*** O diabo desta vida é que entre cem caminhos, temos que escolher apenas um e viver com a nostalgia não vivida dos outros noventa e nove. ***
A noite já se fazia bem presente e a lua que ali estava, clareava o rosto branco de Bulma que não tirava os olhos do rosto de Vegeta que parecia ter saído de um combate, estava exausto e ao mesmo tempo se alimentava da força que aqueles olhos azuis forneciam. Realmente ela dava motivos para ele ficar e a cada dia estava convencido de que fez a escolha certa e a faria a princesa dos Saiyajins.
— Minha linda, quando penso que já conheço tudo entre nós dois no sexo, você vem e me surpreende.
Bulma já ficou feliz de escutar ele a chamando de minha linda, adorava esse toque de carinho que ele tinha com ela e amou ainda mais que ela para ele, era um imenso e inconstante mar, que passaria horas na calmaria e do nada mudar para uma tempestade, era bom isso.
— Vamos para casa Saiyajin? — Bulma já se levantava do colo dele.
E da mesma maneira ele se pôs de pé já recuperado dessa força da natureza que é sua terráquea, que conseguia manda-lo para o chão com apenas a força de sua boca.
— E você quer ir como minha linda? Por que até onde vi, você veio com uma nave.
Bulma pensou e abrindo um sorrisão já foi se enroscando nos braços de seu Saiyajin, prontamente a envolvendo e a trazendo para ele.
— Amanhã eu peço para alguém vir pegar. Me leva? — E fez um beicinho.
— Mas é muito manhosa essa minha linda. — E já deu um beijo a tirando do chão arrancando um sorriso de sua boca.
*** Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar.... ***
As semanas se passavam num trabalho constante, onde Bulma havia finalizado a sala de gravidade com todas as configurações dos drones calibrados para o Saiyajin, que atirariam raios lasers por sensor de movimentos. Assim dando um desafio maior além do canhão laser rápido que era uma tormenta remota, que disparava um fluxo contínuo de quatro tiros de raios lasers, também por sensor de movimento.
E vegeta se entregava naquela sala gravidade. Ali ele estava tentando alcançar o nível de super Saiyajin que tanto almejava, ele queria se tornar mais forte e superar o Kakarotto.
A rotina que os dois tinham não estava exatamente igual que era antes de Goku retornar e Vegeta ao que parecia não se importava de estar ao lado de sua terráquea no ambiente da corporação. Para ele, poderia viver assim com ela sem maiores complicações, desde que não aparecesse ninguém de fora.
Então passava o dia lá, se arrebentando todo em busca da evolução que não vinha e isso o estava frustrando, mas ele não revelava isso a sua terráquea, nem nos encontros que só tinham de noite e muitas vezes quando ele esticava o treino exigindo mais de seu corpo ao retornar ao quarto a encontrava dormindo. E nessas noites ele a observava por inteira, verificando se estava bem fisicamente e sempre a encontrava perfeita e satisfeito com isso, voltava a sala de gravidade para conseguir a sua evolução.
*** Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá para entrar.... ***
Bulma, estava se especializando em construção e desenvolvimento de sistemas de segurança e defesas, graças às máquinas que construía para seu Saiyajin, e isso a deixava animada, pois estava abrindo um leque novo a Corporação Cápsula na área da defesa.
Mas se na parte dos negócios Bulma ia bem, na parte sentimental, as coisas não iam tão bem assim. Desde o início dos treinos, Vegeta e Bulma começaram a se encontrar apenas no almoço ou jantar, para pelo menos trocarem um carinho mais intenso deixando um gosto de quero mais e o quero mais era resolvido no anoitecer em que ela o esperava, toda cheirosa e cheia de tesão e quando ele chegava ela ficava alucinada em vê-lo suado e com os músculos mais vividos devido ao forte treino que acabava de fazer e se entregavam ao desejo que tinham um pelo outro. E ali, ela tinha ele para ela, mas não era por inteiro, era apenas o corpo, pois não sobrava tempo para conversas, acertos ou pedidos. E o amanhecer sempre era severo com seus olhos, pois a faziam ver que ele já não estava mais em sua cama.
*** Você está saindo da minha vida, parece que vai demorar ...***
Nas noites em que encontrava Bulma acordada, Vegeta a tinha para si, controlando toda força e frustração que possua para apenas dar-lhe prazer até que em seus braços via sua terráquea se entregar ao último orgasmo caindo sobre seu corpo se entregando ao cansaço e fechando os olhos. E isso o entristecia, pois, o motivo de prendê-lo ali era aqueles olhos e vendo eles se fechando depois que ele teve e deu tanto prazer a dona deles, o libertava para voltar a sua insana busca do poder. Então se levantava, a cobria e voltava para tentar obter seu objetivo. E essa dificuldade estava o desestabilizando, o fazendo questionar se estava fazendo tudo certo ou em que estava errando.
Em uma de suas tentativas fracassadas, ele tomado em ira urrava na sala e aos berros de pura raiva e insanidade, ele se perdia na própria loucura que eram abafadas pelo sistema que Bulma tinha feito para um isolamento perfeito.
Mas algumas vezes sua raiva era tão imensa que era possível escutar mesmo abafado nas explosões de ódio e fúria de Vegeta.
Bulma acompanhava tudo com aperto em seu coração, evitava atrapalhá-lo, dava a ele a distância e o tempo que ele achava certo para sua evolução, mas isso a estava matando. E o tempo já havia percorrido oito meses da data do anúncio da vinda dos androides.
E quanto mais o tempo passava, cada vez menos contato eles tinham, até que uma noite Bulma acordou com um braço enorme e pesado sobre seu corpo pequeno e ao se virar com dificuldade viu que era Vegeta, entregue ao cansaço todo coberto de hematomas e suas roupas rasgadas e queimadas pelos raios de energia que ele soltava na sala de gravidade.
Bulma ergueu o braço de vegeta aos pouquinhos, pois Vegeta era muito pesado e dormindo assim, dobrava de peso, foi escorregando por debaixo dele até conseguir sair. O olhou agora de pé e viu o estrago que ele estava fazendo com ele mesmo e para Bulma, isso foi a gota d'água.
Ela que até então deu toda a privacidade que Vegeta precisava, não ligava as câmeras para ver os treinos dele, pois sabia o quão intenso estava se tornando isso e tinha medo de ver. Mas a proporção que isso estava tomando a preocupava e com muito cuidado sem fazer barulho para não acorda-lo colocou uma roupa qualquer, prendeu os cabelos e foi até seu laboratório acessar a sala de gravidade e buscou os arquivos dos últimos treinos e Bulma arregalou os olhos pelo que via na tela.
Era algo que ela viu em Namek, um Vegeta transtornado em uma fúria visceral, um olhar diabólico e gritava ajoelhado imóvel pois os drones o miravam e perguntando a ele mesmo qual era o problema dele.
— Será que eu, o grande Vegeta, o príncipe dos Saiyajins, virou um fraco? Porque estou virando um fraco? Só pode ser esse planeta maldito! — Bulma escutava os áudios do seu Saiyajin.
E acumulando uma bola de energia em suas mãos olhando um drone especifico, ele fez a pergunta que gelou a alma de Bulma em segundos.
— É você terráquea maldita que me deixa fraco com essas bobagens terráqueas, é por sua culpa que eu não consigo superar o Kakarotto — E lançou a energia no drone, que se despedaçou.
Bulma desligou a gravação e se deixou escorregar no chão do laboratório com os olhos cheio de lágrimas, que já começaram a escorrer pelo seu rosto.
— Não é minha culpa. — Bulma sussurrava baixinho para si. — Você acha isso mesmo Vegeta?
Frase de início: Fernando Sabino
*** Letra de Na Sua Estante © Warner/Chappell Music, Inc
Artista: Pitty
Álbum: Anacrônico
Data de lançamento: 2005
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História Vegeta e Bulma- Irreversível
Fanfiction(Em revisão ortográfica) A definição do encontro de Vegeta e Bulma seria como a mistura dos opostos: Os olhos de Vegeta negros e profundos como céu sem luar. Com o olhar de Bulma e toda imensidão do mar azul; E assim os opostos se atraem um pelo out...