Calcinha

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— As travas de seguranças são exclusivas. Pode ficar tranquilo, seu bebê não irá prender as mãos.

Sophia tinha acordado com a barulheira no apartamento, escutou a voz de Micael e a de um homem que não soube identificar. Levantou-se sonolenta, abaixou a blusa que usava para dormir, de Karl, da Nike, batia abaixo da bunda e deixaria qualquer um louco. Bocejou e arrumou os cabelos, colocou um pé depois da porta e se assustou ao ver o homem, que parecia ser de uma loja, e Micael, conversando com ele.

Precisava ir ao banheiro!

Correu até o banheiro vendo algo travado no vaso sanitário, tentou abrir, sem sucesso. Tinha uma escova de cabelo agora, tentou estourar a trava, sem sucesso novamente. Iria fazer xixi a qualquer momento!

— Eu posso colocar a minha mão?

— Não. Precisa ser a mão do bebê. — O homem respondeu. — Mais alguma dúvida?

— Ah, não. — Micael sorriu. — Obrigado!

— Irei mandar. A PiperBrothers agradece! — O homem foi embora, Micael olhou as travas. Perfeitas!

Andou pelo corredor e viu a porta do banheiro aberta, passou despercebido mas voltou quando encarou Sophia, em cima da pia, fazendo xixi.

— A privada tá com defeito. — Trincou o sorriso. Micael iria matá-la.

— VOCÊ FEZ XIXI NA PIA, SABE O QUÃO ANTI HIGIÊNICO É? — Estava bravo, literalmente.

— A sua privada tá com defeito. — Justificou. — Eu não conseguiria fazer xixi com aquele troço prendendo.

— Aquele troço é a trava de segurança, você sabe que o bebê pode prender os dedos? Acho que não.

— Micael, o bebê é seu! Entendi que você tá todo preocupado, mas por favor. — Colocou as mãos na cintura. — Eu não entendo nada.

— Tô vendo. — Encarou Sophia que ainda tinha a blusa Nike no corpo, uma perdição. — Você dorme assim? — Franziu o cenho, pensou duas coisas que não podia.

— Eu durmo. Eu posso dormir de outro jeito se você quiser. — Encolheu os ombros. Micael queria queimar essa imagem da cabeça.

— NÃO. É que, coloque um shorts por baixo, eu tenho respeito por você.

— Eu andava assim perto do Karl.

— O Karl era o seu namorado, eu sou seu... Amigo.

— Você é o meu patrão, eu sou só a sua empregada. — Cerrou os olhos. — E qual foi? Você nunca viu uma garota de calcinha? Aposto que sim!

— Eu nem preciso responder.

— Então por que tá incomodado? — Seguiu ele até a varanda.

— Eu tenho respeito por você, só isso. — Queria negar Sophia com todas as forças. — Por favor, coloque um shorts. Eu estou pedindo.

— Tudo bem. — Rendeu as mãos. — Mas antes eu vou mostrar à você uma coisa. — Micael encarou ela sem entender, Sophia deslizou a calcinha delicadamente para que nada aparecesse, o moreno quase morreu, se pudesse, tacaria seu corpo na varanda.

Ele arregalou os olhos ao ver a calcinha rosa, fio dental.

— Agora você já pode dizer que viu uma calcinha. — Entregou para ele que estava perplexo, Sophia virou-se e andou até o quarto, retirou a blusa Nike e Micael pôde ver sua bunda, sem problemas. Ele virou-se rápido respirando fundo, encarando os diversos prédios ao lado, e o Central Park bem na frente.

Ela iria matá-lo.

— Pronto. — Saiu do quarto. Estava normal agora, a cafonice continuava mas estava com suas roupas. Micael ficou tranquilo. — Você não vai trabalhar?

— Vou entrar mais tarde, e vou chegar mais tarde também.

— Você vai aonde? — Teve curiosidade. Afinal, já fazia parte dele.

— Vou passar na biblioteca e pegar alguns livros, você precisa praticar a sua leitura.

— Nem morta! Eu não lia na escola, vou ler aqui? Nem que você me pague. — Cruzou os braços. — Mas se você me pagar, eu leio.

— Você precisa ler, é um jeito de conhecer mais o bebê.

— Eu já conheço o bastante.

— Por favor, eu juro que depois, você pode me tirar qualquer dúvida. Eu irei comprar dois. — Avisou. — Vai ficar bem aqui? Nada de bagunças!

— Sim, senhor. — Bateu continência antes de vê-lo sair, ao trabalho.

Uma Mãe Para o Meu Bebê Onde histórias criam vida. Descubra agora