Foi mesmo por ela?

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·         Perspectiva de Juliette

- Eu não vou te deixar sozinha com ela. – Disse Juliette sustentando o olhar de Maaba.

Ela não permitiria que Sarah ficasse sozinha com aquela mulher visivelmente transtornada.

Por mais que Maaba a tenha criado como filha, Juliette não conseguia vê-la como uma mãe normal. E após descobrir o que tinha por trás do seu passado, não conseguia ver aquele amor de Maaba por Sarah algo saudável. Deixa-la sozinha com aquela mulher armada não estava dentro dos seus planos.

Mesmo que isso significasse que também estaria em perigo.

Sarah era a mulher da sua vida, por era seria capaz de enfrentar tudo e todos.

- Garota, você realmente necessita ser posta em seu lugar. – Algo no olhar de Maaba mudou.

- Não tenho medo de você e do seu modo operante, se pensa que me intimida dessa maneira. – Juliette deu um sorriso de canto. Não iria demonstrar para aquela mulher o quão estava afetada. – Você não passa de uma mãe narcisista, que nem por um minuto pensou nos sentimentos da Sarah e a manipulou para conseguir ter o que desejava. Você passou por cima do sofrimento dela para poder tê-la sobre suas asas. Só não contava com sua vinda para o Brasil, não é mesmo. Você tem uma necessidade constante de ser o centro das atenções, apontando o quanto a amar e o quanto fez para que garantisse a felicidade dela. Mas será mesmo que tudo o que você fez foi por ela?

- Não me venha com essa sua psicologia barata querendo colocar em dúvida tudo o que eu fiz pela minha filha. Você não sabe nada sobre mim, nem mesmo tudo sobre ela. Então não me venha com essas asneiras.

- Você é uma farsa. – Continua Juliette. – Não só por ter tomado a identidade da própria irmã, mas por sempre abrir a boca para dizer que tanto quer a felicidade daquela que chama de filha, mas no fundo sempre agir contra ela. Você realmente pensou nela ao vir a um evento armada e apontar para ela?

- Juliette, não. – Pediu Sarah.

Juliette sabia que estava a levando até a aborda, mas suas intenções ao fazer aquilo era tentar trazer com que aquela mulher tivesse um minuto de clareza. Temia que no augi da sua fixação em achar que sabia o melhor para a filha acabasse cometendo algo ainda mais irreversível, uma vez que estava armada as possibilidades para que algo trágico acontecesse eram gritantes.

Por mais que Juliette tivesse consciência de que Maaba excessiva um sentimento incomum por Sarah, que ia além de um sentimento comum de mãe e filha, estava disposta a fazer com que ela enxergasse a loucura que estava fazendo. Pelo menos uma vez e sua vida.

Maaba agia como se fosse dona de Sarah, ao mesmo tempo que possuía um sentimento exagerado de autoimportância na vida de Sarah. Mas naquele momento tudo parecia fora da realidade.

- Minha intenção nunca foi apontar para ela. – Maaba suspirou ao dar um breve olhar em direção a Sarah.

- Mãe, por favor. – Sarah suplicou mais uma vez. – Guarde essa arma, a deixe ir e vamos conversar só você e eu. Que diabos você está tentando fazer?

- Estou tomando você de volta para mim. De onde nunca deveria ter saído. – Maaba balançou a arma em direção a Juliette. – Esta garota insolente arruinou tudo. É tudo culpa dela.

- O que é culpa dela mãe? – Sarah empurrou Juliette para trás de si um pouco.

- Não. Pare de movê-la. Não vou embora daqui até que tudo esteja acertado. Ela estragou tudo, você tinha voltado para mim. Você só iria vir passar um tempo aqui, agora está querendo ficar para sempre. Tudo por culpa dela.

Amor e ÓdioOnde histórias criam vida. Descubra agora