58 - Instante.

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– desculpa – murmurei enquanto o idiota entrava com as vadias uma em cada lado.

– eu não terminei de discutir com você – começou de novo ele – como você não sabe que ele é um maníaco que queria te sequestrar, te estrupar e depois te matar.

Tim seguiu com o carro.

– como você sabe? – imitei a voz dele – que essas vagabundas não querem fazer a mesma coisas com você?

– porque você acha que elas são vagabundas? – perguntou irritado.

– a pelo amor de Deus – disse apontando o obvio – olha como elas estão se vestindo, esta na cara!

– pra mim é a mesma coisa que você esta vestindo! – jogou na minha cara.

Por um instante eu registrei o que ele tinha falado, pelo mesmo instante em que o Tim virava a cabeça desacreditado no que tinha ouvido, o mesmo instante em que um buraco se abriu no meu peito.

– pare esse carro – disse calmamente para o Tim. – por favor, pare esse carro!

– ele não quis dizer isso... – Tim tentou o defender – Du ele na quis...

–pare esse maldito carro ou eu vou desce com ele em movimento! – gritei dessa vez já levantando o pino.

– calma – disse encostando o carro que pulei antes de ele parar de vez.       

Ouvi a porta do carro abri.

–Dulce... – Christopher começou a falar.

– me deixa em paz – disse andando e limpando as lagrimas dos olhos, o idiota saiu sem meu casaco agora eu estava andando em uma rua que eu não sabia onde fica, em um país que não é meu, indo para uma casa que sentia que não era minha.  

– Dulce, volta aqui – disse atrasa de mim – eu não queria dizer aquilo.

Eu parei e virei.

– você nunca quer dizer nada, impressionante Christopher sua inteligência é tão exuberante que ele ultrapassa as fronteiras mentais, você nunca quer fazer nada, nunca quer dizer nada, quer saber eu cansei. – e me abracei para afugentar o frio.

–você esta com frio – falou o senhor obvio – toma – e tirou o casaco.

 – eu não quero nada de você!

Olhos Certos.Onde histórias criam vida. Descubra agora