115 - Não vou suportar ficar sem a minha pequena.

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Eu estava fazendo um buraco no chão, pelo menos era isso que poncho me disse a meia hora atrás quando insistiu que me senta-se e descansasse e eu o mandei se fuder, não era a mulher dele que estava na sala de cirurgia com o peito aberto! 
A vida é engraçada, não rezo desde dos meus 5 anos, antes dos meus pais morrem em um acidente de carro, e hoje me pego implorando para um Deus que não acreditava, um Deus que hoje peço de joelhos para não tirar a mulher que amo. Não depois de sete anos perdidos, pela minha idiotice e sua teimosia. Eu tinha feito varias promessas, absurdas como parar de comer frango cozido, parar de fumar maconha, quase fiz a de parar de transar mais sei que não iria cumpri então nem fui adiante. 
Já tinha se passado quatro horas de cirurgia, mandei a Aní embora porque ela ali chorando do meu lado estava quase me fazendo pular no pescoço dela e esgana-la, liguei a meia hora para Maite para saber como estava as crianças, nunca achei que poderia amar tanto duas pessoinhas como eu amo meu filhos. 
– parentes da senhora Uckermann? – perguntou o medico, quase tropecei nos meus pés quando fui ao encontro dele. – você é parente da senhora Uckermann? – perguntou o medico com o semblante cansado para mim e para o poncho que estava do meu lado em seguida. 
– eu sou o marido – meu coração parou de bater, olhando para o medico que tirou os óculos do rosto. 
– senhor Uckermann... – minhas pernas já começaram a bambear como tom de voz do medico. 
– oh meu Deus – implorei com lagrimas nos olhos, isso não pode esta acontecendo. 
– calma – disse Poncho segurando meu ombro – ele não disse nada, tire esses pensamentos. 
Lagrimas caiam do meu rosto em desespero só de pensar em ficar sem a minha pequena. 
– senhor Uckermann – tentou novamente o medico – não vou mentir para o senhor, a cirurgia da sua esposa foi umas das mais difícil que eu enfrentei na minha carreira, ela teve três paradas cárdias e seu coração ficou sem bater por três minutos... 
– não, não, não – segurei as mãos na minha cabeça. – você tem que fazer alguma coisa – sacudi o medico – seu incompetente! 
– solta ele Uckermann – tentou poncho me segurar – ficar firme deixe ele termina de falar. 
– como eu estava dizendo – disse o medico arrumando seu jaleco amarotado. – sua esposa teve três paradas cardíacas mais conseguimos realizar a cirurgia com sucesso, a recuperação vai ser longa mais creio que não terá nenhum problema.


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