— Veneza? — Dinah franziu o cenho.
— A minha mãe quis dizer a pizzaria Veneza, perto da Times Square. — Lidiane conseguiu reverter, graças a Deus.
— Irei trabalhar mas, bom divertimento. — Assentiu e saiu, indo embora.
As duas encararam Antônia, que mexia em suas unhas no tom vermelho.
— O que foi?
— Quase estragou tudo.
— Estraguei por que? Ela não vai ir pra Veneza?
— Mãe, essa é uma viagem da Sophia e do Micael. Apenas!
— Então vocês dois estão saindo?
Ah, Antônia. Por que tão difícil?
— Não estamos saindo, eu sou apenas a Barriga de Aluguel dele, nada mais.
— Nada mais, eu disse isso e hoje tenho dois lindos filhos. — Antônia mexeu em seus cabelos.
Todos estranharam quando a porta se fechou, de novo. Micael passou por ela, estava feliz.
— O que faz aqui agora? — Sophia arqueou a sobrancelha.
— Bottin está com os homens da reforma, fomos dispensados. — Beijou a mãe na bochecha, logo após, Lidiane. — O que fazem aqui?
— Viemos ver Sophia, e sua namorada estava aqui.
— Por que não me contou que está namorando? — Micael foi golpeado pela bolsa de Antônia, grunhiu sentindo dor.
— Dinah estava aqui? — Se preocupou, com Sophia.
— Estava, e a mamãe quase contou que você e Sophia vão pra Veneza.
— Micael, você para de ser safado! Se tiver namorando ela, você fica com ela. Se tiver namorando a garotinha aqui, você fica só com a garotinha. — Os conselhos de Antônia eram ótimos.
— Eu tô namorando a Dinah, apenas. — Rendeu as mãos. — Agora já tá tudo bem, vocês podem ir embora, eu vim buscar Sophia para irmos comprar as nossas malas. — Sorriu.
— Viu só, Lidiane? É claro que você tá comendo essa menina.
— MÃE! — A irmã de Micael arregalou os olhos. — Vamos embora, Micael tem muito o que fazer com ela.
— Eu sei bem, trepar na manhã é muito mais gostoso. — Deram um jeito de sair, antes que o moreno surtasse.
— Juízo mãe, e para de falar asneira perto de Sophia.
— Tá bom, eu não vou deixar você constrangido. — Beijou a bochecha do filho. — Cuidado.
— A senhora também. Tchau, mana.
— Cuida dela, por favor.
— Pode deixar. — Esperou que as duas entrassem no elevador. Trancou a porta de seu apartamento quando isso aconteceu, procurou por Sophia.
Que a propósito... Tinha sumido, como toda a vez.
— Sophia? — Andou até a cozinha. — Tomando banho? — Abriu a geladeira buscando algo.
— Oi, estou aqui. — Sophia apareceu na cozinha, usava um vestido soltinho que lhe caiu super bem, uma sapatilha no mesmo tom, os cabelos com cachos longos, estava perfeita! Uma tremenda menininha. — E então? Tá horrível, né?
— Claro que não! Você tá... Tá linda. — Encarou ela de cima a baixo. — De verdade, você tá muito linda.
— Obrigada. — Havia corado. — E você? Já está pronto?
— Eu já. — Encarou os lados. — Então, vamos?
— Vamos sim. — Saíram do apartamento, Micael tinha sua chave do carro nas mãos enquanto Sophia descia com ele.
O primeiro roteiro foi comprar malas, entraram em todas as lojas possíveis, Micael deixou Sophia escolher a sua, a loira estava encantada com os diversos tipos de malas. Grandes, pequenas, com espaço para mais objetos, com menos espaço, coloridas... Enfim, estava apaixonada pelas malas.
— Gostou dessa? — Sorriu para Sophia que remexia em uma mala, toda rosa, grande.
— Eu gostei mas é muito caro, eu vou escolher outra.
— Eu não me importo. — Deu de ombros, tinha a mala na mão agora. — Vamos ao caixa, sair daqui e ir almoçar.
— Eu já ia te dizer isso, estava morrendo de fome. — Sophia e Micael passaram ao caixa, o moreno aproveitou para comprar uma mala também, fez o pagamento e saiu, buscando um lugar confortável para almoçar com Sophia.
E iria ter problemas ao levá-la no restaurante.
— Boa tarde, eu gostaria de uma mesa, por favor. — Micael sorriu.
— Claro, venha comigo. — Seguiram a recepcionista. — Irei trazer o cardápio.
— Nossa, que coisa de rico. — Sophia sentou-se. Teve o cardápio nas mãos.
— Você vai querer o que? Aqui tem de tudo.
— Não tem um arroz com batata frita, cebola? Creme de milho, algo assim.
— Sophia, isso é um restaurante diferente.
— De granfino. — Fechou o cardápio. — Eu não entendo essas palavras, eu vou comer com você. Pode pedir, eu confio na sua palavra.
— Ok. — Chamou o garçom. — Eu vou querer dois pratos de escargot e duas garrafas d'água. — Os dois sorriram entre si.
— Que que isso que você pediu? Um tipo de macarrão? — Micael segurou o riso.
— Espere e você verá!
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Uma Mãe Para o Meu Bebê
RomanceMicael, um jovem empresário de marketing tinha um sonho muito estranho, ser pai solteiro. E para isso, teve a incrível idéia de contratar uma barriga de aluguel. Ele achou que seria fácil, só que estava totalmente errado. Baseado no filme Baby Mom.