Sweet love of mine

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· Perspectiva de Sarah

Juliette acenou brevemente, os dentes começando a ranger enquanto as mãos de Sarah agarravam suas nádegas. Em seguida, ela desliza a sua calcinha molhada pelas suas pernas trêmulas.

Mantendo seus pés afastados, Sarah começou a chupar os dedos dos pés de Juliette, forçando a suportar a visão e as sensações de sua adoração.

- Adoro venerá-la da cabeças aos pés.

Mas agora preciso te libertar. Diga que também quer isso. Diga que mal pode esperar.

Juliette estava sem voz. Estava prestes a ruir. A batida dentro dela tornara-se uma martelada. Sua cabeça fez que sim e uma lágrima escorreu do olho direito.

E foi beijando até suas coxas, antes de abrir os lábios do centro do seu corpo. Atormentando-a, ela a estimulou, prolongando cada toque até tomar de uma vez por todas o núcleo com sua boca, onde todos os nervos de Juliette convergiram, tomando-a sem medo.

Sarah não teve misericórdia. Começou explorar a sua entrada íntima com a ponta do dedo, a torturando, fazendo delirar.

Ela deslizou os dois dedos na parte mais sensível do corpo de Juliette, a fazendo soltar um gritinho, no limite do êxtase. Esfregou a ponta dos dedos nos lábios inferiores dela até que tudo pareceu girar em torno daquele momento.

Empurrou dois dedos para dentro dela, aumentando seu prazer, até que ela ficasse sem voz. E ela não parrou, explodindo sua carne sensibilizada com mais.

Sarah prendeu o lóbulo da orelha dela com os lábios, mantendo-o úmido. Deu sua primeira mordidinha e Juliette gemeu, curvando-se sobre o dedo de Sarah, as pernas abertas, totalmente entregues.

- Por favor... - Juliette implorou.

Os lábios de Sarah a controlavam novamente, sufocando as súplicas enquanto investia seus dedos contra ela, estimulando-a mais e mais.

O prazer virou uma pressão insuportável, que precisava liberta-se.

O polegar de Sarah circulando o cerne inchado enquanto os dois dedos invadiam o seu interior, fazendo-a se mexer sob o impulso renovado, com uma incoerente necessidade de liberação crescendo sem cessar.

- Goze para mim, sweet child o' mine... Goze, Sweet love of mine.

Foi esse "meu doce amor" que levou Juliette a o orgasmo.

Prendeu-a sob si, enquanto ela gemia e liberava sua pressão. Enquanto continuava invadindo, explorando sua carne trêmula a levando ao um êxtase arrebatador, consumindo-a até o último espasmo de prazer do corpo dela.

Assim que Juliette terminou, Sarah ficou sobre ela, observando-a tremer com o que ela fizera, e com uma das mãos traçando padrões suaves nas suas costas e nádegas.

A respiração pesada e os batimentos cardíacos ecoavam, vindos do final de um longo túnel, enquanto os aromas de satisfação se libertavam de seus pulmões. A consciência escorria por um corpo saciado e entorpecido.

Depois do incêndio, ela ficou em seus braços, em um estado de estupor, com cada célula de seu corpo sobrecarregada com felicidade, tal como Sarah estava.

Sarah continuava deslizar as suas mãos pelo corpo de Juliette. Uma de suas mãos apertavam os seios, outra deslizando sobre seus ombros, braços, barriga...

- Você é minha. Minha. Minha doce menina. Meu doce amor.

Sarah ainda carregava feridas abertas do passado, mas estar ao lado de Juliette fazia com que ela esquecesse delas. Ela vinha ocupando um lugar maior em seu coração a cada dia compartilhado, a tornando indispensável.

Ao se deparar com Juliette pela primeira vez, ter sentido aquela invasão de sentimentos tão avassaladoras, Sarah pensou que tudo aquilo tinha sido demais. Repentino demais. Aquilo era idiotice e ela era idiota. Qualquer um que soubesse o quanto ficou caída por Juliette assim que colocou os olhos sobre ela a consideraria à mulher mais burra do planeta. Parecia ridículo ficar tão atraída por alguém assim, que mal se conheciam. Quando se deparou com ela pela segunda vez, ficou tão encantada que não conseguiu se manter a distância, tinha a sensação de conhecê-la há séculos.

Mas agora, sabia que o que sentiu por ela lá no começo não chegava aos pés do que estava sentindo neste momento e no que sentira no futuro.

Juliette tinha o poder de fazer crescendo dentro dela um sentimento tão forte, tão avassalador. Quando julgava não ter mais espaço para ser expandido, era surpreendida.

Por mais que tenha amado Joey, nem esse amor poderia se comparar ao que sentia por Juliette. Ela tinha se tornado o centro do seu universo, só em cogita-la perdê-la o seu coração errava as batidas e o forte aperto em sua alma a tomava espalhando um pânico enorme.

Com ela ali, deitada em seus braços concluiu que não poderia deixá-la. Sua carreira, negócios nada mais importava. Sua vida em Los Angeles não teria sentido se não a tivesse ao seu lado. Sarah concluiu que não seria capaz de voltar para os Estados Unidos e deixara no Brasil, assim como também não seria capaz de arrancá-la da vida que ela tinha construído por puro egoísmo.

Decidiu que iria ficar no Brasil, por ela.

Mas primeiro precisava resolver de uma vez por todos o seu passado, que estava fazendo questão de assombrá-la.

Voltou a pensar em tudo que Juliette lhe disse antes de se entregarem ao desejo, de que seria possível alguém próximo ser o responsável por aquelas encomendas. Ela não descansaria até descobrir quem era o culpado.

Não queria que nada mais fosse capaz de interferir o que estava criando ao lado dela, que o seu passado não fosse mais capaz de abala-la. Ela precisava dar um fim àquela situação, iria até às últimas consequências para descobrir e neutralizar quem estava por trás daquelas encomendas.

- Um beijo pelos seus pensamentos. - Sussurrou Juliette, chamando a sua atenção.

- Até mil. – Disse antes de depositar um beijo casto em seus lábios.

Sarah queria lhe dizer tudo o que tinha acabado de passar por sua cabeça. Do seu desejo em permanecer ao seu lado, de querer se firmar no Brasil por sua causa. Mas sentiu que ainda não era chegado o momento, precisava resolver as pendências com seu passado antes.

- Estava pensando no que me falou. – Disse enquanto trilhava um caminho invisível por seu rosto com a ponta do dedo indicador. – Decidir que preciso encontrar, seja lá quem for, que esteja por trás das encomendas.

Juliette mudou de posição, ficando de lado e elevando o tronco o apoiando em um dos braços.

- Então já decidiu o que fazer? – A olhou em expectativa.

- Sim. – Sarah voltou a tocar o seu rosto. – Irei seguir o conselho do seu amigo. Deixarei as autoridades fora disso, mas farei de tudo para encontrar o responsável pelas encomendas. Quero o quanto antes que o meu passado não se faça mais presente, pois ele não cabe mais na vida que eu quero ter...

Amor e ÓdioOnde histórias criam vida. Descubra agora