· Perspectiva de Sarah
- Está tudo bem. Eu ficarei bem. É apenas um arranhão. - Sarah deixou escapar um suspiro trêmulo.
Ela sentiu uma forte dor e gosto metálico na boca.
Ela queria acreditar no que tinha acabado de dizer para Juliette, queria realmente acreditar que ficaria bem.
Sua visão começou a ficar embaçada até tudo tomar tons cinzas até tudo ficar completamento no breu.
Sarah passou a ficar à mercê dos acontecimentos, embora continuasse percebendo o que acontecia ao seu redor. Ela não conseguia abrir os olhos, todo o seu corpo doía e ainda mais no choque com o chão.
Ela sentiu-se mergulhar no silêncio, mas voltava, aconteceu várias vezes, até que ela sentiu uma dor que não pôde suportar, e perder completamente os sentidos.
Sarah não sabia quanto tempo havia se passado, nem mais se lembrava o que tinha lhe acontecido. Ela estava confusa e ainda não conseguia abrir os olhos.
Podia perceber que havia uma claridade. Ainda estava com medo. Talvez medo demais para descobrir onde estava.
Ficou ali deitada, sentindo o corpo ficar cada vez mais frio e dolorido.
No começo, estava tudo escuro, mas logo Sarah pode ouvir vozes, sons ou perceber luminosidade. Ela não tinha certeza se estava de fato consciente ou era algum tipo de alucinação. Teve medo de abrir os olhos e se deparar com alguma coisa horrenda.
Das primeiras vezes que acordou, mal podia distinguir os sons e ainda não conseguia abrir os olhos. Achou, mesmo, que tinha morrido.
Ela acordava por alguns instantes, tentava abrir os olhos, prestar atenção no que acontecia em torno, mas só conseguia perceber sons que ela não reconhecia e vozes que não distinguia. Não fazia ideia do tempo ou de onde estava, mas toda vez que ela acordava podia sentir o medo por baixo de todos os outros sentidos, espreitando, pronto para voltar à superfície.
Apenas, muito mais tarde, conseguiu sentir seu corpo. A dor, sem fim, no torso, a garganta arranhando e a confusão mental. Sarah pôde sentir que estava deitada em um lugar limpo, confortável e aquecido. Mesmo assim, ela continuava com a sensação de ser observada, ainda sentia o frio que chegava em seus ossos. Mas, não podia ser real! Era só o medo, o medo cruciante e gelado, que ainda corroía o seu interior, irracional gigantesco.
Quando abriu os olhos pela primeira vez, viu apenas claridade. Uma luz agressiva, que feriu seus olhos, forçando-a a fecha-los em seguida. Não viu ninguém, não sabia onde estava. Sarah teve medo outra vez.
Medo daquele lugar estranho e das estranhas vozes que a cercavam. Ao menos agora ela tinha certeza que estava viva, ou, pelo menos, mais perto disso do que pensava, anteriormente.
Mas, ela já sabia o quanto era melhor estar viva. Lembrou de Juliette, dormindo ou acordada Sarah nunca se esquecia dela.
Tentou manter os olhos abertos, mas eles doíam demais, o medo era maior que a coragem para descobrir onde ela estava e o que realmente estava acontecendo. Ela sentia mãos lhe tocando, e já conseguia entender as frases isoladas.
Sarah se sentia sonolenta, cansada e dolorida.
Ela queria ter forças para poder perguntar o que estava acontecendo, perguntar onde estava Juliette.
Sentiu o cheiro de medicação no ar e conseguiu perceber, o que pareceu ser o som de aparelhos médicos. Sarah ainda ouvia vozes, mas não conseguia entender o que estavam dizendo.
Quando finalmente conseguiu abrir os olhos novamente, a luz a incomodou outra vez, Sarah começou a piscando sem parar até começar a se sentir confortável coma a claridade. Conseguiu manter seus olhos abertos e ver o quarto. Tudo era claro, paredes brancas, grandes janelas. Ela só precisava começar a se mexer.
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Amor e Ódio
FanficAmor e ódio não se excluem. Movem-se num mesmo campo e, apesar de possuirem aspectos aparentemente distintos, a relação entre estes dois sentimentos envolve uma ligação entre eles. Duas mulheres de personalidades distintas, tendo seus caminhos entre...