Uma Mãe Para o Meu Bebê

Clima Californiano

A Califórnia realmente era incrível! Sophia teve certeza disso quando parou na escola onde matricularia Annora, explicou a situação para uma mulher bem compreensível. Entregou os documentos necessários e chamou outro táxi.

Tinha ido ao hospital agora, entrou no local com ar condicionado, procurando informações.

— Boa tarde! — Sorriu no balcão. — Eu gostaria de um encaminhamento.

— O que a senhora deseja? — A recepcionista teclou, rapidamente.

— Um obstetra, qualquer um. — Esperou.

— Só um minuto. — Teclou mais rápido dessa vez. — Eu preciso dos documentos da senhora, por favor!

— Ah, claro! — Abriu a bolsa, retirou todos os documentos possíveis.

Esperou mais uns dez minutos. Olhou alguns panfletos do hospital.

— A senhora tem uma consulta com o doutor Adam na semana que vem, ás 15h, já está tudo marcado! — A recepcionista sorriu. — O pagamento pode ser na clínica, use as formas que sugerir. Aqui está os seus documentos. — Entregou à Sophia que sorriu.

— Obrigada. — Ainda estava sorrindo quando deixou o hospital.

Pessoas da Califórnia eram simpáticas!

Chamou outro táxi, agora, indo para casa.

— Micael? — Trancou a porta quando passou.

— PORTA DA FRENTE ATIVADA.

Ela revirou os olhos, queria tacar um copo nessa voz insuportável.

— Oi, meu amor. — Apareceu, tinha um pano de prato nos ombros. — Como foi na escola? Conseguiu a vaga?

— Consegui sim, é uma escola perfeita. Doerá no nosso bolso. — Largou a bolsa na poltrona. — Mas é por uma boa causa.

— Lógico que é! Annora precisa de uma educação excelente. — Micael voltou à cozinha, terminava de lavar a louça.

— Sabe. — Respirou fundo. — Nós temos uma lava-louças agora. — Sophia escorou-se na geladeira inox.

— Eu sou raiz.

— Você vai reclamar nos próximos... — Encarou o relógio. — Três minutos. Eu tenho certeza!

— Não irei. — Suspirou. Beijou Sophia rapidamente. — Onde estava?

— Eu marquei um obstetra, preciso saber dessa criança. — Brincou.

— Eu até esqueço que você está grávida, sabia? Você não tem barriga nenhuma. — Ela riu.

— Se eu não conseguisse sentir, diria o mesmo. — Voltaram os dois juntos para a sala. — Onde está a princesa?

— Brincando de ser princesa no reino dela, nada mais óbvio. — Sophia riu.

Sentaram juntos no sofá.

— Acha que ela vai ficar feliz quando o bebê nascer? — Apoiou a cabeça em sua mão, encarando Micael.

— Acho. Ela não entende muito bem.

— Como assim?

— Ela ficou feliz e tudo mais... Só que, eu não sei bem. — Alisou o maxilar. — Eu realmente não sei.

— Espero que ela se adapte na nova escola.

— Annora se enturma fácil, você vai ver. — Sorriram. — O que vamos jantar?

— Estava pensando em pedir uma pizza, o que você acha?

— Uma pizza? Está entrando no clima californiano? — Sophia gargalhou.

— Micael, você é muito idiota!

— Você ainda não viu nada. — Beijou a esposa.

— Claro que eu vi! Você é muito bobo, amoroso, chato... Ás vezes. — Ele negou com a cabeça. — É chato sim!

— Como? Eu sou um neném. — Sophia riu. — Isso é uma audácia comigo, me chamar de chato?

— Ah, é sim, um pouco! — O empurrou, de leve.

— Tá bom. — Segurou o riso. — Tenho que admitir que às vezes eu sou um chato.

— Viu só? — Cruzou os braços, sorrindo vitoriosa.

Beijou Micael, diversas vezes.

— Agora falando sério. — Pausou. — Precisamos dividir o nosso tempo.

— Dividir o nosso tempo com o que?

— Com as crianças. Você viu que esquecemos do bebê? É a loucura da mudança!

— Mas não temos culpa.

— Por um milímetro se quer... Temos sim!

— Então vamos dividir o nosso tempo, isso inclui quando nós começarmos a trabalhar?

— Exatamente!

— Não vamos esquecer, foi um erro nosso, eu tenho que concordar. — Assentiu. — Vamos também arrumar as coisas do quartinho, quero tudo bem... Organizado.

— Sim, senhora organizada. — Bateu continência.

— Bobo. — Sorriu.

— Linda, gata, gostosa. — A beijou.

— Eu vou tomar um banho e pedir a pizza, você pode aproveitar e brincar com a sua filha. — Levantou-se.

— Eu seria a princesa em perigo ou o príncipe encantado?

— Você seria o sapo. — Subiu as escadas.

Micael negou, sempre perdia pra esposa.