Você é a Lua

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Mas tarde, quando já estavam a sós no quarto de Sarah, mesmo contra a sua vontade, Juliette voltou a tocar no assunto daquela manhã. A encomenda que Sarah recebeu. Juliette lhe contou todos os detalhes que seu amigo lhe passou e sua breve conclusão.

- Por tudo o que passei para ele, ele chegou à conclusão que só poderia ser alguém próximo a você. E eu também acredito nisto. – Sarah estava em pé, de frente para a grande janela, parecendo perda em seu próprio pensamento, enquanto Juliette estava sentada na beirada da cama encarando suas costas. – Ele indicou um cara de sua confiança para investigar sem fazer alardes e ainda é contra abrir processo ou chamar a atenção da polícia, mas isso é você que deve decidir. É sua decisão seguir com a investigação informal ou envolver a polícia.

Sarah permaneceu em silêncio. As cortinas pesadas do seu quarto estavam abertas, assim permitindo o que ela observasse o mundo fora daquele quarto.

- Eu não consigo deixar de pensar que quem estar fazendo isso com você seja alguém muito próximo, ao ponto de saber detalhes da sua localização. De saber como ter acesso a você.

Juliette levantou-se, indo em direção a Sarah que permanecia em silêncio e a abraçou por trás. Apoiando o rosto na parte externa do braço dela.

- Sei que é muita coisa para ser digerida. – Disse num tom suave. – Mas eu estarei aqui, do seu lado. Seja qual for a sua decisão, eu estarei do seu lado. Aconteça o que acontecer você não está mais sozinha. Você tem a mim agora e não vou deixar que nada disso te afete, não como antes. Sei o quanto você a ama. O quanto as coisas sobre ela te afetam profundamente, sei o quanto você se culpa pelo o que aconteceu com as duas, mas eu estarei aqui para te lembrar que não foi sua culpa. Para te ajudar a se curar dessa escuridão. Para te fortalecer com todo amor e carinho que eu puder te dar.

Juliette sentiu um nó se formar em sua garganta. Ela desejava poder ser capaz de tirar todo o sofrimento que Sarah teve que passar e a deixou com feridas profundas. Ela tinha se tornado uma das pessoas mais importante em sua vida, se não a mais importante depois de sua própria mãe por quem seria capaz de dar a própria vida.

Nunca antes imaginou se sentir daquela maneira por alguém.

Se um dia imaginou ter amado Arcrebiano ou qualquer outro, tudo aquilo caiu por terra. O que ela sentia por Sarah estava anos luz de diferença. Era algo tão grandioso, tão intenso e tão maravilhoso.

Sarah virou-se, ficando de frente para ela. Seu olhar perdido ao olhar para Juliette ganhou vida imediatamente, e ver o efeito que causava nela fez algo queimar profundamente dentro de Juliette.

Sarah levou as duas mãos as laterais do seu rosto, o aprisionando entre eles.

- Você é a lua na escuridão do meu céu. Tão grandiosa, iluminada. Obrigada. – Colou os lábios a sua testa, dando um breve beijo. – Eu ainda não sei o que fazer, não sei que passo devo dar. Preciso pensar um pouco, digerir toda essa informação antes de qualquer decisão. Tenho medo de acabar me decepcionando mais uma vez com alguém que confio. – Fazendo uma pausa antes de continuar. – Preciso pensar.

- E você é o meu sol, dando possibilidade para que eu seja tão iluminada. É graças a sua existência em minha vida.

E os lábios delas se encontraram.

Juliette estava se afogando. De prazer. O prazer daqueles beijos. Dar mulher que conseguir incendiá-la com um simples toque. No mundo real, era inimaginável perder a cabeça por conta de uma mulher daquela maneira como acontecerá com ela. Tão rápido e intensamente. Perder-se com um toque. Quando sentiu o toque de Sarah pela primeira vez, Juliette não conseguiu aceitar que um prazer tão intenso poderá existir. Não com ela. Até conhecê-la. Sarah era a prova de que devia ser um sonho o que elas tinham.

Nenhuma pessoa tinha conseguido causar isso nela. Até a maneira como surgiu foi surreal. Mas quando se entregou aos seus impulsos, ela derreteu-se. Entregando-se completamente e tomando o que sentia por Sarah e o que ela lhe causava algo possível e real.

Sarah a prendeu com os braços, girando o corpo a fazendo ficar presa entre ela e a janela. Antes que Juliette pudesse respirar, Sarah voltou a dominar a sua boca a invadindo com a língua. Tirando o prendedor de cabelo, deixando que seus cabelos espalhasse sobre a mão dela, que os acariciou e proporcionou prazer até a raiz. A outra mão encontrou o zíper. Abriu-o

Juliette soltou um gemido, um som de excitação e alívio, e suspirou quando seu vestido liberou os seios. Os lábios de Sarah sufocaram os gemidos, dopando-a de prazer.

Outro percorreu-a quando os dedos dela tocaram suas costas. Seu corpo inteiro ficou em chamas.

Sarah puxou o tecido, erguendo pelas nádegas. Juliette arfou ao sentir aquele toque tão íntimo e já familiar, com sua dominação sem esforço. As arfadas viraram gemidos quando sentiu os dedos dela roçarem sua abertura por cima do tecido enchendo-a com uma nova onda de calor líquido.

Seus dedos investiam contra ela no mesmo ritmo com que a língua penetrava sua boca.

Juliette tremia enquanto Sarah traçava um caminho escaldante dos lábios ao pescoço, lá permanecendo para devasta-la com beijos que injetavam prazer na veia a cada puxão.

Era como se toda a razão de viver convergi-se em Sarah, se resumisse a ela, ao seu corpo, sua respiração, mãos e bocas. Sarah tinha o poder de torná-la uma massa de desejos ao redor dela, entregue a ela. O pulso constante entre as pernas dela atingira uma intensidade que exigia algo para amenizá-lo. Sarah tinha afastado sua mão daquele ponto. Quando se tornou insuportável, Juliette berrou. Precisava dela dentro de si.

Sarah estremeceu, como se o berro a eletrocutasse. Ergueu a cabeça e precipitou seus lábios sobre a boca de Juliette. Que se entregou de novo, enquanto suas línguas duelavam e os lábios e os dentes de Sarah dominavam. Em uma invasão. E Juliette adorava assim.

Em sincronia com o desejo ardente de Juliette, Sarah a ergueu e atravessou o cômodo. Deixou a na cama, ergueu-se e olhou para ela. O olhar de Sarah brilhava, devorando-a. O de Juliette estava em estado de luxúria, devorava aquela figura que estava prestes a possuí-la.

- Você me deixa louca de desejo, garota. – Disse Sarah, antes de finalmente se projetar sobre ela.

Juliette teria dito a mesma coisa a ela, se conseguisse. Tudo o que conseguiu fazer foi se inclinar para ajuda-la enquanto avançava com as mãos sob o sutiã. Sarah tirou-o e agarrou seus seios inchados. Então ela mostrou que havia mais momentos de intensa agonia, mordiscando seus mamilos e percorrendo-os com a língua. Juliette se contorcia enquanto Sarah os chupava com força.

- Você me enlouqueceu só com um olhar, naquela festa estupida. Então pude tocá-la, senti-la assim, entregue e cheia de desejo. – Disse Sarah em confissão.

Em seguida ela deslizou a calcinha molhada elas pernas trêmulas de Juliette. Tirou sua jaquetinha diz, desabotoou a blusa se despindo, depois volta a se lançar sobre Juliette. Roçando nela, a fazendo delirar.

Repentinamente Sarah congelou.

Desvencilhando-se, ela levantou de braços abertos.

- Você está tremendo. Algo errado?

- Não, só se meu coração resolver parar ou eu desmalhar. – Juliette tremia de tanto desejo.

- Sinto que o meu coração também pode parar sem você comigo. – Sarah deu um sorriso predatório, excitante. 

Amor e ÓdioOnde histórias criam vida. Descubra agora