Frente e Verso- Frente

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*** Hoje acordei com o coração fora do corpo, vez por outra é assim, porque? Porque sinto demais. ***

Vegeta saiu com tanta raiva daquele quarto, que nem viu para onde ia, apenas voava muito rápido, rápido demais e parou num lugar que chamou sua atenção, um cânion, com paredões de rocha escuros e profundos, era uma visão absolutamente impressionante. Também tinha formações rochosas verticais que brotavam da terra até alturas bem elevadas, pensou por alguns instantes que poderia estar em outro planeta, mas tinha consciência que não estava, mas ali seria um excelente lugar para liberar energia e ele tinha energia, estava com ela acumulada desde a noite do pesadelo até a discussão com a terráquea. Ele virou e procurou a posição do sol e se assustou em ver que já estava se ponto.

Acumulou uma bola de energia em suas mãos e lançou em uma parte dos cânions fazendo um enorme buraco, seria ali seu pouso de descanso nos próximos dias. Ele passou a treinar forte, Vegeta estava colocando cada fibra muscular para trabalhar e ele via que os dias que passou treinando na cápsula realmente o fez melhorar muito.

— Maldita terráquea inteligente. — Ele estava em plena forma e isso facilitava cada nova rocha que ele destruía ou cada novo cânion que ele criava.

Por um tempo isso bastou, pois passava o dia inteiro se arrebentando e aplicando todo ódio que sentia em não poder acertar as contas com aquele verme que feriu sua terráquea, além da imensa fome que tinha em tê-la aquela mulher e quando chegava de noite dormia de exaustão.

Mas a saudade começou a cobra-lo e o ódio dava lugar a ausência de sua terráquea e nada era tão forte quanto a sensação de estar sozinho, o que para ele não seria nada de mais, a solidão nunca o incomodou em suas inúmeras viagens de conquistas, mas ele já tinha se acostumado com a rotina com sua terráquea, ainda mais quando se tem como companheira a saudade do cheiro dela e a maciez de seus lábios e descobriu que a distância também machuca.

Ele olhava a lua que insistia em iluminar aqueles olhos negros e em noites assim, desde a sua chegada ali ele sussurrava bem baixinho o que queria dizer a sua Bulma.

"O tempo me devora minha linda, minha alma está indo embora sem você" E em pensamento desejava que a lua tivesse escutado e que entregasse essa mensagem a sua Linda terráquea.

Mas Vegeta não deixava de pensar em tudo que ela havia dito e acontecido com ela e mesmo tendo achado um belo lugar para treinar, a vontade de ver a terráquea o estava consumindo, mas esse sentimento novo de saudade fez ele agregar algo novo a sua rotina. Ele ia toda manhã, bem antes do sol nascer ver sua terráquea. Vegeta não conseguia lidar com todo esse sentimento novo, então ainda de madrugada voava de volta a corporação e num lugar seguro observava com muita maestria, cada lugar, antes de fazer alguma aproximação, quando se sentia seguro fechava os olhos e sentia onde o Ki da sua terráquea estava e não era nenhuma surpresa de senti-la no laboratório.

Ele se aproximava e observava pela janela e sempre a encontrava dormindo de exaustão em meio a papéis, calculadoras, ferramentas....

— Queria te colocar na cama minha linda. — Ele sussurrou.

Mais ele não podia, pois corria o risco de acordá-la e ela o veria, não queria isso de forma alguma, pois não tinha ainda digerido bem aquela briga dos dois, então ficava pairando em frente a janela, até ela acordar meia torta e perceber que mais uma vez tinha desmaiado por lá ou até seus pais ou um dos funcionários a acordarem.

Ele notou que ela estava diferente, menos curvilínea, nada que tirasse o encanto dela, mas não gostou de vela mais magra e isso o fez pensar que talvez ela não estivesse se alimentando direito.

Em outras manhãs ao procurar o ki dela percebia que não estava no laboratório e era gratificante achá-la na cama em seu quarto e lá ele sempre entrava, pois raramente Bulma fechava o vidro de correr e por fim ele podia vê-la mais perto. E lá, ela estava com uma das suas roupas de dormir, que pareciam apenas um pedaço de pano que deixava muita pele à disposição de seus olhos que percorria cada parte do corpo dela e imaginava o gosto da curva de seu queixo até o pescoço imaginava a virando e indo até a nuca e descendo com a língua pelas suas costas, parando em seu quadril e começando a subir até sentir o gosto de suas orelhas.

História Vegeta e Bulma- IrreversívelOnde histórias criam vida. Descubra agora