O monstro saiu... Ele não mora mais debaixo da cama.

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Yamcha estava terminando o banho, tentando tirar do corpo o que não conseguia tirar da mente, se sentia um inútil, se sentia derrotado. Conforme a água passava pelos seus cabelos e escorria pelo seu rosto tentava com a mão remover o resto de poeira que tinha daquele lugar em sua pele.

Saindo do chuveiro pegou uma toalha e passou no espelho a sua frente que estava embaçado por conta do vapor quente do chuveiro, revelando seu reflexo, olhou e viu cicatrizes que tinha em seu rosto e sabia a origem de cada uma delas, sabia a dor que teve ao recebê-las e a dor de curá-las, mas isso não pagava as marcas que ficaram cravada em sua pele... Ele lembrava de quando adquiriu a cicatriz em forma de um grande X na sua bochecha, foi seu descuido em um treino com os lobos, do qual ao abaixar a guarda recebeu uma patada no rosto, e ainda ele o subestimando, recebeu outra bela patada no mesmo lugar, formando o tal X... Foi marcado por um descuido, mas não foi o único descuido que o fez ficar com marcas, e por um vacilo estúpido seu adquiriu não só uma marca no alto da testa que mesmo cicatrizada ainda doía, mas não doía ali, não doía pelo golpe que recebeu do inferno do Alien que roubou amor de sua vida, essa dor apertava seu peito ao lembrar do olhar de sua Bulma ao ver que ele foi ferido pelo Alien, ao ver o olhar dela não sentindo qualquer sentimento para com ele, ao ver o olhar desejando que o Alien o matasse... Foi ali, não as malditas traições infantis que fez com ela, foi ali...naquela noite que viu que o coração de sua Bulminha já pertencia a outro...

Yamcha levava a mão a essa marca, essa maldita marca que o fazia lembrar todo dia que ele a tinha perdido...

Batidas na porta...

Yamcha foi tirado de seu devaneio ao escutar batidas em sua porta, balançou a cabeça para espantar esses sentimentos, e enrolou a toalha na parte central de seu corpo, e foi atender a porta... já era tarde chegou a pensar... -Será que é alguma gatinha com saudades do Deus Yamcha... foi falando e abrindo a porta... -Vocês?

***Além do meu rosto existe uma alma. Além do meu corpo o espírito,

portanto não olhe simplesmente. Porque não é tão simples assim !***

-Sim ele escondeu aqui sim... Yamcha respondia do quarto as perguntas que Kuririn e Tenshinhan faziam a ele, na verdade com a confusão nem se lembrava delas, tinha se esquecido quando seu amigo as entregou a ele pedindo para guardar e usa-las em caso grave...

-E você fala assim na maior calma Yamcha? Kuririn o questionava vendo sair do quarto vestindo sua camiseta e com uma fronha cheia de algo.

-Pior... como você não nos contou em Yamcha? Tenshinhan, não gostava dessas nuances de Yamcha, metido a esperto e desentendido que ainda carregava como característica adquirida da época de ladrão do deserto.

-Não me olhe assim Tenshi... Yamcha balançava a fronha no outro braço os fazendo olhar... -As esferas estão aqui, apenas com tudo isso que aconteceu eu esqueci... Yamcha se sentou no seu sofá vendo os amigos o olhando sério, logo imaginou porque vieram atrás delas, e de como ficaram sabendo de onde se encontravam... -Foi a Bulminha que achou ela não foi? Yamcha os via sérios em pé de frente a ele o olhando...

-Qual é Yamcha?! você sabe que ela é a dona do radar, óbvio que foi ela que indicou onde estavam as esferas... nos entregue precisamos reviver Trunks... Kuririn falava estendendo a mão para receber a fronha com as esferas, sem obter resultado...

-Vamos Yamcha, a Bulma tá aflita com Trunks naquelas condições... Tenshinhan também repete o gesto, e igualmente Kuririn. não obteve resposta ao seu gesto...

-Porque vocês querem que eu as entregue, se eu mesmo posso entregar elas a Bulminha, nas mãos dela... Yamcha se coloca na ponta do sofá olhando os amigos se entre olharem.

História Vegeta e Bulma- IrreversívelOnde histórias criam vida. Descubra agora