— Laund? Oi, aqui é a Sophia Borges! Lembra de mim? — Estava em seu trabalho, arrumando uma briga interna com a máquina de café da agência. — Eu estava pensando em ir aí, na semana que vem, isso! — Bateu na caixa preta até o líquido sair. — Vou marcar o meu voo e conversar com Micael. — Queria matar quem inventou aquilo, o líquido espirrou café por seu corpo, sorte que não estava quente o suficiente. — Droga! — Grunhiu. — Não é com você, Laund. Eu estou meio ocupada aqui, nós conversamos depois. — Deu um sorriso. — Até mais! — Desligou a ligação e encarou sua saia preta suja de café.
Pegou dois pedaços de papel toalha e secou, a mancha voltou a ficar no tecido e Sophia se chateou por isso, ainda tinha três horas e meia de turno.
— Agrh, eu odeio essa máquina de café! — Exaltou, parou quando viu o marido em sua mesa, mexendo em seu IMac e conversando com Alisson. — Amor?
— Oi, meu amor! — Sorriu. — O que estava fazendo?
— Brigando com a máquina de café. — Mostrou a mancha em sua saia. — O que faz aqui? — Andou até o marido, selando seus lábios ao dele.
— Acabei as coisas mais cedo, aproveitei que as crianças estão na escola e vim ver você. — Tocou o rosto da esposa. — Não parece feliz.
— Eu estou feliz sim, é que... A minha saia. — Chateou-se mais ainda.
Ela realmente ficou triste pela saia.
— O que tem a sua saia? — Tocou na mancha de café, sentiu o corpo de Sophia estremecer.
— Ela sujou, de café. — Encarou os olhos castanhos de Micael, aquilo era um sinal. — Eu preciso limpar.
— Eu posso limpar pra você. — Disse em transe, Alisson nem pôde escutar mais, estava distraída em seu IMac.
— Não podemos. — Tocou no terno de Micael, saiu de seu colo. — Onde está Sheron? — Deu a volta em sua mesa, Micael mordeu os lábios ao ver as curvas da esposa diante daquela saia.
A desculpa do café lhe excitou.
— Ela foi ao médico, disse que estava com enjoos matinais. — Alisson respondeu. Sophia bateu palmas.
— Será que vem um bebê? — Mexeu nas cortinas, Micael riu leve vendo que a esposa fugia de si.
— Acredito que sim, já passou da hora dela ter um bebê. — Teclou rápido. — E você, Micael? Está gostando de trabalhar na empresa? — Puxou assunto.
— Gostar eu não gosto, mas precisamos trabalhar. — Riu. — Amor, vem aqui! Eu não vou fazer nada com você, eu estou com saudade. — Abriu as mãos, segurando o riso. Observou Sophia mexer no bebedouro elétrico.
— Eu só vou beber água, você quer? — Pegou um copo descartável.
— Sophia, passa o ponto logo! Eu sei que vocês querem transar. — Alisson disse, Micael abaixou a cabeça tímido e Sophia quase se engasgou com a água. — Aproveita que o patrão está de férias.
— Tem certeza que vai ser uma boa?
— Nada de ruim pode acontecer. — Suspirou. Encarou os dois que pareciam dois adolescentes em ponto de fazer besteira.
— Ok, eu vou indo então. — Sophia buscou sua bolsa de marca, desligou o IMac e passou o dedo na máquina digital. Micael saiu atrás de si, pareciam dois empresários do momento, se alguém desconhecido lhes vissem diria isso, com toda a certeza.
Micael apertou o alarme do carro, Sophia entrou no veículo.
— Eu amo a Alisson, sabia? — Beijou a esposa com fúria. Tinha uma mão travessa no meio das pernas de Sophia.
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomanceMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.