DR Financeira

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— Bom dia, minha vida! — Micael beijou Sophia enquanto arrumava os cabelos de Annora. — Ela já tá com aparelho?

— Já sim. — Sorriu. Colocou um arco de lacinhos na menina.

— Bom dia, minha outra vida! — Beijou a filha na bochecha.

[Sinais Annora] — Bom dia, papai! Podemos ir no Starbucks? — Fez uma carinha.

Micael deu um riso.

— Mãe, como estamos de horário? — O moreno perguntou.

— Vinte minutos restantes! — Sorriu aos dois.

[Sinais Micael] — Tomamos na volta, pode ser? Você não pode se atrasar pra sua despedida. — Alertou.

— Você está pronta, meu amor! Boa despedida com seus amiguinhos. — Sophia agachou-se na frente da filha, deu um beijo em seu rosto.

— Rosa vai vir te ajudar em algo?

— Não! Eu dei as férias merecidas à ela. — Sorriu. — Vamos nos despedir no final da semana.

— Tudo bem. — Pegou nas mãos da filha. — Onde está o bolo dela?

— Em cima do balcão, a única coisa que não iremos levar. — Beijou o marido.

Micael foi até o balcão junto com Annora, pegou o bolo que usaria na despedida da filha. Saiu do apartamento à levando na escola.

Sophia ficou sozinha, terminando de arrumar as últimas coisas.

Duas horas depois.

— Cheguei! — Micael passou pela porta. — Amor?

— Oi. — Apareceu na sala. — Como foi lá?

— Aparentemente bem. — Sorriu. — Ela gosta dos amiguinhos.

— Laurel também foi? — Chutou uma caixa pesada.

— Sim. — Micael pegou a caixa para Sophia. — Parece triste.

— Estou cansada e preocupada. — Apoiou as mãos na cintura.

— Por que preocupada? Algo com o bebê?

— Não. — Balançou a cabeça. — É outra coisa.

— Quer dividir?

— Micael... Como vamos sobreviver na outra casa?

Micael franziu o cenho, foi uma pergunta...

Uma ótima pergunta!

— Sobrevivendo, oras. — Tinha medo em sua voz. — Nosso dinheiro não acabou... Ou acabou?

— Você usou quatrocentos e oitenta mil dólares em uma casa.

— Não é uma casa, é UMA casa. — Deu ênfase. — Aquilo vai ser nosso.

— Você se esqueceu que estamos desempregados? — Cruzou os braços. — E vamos ter mais um filho.

— E você está super preocupada com isso?

— Estou sim! É da minha família que a gente tá falando.

— Ok, e o aluguel daqui? Você se esqueceu também? — Tinha cruzado os braços também.

— O aluguel daqui não vai dar pra sobreviver o tempo todo, Micael! Pensa um pouco, com a cabeça de cima.

— Tá me chamando de burro?

— Não, que coisa! — Bateu os pés, irritada. — Eu só estou preocupada com a nossa vida financeira, eu nunca morei na Califórnia, eu não sei como as coisas funcionam lá.

— Funcionam do mesmo jeito que aqui! — Coçou a cabeça, preocupado. — E outra... Você é modelo, qualquer loja vai aceitar o seu currículo, agência, essas coisas. — Bufou. — Você não precisa se preocupar!

— É, eu não preciso me preocupar quando as coisas estiverem piores. — Umedeceu os lábios.

— Fica tranquila, tá legal? — Andou até a esposa. — Vamos ser felizes longe daqui. Ou você não queria ir embora?

— Pra mim qualquer lugar longe da sua mãe está ótimo! — Ele riu. — Sinto pena da sua irmã.

— Por que? Lidiane tem a vida dela. — Deu de ombros. — Eu estou fazendo a minha, do jeito que ela queria.

— Você não vai sentir falta? — Encararam o apartamento vazio, apenas com as caixas.

Micael suspirou.

— Acho que não. — Forçou o nariz. — Se eu sentir...

— Você vai sentir sim, você sempre sente. — Beijou Micael que ria.

— Chata. — Beijou o topo da sua cabeça. — Sabe de uma coisa?

— O que?

— Deveríamos sair daqui, comprar três horas no motel e nos amar até à Annora sair da escola. — Riram.

— Micael, tem certeza que você não está grávido?

— Eu tô começando a achar que sim!

— Eu também. — Encarou o moreno. — Tá mais fogoso que eu.

— Poxa, Sophia! A gente não transou ontem, nem antes de ontem.

— Antes de ontem a gente transou sim! Não venha mentir.

— Tá, mas ontem não. — Pausou. — Desse jeito eu vou ter que procurar alguém lá fora, né? — Sussurrou.

— Lembra da tesoura, não lembra? — Ele assentiu.

— Eu vou empilhar as caixas. — Saiu andando.

— Ótimo!

Uma Mãe Para o Meu Bebê Onde histórias criam vida. Descubra agora