O seu pai não liga pra você, eu já te falei. — Encarou Micael. — Vamos eu e você, juntinhos. Almoçamos no shopping e depois, boliche. — Vibrou. Micael queria morrer!
Saiu da cama, deixando o lençol cair no chão. Sua mãe o observou, quieta.
— Filho. — Ele deu sua atenção para ela. — As meninas não reclamam?
— De que? — Não estava entendendo.
— Seu pinto é muito grande, tá marcando a cueca.
— AH, MÃE. — Andou até o banheiro, se trancando por lá.
Saíram depois que sua mãe obrigou Micael a não demorar no banheiro, iriam ao shopping, em um sábado, teria programa melhor? Só se estivesse com alguém que queria.
— Eu preciso tomar café. — Alertou à mãe que revirou os olhos.
— Café? Me poupe! Você dormiu até agora e precisa de um café?
— Eu não comi nada.
— Você comeu uma fruta, tá de bom tamanho. — Enlaçou os braços junto com o do filho. — Me conte da sua vida. — Subiram as escadas do boliche.
— É sério isso? Você buscou a pessoa errada!
— Por que? Claro que não. — Buscou os sapatos, pegaram uma mesa. — Eu pensei que você estava transando com aquela menina, que conheceu no festival de música.
— Lidiane, não é? — Antônia assentiu. — Eu não tô mais com ela, na verdade, eu nem tenho mais contato com ela.
— Então não tá transando com ninguém?
— Claro que não, mãe! Eu estou focado nos meus problemas.
— Eu quero conhecer a sua Barriga de Aluguel. — Disse simples. — Podíamos fazer um almoço, que tal?
— Acho que a senhora não iria gostar do namorado dela.
— Ela tem namorado? Que isso, gente! — Ficou indignada. — E ele aceita ela ser uma... Barriga de Aluguel?
— E por que não aceitaria? — Não via problema algum.
— Não sei, você sabe como é as pessoas de hoje em dia. Essa garota é doida.
— Ela realmente é doida. — Sorriu, lembrando. — Acredita que ela nunca tinha ido ao Starbucks?
— Que graça você vê nisso?
— Ela é jovem, mas não aproveitou a vida. Entende?
— Vou fingir que entendo. — Antônia assentiu. — Pegue as bolas, vamos jogar.
— Vai valer dinheiro? — Micael segurou o riso. Sua mãe sempre perdia.
— Vai valer um soco na cara, me respeita garoto! Sou sua mãe. — Ficou brava, Micael riu escondido.
Se não, levaria um soco.
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomanceMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.