Quatro anos depois.

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 - me diz novamente porque você esta partindo?

- porque meu pai me obrigou – Camille fez bico.

- se é por isso, eu te obrigo a ficar!

- não é fácil assim amiga, ele vai corta toda a grana.

- eu te banco!

- ele já avisou que isso não cola, porque já falou com o seu pai, e ele não vai me autorizar ficar mais uma ano− terminei de fazer as minhas malas, o taxi já estava lá embaixo me esperando. – promete que você vai se comportar e ficar bem?

− prometo mãe – e se levantou – não me esquece ouviu vadia!

− jamais vaca! – eu abracei, eu a amava como irmã e depois desses três anos vivendo no mesmo quarto sabíamos mais da vida da outra do que a nossa própria.

− eu te amo vadia – me abraçou de volta – e nada em cair na tentação!

− também te amo vaca, pode deixar.

E eu não ia, de jeito nenhum minha vida estava maravilhosa para estragar agora, afinal já tinha se passado três anos, não tinha como meu coração me trair novamente.

Dizer adeus para a minha melhor amiga doeu tanto que foi impossível não chorar.

−se cuida viu – disse ela.     

− pode deixar.

Entrei no taxi para reviver um passado que eu não queria retornar.


− isso querida assim! – minha mão se encaixou no seu cabelo e fazia sua cabeça subir e descer no meu colo. –desse jeito baby.

         Para que não entendeu ainda eu Cameron o cara mas gostoso dessa área estava com uma gata me chupando, meu melhor amigo estava trepando no banco de traz com uma gostosa que ele fez quentão de tirar a parte de cima então eu tinha uma bela visão de peitos tamanhos gigantes balançando pelo espelho retrovisor.

A vida era boa, a vida era maravilhosa.

− isso gata, com mais força desse jeito. – se o paraíso é assim por favor não me acorde. – assim Blair...

A sucção parou na hora, merda!

− você me chamou do que? – perguntou furiosa.

− baby? –perguntei com medo.

− não você não me chamou de baby! Você me chamou de vadia.

− não foi tudo isso. – tentei me defender.

− você me chamou de Blair – disse – é a mesma coisa!

−oh gata...

−esquece Cameron, e faz um favor e me esquece também.

O pior é que eu esqueci o nome dela só sabia que começava com T

− mas Thais vamos pelo menos terminar o que começamos.

− é Tamara!!!! – gritou – vamos amiga, deixa esses babacas cretinos idiotas ai!

A amiga da “Tamara” saiu de cima do colo do meu amigo Brad colocou o vestido e saíram do carro. Olhei para o retrovisor e vi! Um Brad muito puto.

− cara você não fez isso, você não gritou o nome da minha irmã enquanto a mina estava te dando um boquete!

− foi mal cara – disse para ele sinceramente, eu sempre consigo segurar o nome nessa hora, mas eu já tinha bebidos uma e foi sem querer.

− quer saber eu não quero nem saber, vamos sair daqui porque você já conseguiu estragar a minha noite.

Arrumei meu menino que ficou muito triste pelo acontecimento, liguei o carro andei uns metros ate o carro da policia nos fazer parar.

−só o que me faltava... – resmungou Brad, já no banco de trás. − só o que me faltava.

O policial olhou para minha cara e já nos mandou sair do carro.

−documentos.

Olhei para a cara do Brad e vi que tínhamos nos fudidos.

O policial olhou para o documento do carro que estava no nome do meu pai, depois olhou para o meu RG para a minha idade balançou a cabeça.

Tradução me fudi!

− você é filho do Poncho?

Sorri, eu ia me safar dessa facinho, facinho.

− sim senhor! – disse.

− odeio musica sertaneja! – disse de cara fechada.

Meu sorriso foi se apagando.

− e você é filho de Christopher Uckermann?

Sorri novamente, iriamos conseguir escapar.

− perdi muito dinheiro com o seu pai e venhamos seu pai é um idiota!

− senhor – tentei distrair o guarda antes que o Brad caísse matando em cima dele, Brad amava o pai melhor o idolatrava ele, não que eu não amasse meu pai, só que quando o pai dele apareceu, já com ele grande eles viraram unha e carne – nos dois sabemos que o pai dele foi um grande idiota, com todo o respeito – disse me virando para o Brad – mais o meu pai é legal, tipo a minha mãe gasta boa parte do dinheiro dele em caridade...

− vamos economizar no lenga-lenga entre na viatura.

− mas senhor...

− vocês iram querer ir por livre espontânea vontade? – nos perguntou. –ou algemados?

Olhei para a cara do Brad, que me olhava com cara de poucos amigos, abaixei a cabeça e entrei no banco de trás.

− central, central – falou o policial no radio depois de trancar o carro do meu pai. – viatura pede guincho para a 1º avenida.

− me fudi! – disse alto o bastante para o policial me olhar de lado.

− se fodeu? – sussurrou o Brad histérico – se fodeu? me fodeu! eu sempre me fodo com as suas grandes ideias, “vamos mergulhar no lago com as gatinhas?” – disse fazendo uma péssima imitação da minha voz – e o idiota foi... foi roubado 600 reais da carteira, calça, cueca, camiseta, boné, relógio mais de dois mil reais em roupa, fora o dinheiro da mesada, tive que passar o mês sem nada porque meus pais se recusaram a me dá mais dinheiro porque cheguei em casa com uma maldita meia no pinto!

− acho que você esta um pouco irritado!

−IRRITADO? – Quase gritou – eu estou puto. P-U-T-O, eu já apanhei por sua culpa e não estou falando daquela vez que leve uma surra de tamanco da minha mãe por chegar em casa de manha bêbado, tó falando daquela vez que você teve a brilhante ideia de mexer com a mulher do ogro com a camiseta do palmeiras eu nunca na minha vida imaginei ser espancado por um corpo tamanho mutante.

− eu concordo que algumas das minhas ideias não foram as mais brilhantes...

− brilhante como pinche! – interrompeu.

− ok, ok, ok. – disse perdendo a paciência – eu sou lobo mal, como se eu tivesse colocado uma arma na sua cabeça...

− vamos as duas mariquinhas ricas calarem a boca antes que eu mude de ideia  leve ao invés para casa de vocês para a delegacia, onde dividirão a cela com os seus futuros maridos.

Calei a boca na hora, eu poderia esta muito pu1o com o Brad mais a minha bunda é bonita de mais para sofrer na cadeia.

O caminho foi silencioso, ate o policial bater as 00:15 na minha casa e eu ouvi a minha vida toda, mas vamos aos danos, sem mesada, sem privilegio de chegar tarde em casa, o carro nem pensar, da escola para a casa sem desviar o cainho se não  meu pai iria desviar o fluxo sanguíneo para o meu nariz, depois eu que sou o dramático da família.

Subi para o meu quarto entrei no banheiro com o rosto da Blair na minha mente só respondo que sair de lá bem mais feliz!

Olhos Certos.Onde histórias criam vida. Descubra agora