Mi casa, Su casa

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— Chay? Você está bem? — Micael tinha descido do carro, estava na garagem de seu condomínio. Tinha uma caixa de pizza nas mãos, pegou o elevador.

— Eu tô! — Não estava.

— Não parece.

— Eu só quero ficar sozinho.

— Eu comprei pizza de queijo e salame. Se quiser vir, tenho algumas long necks no meu freezer. — Foi simpático ao convidar o amigo.

— Eu não quero. Tô legal! Até mais. — Encerrou a ligação. Não estava bem, queria afogar suas lágrimas e sua vergonha.

Micael jogou o celular no sofá quando chegou em seu apartamento, deixou a pizza na cozinha e despiu-se, tomando um banho. Enrolou uma toalha na cintura antes de ir ao quarto, escolhendo sua bermuda confortável. Comeu dois pedaços de pizza quando a campainha foi tocada, Chay tinha mudado de idéia! Até ele se animou.

— Eu me separei do Karl. — Sophia entrou no apartamento. Tinha duas malas enormes.

— Sophia, o que faz aqui? — Ficou confuso.

— Eu não tenho pra onde ir, e estou grávida. — Tinha os olhos azuis tristes. — Posso ficar aqui até arranjar um lugar?

— Pode! Claro que pode. — Assentiu. — O que aconteceu pra você se separar do Karl?

— Ele tava saindo com outra! Uma modelo qualquer, piranha. — Grunhiu. — A gente brigou, eu taquei uma frigideira no ombro dele e então, terminamos.

— Uau. — Cruzou os braços. — Você veio de táxi? Poderia ter me ligado.

— Eu não queria te incomodar. — Olhou aos redores. — Esse seu apartamento é muito lindo, você tem muito dinheiro, Micael! — Ele riu.

— Fica à vontade. Você quer um suco? — Entrou na cozinha, Sophia o seguiu.

— OLHA ESSE ARMÁRIO! — Correu até os armários planejados, parecia uma criança curiosa. — Você tá esperando alguém? — Apontou pra pizza.

— Oh, não! Quer um pedaço? — Ela assentiu. — Pode pegar. — Viu a loira ir até a mesa, pegou um pedaço de pizza comendo desajeitadamente.

Ou era fome ou era doida.

— Você gosta de queijo?

— Uhum. — Lambeu os dedos. — Nossa! Isso aqui tá uma delícia, onde comprou?

— Em uma pizzaria, perto da Times Square.

— Ata, pizzaria de rico. — Comeu outro pedaço. — Você não tem namorada não, né?

— Eu já disse que não. — Segurou o riso. Era tão engraçada!

— É porque... Vai que ela acha ruim, eu aqui, com você. E grávida. — Balançou a cabeça. — Não ia ser legal.

— Mas fique tranquila, eu não tenho namorada.

— Que bom, quer dizer... Você vai encontrar a sua tampa. — Pegou outro pedaço de pizza.

Ela não tinha fundo?

— Desejo?

— Eu amo queijo. — Revirou os olhos, de leve. — E nunca tinha comido pizza de salame, é uma boa pedida.

— É uma delícia! Tem umas que, eles capricham no salame, uma cobertura extra.

— Ah sim. — Voltou a comer.

— Então, já que você vai tecnicamente morar comigo, eu falarei o meu horário pra você. — Encarou Sophia. — Acordo cedo pra trabalhar, não almoço em casa, só volto pela caída da noite. Você pode ficar à vontade, eu farei compras amanhã, precisa se alimentar da melhor maneira possível.

— Não precisa se incomodar. Eu posso dormir no sofá.

— Eu tenho quarto de hóspedes. Vou arrumar pra você. — Deixou Sophia na cozinha, se deliciando com os pedaços de pizza.

Micael abriu o quarto de hóspedes, pegou roupas de cama limpas, ajustou os lençóis, afofou os travesseiros, arrumou tudo para que Sophia pudesse dormir. Por último, ajustou o ar condicionado, deixando um ambiente tranquilo e refrescante. Até ele estava com sono.

Voltou à sala, procurando por Sophia.

— Então, eu já arrumei sua cama. Está tudo lá no quarto de hóspedes. — Procurava ela com o olhar. — Quer que eu leve suas malas? — Não estava a achando, onde tinha se metido? — Sophia? — Andou pelo apartamento, não estava na cozinha, não estava na sala.

Onde ela estava?

— Sophia? Eu arrumei... — Abriu a porta de seu quarto. Sophia estava desmaiada, dormindo tranquilamente, ainda com a roupa que havia acabado de chegar. Micael sorriu, teria trabalho com aquela mulher.

Mas era um trabalho que ele gostaria de presenciar. Todos os momentos que pudesse.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Onde histórias criam vida. Descubra agora