*** Apaixone-se por alguém que volte para conversar com você depois de uma briga, depois do desencontro.
Por alguém que caminhe junto a ti, que seja teu companheiro.
Apaixone-se por alguém que sente sua falta e que queira estar com você.
Não se apaixone apenas por um corpo ou por um rosto, ou pela ideia de estar apaixonado. ***
Quanto ele escutou dela que estava na plataforma na hora do impasse da batalha, Vegeta se ligou do porquê de tudo isso. Ela estava olhando o pequeno se espelhando no maior.
— Droga!
Vegeta viu pequenas lágrimas se formarem nos olhos azuis e tinha que fazer algo para parar isso, então deu dois passos para tomá-la em seus braços.
Bulma viu que Vegeta se espantou com o que ela se referiu e mesmo assim tudo dentro dela estava queimando, era seu filho e por Kami, ela pensava e agradecia de não ver ele o atacando, escutar já tinha sido torturante demais para seu coração e quando uma lágrima escorreu de seus olhos ela viu que Vegeta foi em direção a ela tentando abraçá-la, então deu dois passos para trás.
— O que pensa que está fazendo?
Vegeta ficou parado com as mãos erguidas no ponto de pega-la, quando viu que ela se afastou dele muito rápido e o encarou o fulminando.
— Bulma?
— Nem ouse me tocar Vegeta, nem ouse! — E passou por ele indo para o quarto dos dois.
Vegeta a viu passar por ele e sentiu o pequeno ki dela queimando, realmente estava nervosa. E ele queria explicar o que aconteceu na batalha. Quando ela o deixou sozinho no quarto ele deu uma olhada no seu filho pequeno no berço dormindo seguro e sentiu o ki potente dele. Realmente seria um grande guerreiro.
Vegeta deixou o pequeno dormindo e foi em direção ao seu quarto, ao abrir a porta viu sua linda na varanda olhando o céu, então se aproximou da porta encostou no batente e ficou esperando até que ela quisesse conversar, poderia demorar uma hora um dia, um ano, mas ele resolveu que não sairia dali, não iria perdê-la.
Bulma percebeu que Vegeta estava a olhando e não queria encarar aquele olhar, a mágoa dela era grande, grande demais. Então da onde estava começou a falar.
— Sabe Vegeta, eu sempre passei algumas noites assim, olhando o céu, esse Céu estrelado com esse manto negro favorecendo a lua e as estrelas sentindo que algo maior e melhor viria até mim, que iria modificar de alguma forma minha vida como a conhecia. Passei noites desejando que essa sensação se tornasse realidade e quando saímos vivos de Namek, e te vi olhando para mim encostado naquela árvore, todo marrento, algo em mim mudou.
Vegeta escutava tudo que ela dizia com atenção e se lembrava de como ela o encantou naquele dia toda cheia de si, resolvendo tudo para todos, mas ela falando tudo aquilo com aquela voz, não era bom e não estava gostando da voz triste que entrava em seu ouvido. Então viu ela se virar.
— Sabe o que mudou em mim Vegeta? — Bulma finalmente o olhou e viu aqueles olhos negros a olhando com calma.
— O que?
— Eu tinha certeza que foram as estrelas que me enviaram você, que era você que iria mudar minha vida. E olha a bagunça que você fez comigo. — Bulma apontava para si mesma enquanto lágrimas caiam sem parar.
Vegeta ficou confuso com tudo que escutou e o que estava vendo. "Ele não estava a fazendo feliz? "
— Eu não estou te fazendo bem? É isso que quer dizer?
Bulma escutou isso e negou com a cabeça secando as lágrimas.
— Desde que você chegou, você sempre me fez bem, me deu alegrias, um filho, um lindo filho aliás, não te questionei até hoje por que você sumiu, confiei em você e isso traz a gente aqui, agora neste instante.
Vegeta não gostava de rodeios, mas estava pisando em ovos com ela. Sentimentos terráqueos eram confusos para ele, mas queria que desenrolasse rápido tudo isso.
— Você pode logo me dizer tudo de uma vez Bulma.
Bulma andou para passar por ele novamente para ir ao quarto, mas dessa vez foi impedida por um enorme braço, fazendo ela recuar para trás.
— Me deixa passar Vegeta?
— Você não sai daqui enquanto não me falar tudo de uma vez, sem rodeios. — Vegeta a encarava enquanto ela se afastava novamente dele, mas ele não iria deixar ela ficar com essas meia palavras, seja lá o que fosse vir, teria que ser de uma só vez e ali na varanda a única possibilidade dela sair dali era pulando e mesmo se o fizesse ele a pegaria, então ele estava de certa forma no comando novamente.
Bulma balançava a cabeça em negativa por ver que não tinha como se afastar dele, queria sair dali para ter mais distancia dele, a presença dele era forte demais e o corpo dele a chamava, queria mais distância e pelo visto não ia rolar, deu um suspiro.
— Eu confiei em você até hoje, quando cheguei na plataforma atrás de você Vegeta, e escutei tudo que aconteceu e o que eu escutei não parecia ser você, não era o Vegeta que eu conheço, que eu me entreguei e de que gerei um filho. Não podia acreditar que era o meu Vegeta que estava fazendo aquela barbaridade com nosso filho. Então eu me perguntei o dia inteiro: será que eu te conheço? Será mesmo que conheço tudo de você? Que poderia ter me apaixonado por um monstro que é capaz de atacar o próprio filho? — Bulma falava meio gritado, meio chorando, tudo aquilo que a perturbou o resto do dia. — Será que eu realmente conheço o homem com quem divido aquela cama, meu corpo, minha vida?
Vegeta estava ereto a olhando o questionar com tanta mágoa, que aquilo sim parecia um golpe de um belo inimigo, eles eram de mundos diferentes e isso parecia estar sendo cobrado agora. Se ela fosse um dos seus, jamais o questionaria por manter o garoto distante do objetivo que queria, seja lá como ele fizesse isso, com energia, com um golpe, isso não importaria. Mas não era o caso ali, ela era terráquea e terráqueos tinham isso de proteção aos filhotes e pelo que percebia isso se estenderia até como adultos, realmente eram diferentes e que ela tinha razão, ela só conhecia o que ele permitiu e se deixou permitir sentir. Ela não sabia nada do seu passado, onde o lado sanguinário dele era feroz e reinava sob ele e que ele gostava. Não queria que ela soubesse dessa vida que parecia estar ficando distante dele, pois com ela ele não tinha esse lado aflorado na pele, ao contrário, ela só despertou nele paz e desejo de estar apenas com ela, deixando para trás aquela vida onde possuía fêmeas com tal violência que mal saiam vivas e se saiam, ele as matavam para não ter a possibilidade de criar bastardos. O que jamais pensou, para dormir no conforto de tê-la em seus braços, ele a escolheu para ser dele, a princesa dele.
— Bulma, você tem razão. Você não me conhece. — E foi se aproximando dela — E não tem como você entender o que fiz hoje sem saber do meu passado. — Ele a viu se encostando de costas nas grades da varanda. — Mas a questão é, você vai aguentar saber de tudo minha linda? — E parou ficando um palmo dela sentindo o cheiro dela.
Bulma estava de boca aberta sentindo aquela aproximação felina de Vegeta, enquanto seu corpo desejava o calor que emanava do corpo dele tão próximo ao seu.
Notas Finais
https://www.spiritfanfiction.com/link?l=https://www.pensador.com/diferentes_mas_iguais/8/
VOCÊ ESTÁ LENDO
História Vegeta e Bulma- Irreversível
Fanfiction(Em revisão ortográfica) A definição do encontro de Vegeta e Bulma seria como a mistura dos opostos: Os olhos de Vegeta negros e profundos como céu sem luar. Com o olhar de Bulma e toda imensidão do mar azul; E assim os opostos se atraem um pelo out...