86 - É putaria para todo os lados.

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Eu não vou chorar, eu não vou chorar, eu não vou chorar,  essa frase virou o meu mantra enquanto subia para o avião, quando sentei na primeira classe, porque me recuso a sair daqui mais arruinada, quando pedia aquelas garrafinhas de bebidas ate que as aeromoças se recusaram a  me dá mais, porque parece que tem uma tacha de álcool que não pode ultrapassar em um voo, me recusei a comer só queria que o efeito do álcool ficasse eternamente no meu corpo, mais infelizmente ele ia me abandonar também eles sempre me abandonavam.

Quando o avião pousou dez horas depois já era cinco horas da tarde por causa do fuso horário, eu ainda não tinha chorado peguei as minhas malas passei na loja de bebidas no aeroporto antes e comprei uma garrafa de tequila barata, eu queria afogar minhas magoas, queria entorpecer tudo, queria não sentir mais nada, peguei um taxi que me levou para casa me ajudou a tirar as malas do carro, me deu o troco certo e recusou a gorjeta de 50,00 reais, um cara legal, seria um cara legal se eu não tivesse tomado a atitude de odiar todos os homens da face da terra.

Eu estava quase caindo quando consegui entrar pelo portão da minha casa, minha mãe estava de viagem pelo Brasil e aminha intenção era entra em casa e me isolar ate a hora dela voltar três meses depois, não queria vê ninguém pelo resto da minha vida.

– merda! – disse quando a porra da chave tinha caído, a peguei com dificuldade quase caindo, estava vendo tudo triplicado desgraça!

Depois e varias tentativas consegui virar a chave, mais parece que eu estava muito bêbada, porque meu cérebro começou a implantar imagens de sexo na minha cabeça, porque via duas pessoas transando no meu sofá. Parei sem saber o que fazer me perguntando se eu tinha entrado na casa certa, mais ai reconheci a o gemido.

– que pautaria é essa na porra do meu sofá! – gritei, Maite deu um pulo que pensei que ia bater a cabeça no teto.

– Dulce? – perguntou confusa enquanto Christian se tampava com almofada.

– a Puta em pessoa – falei e virei a garrafa de tequila pela goela. – a desgraçada, a vadia, a odiada  por Deus, EU!

– você esta bem? – perguntou preocupada.

– tó ótima! – e tomei mais um gole, fui tentar sentar no outro sofá mais quase cair, fui apalpando ate que sentei, coisa engraçada essa de sentar, e comecei a ri, levantei e sentei de novo, ai levantei e sentei de novo caindo na gargalhada. 

Olhos Certos.Onde histórias criam vida. Descubra agora