Modo alerta

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Por mais que sentisse algo por ele, não era mais amor. Juliette sabia que a chama que sentiu quando o conheceu havia se apagado, tanto pra ela quanto para ele. Ela sabia que teve uma época que o sentimento era enorme, pungente. Verdadeiro. Mas isso tinha ficado no passado. Agora, o que sentiam era algo indefinido. Coberto por mentiras e insistências. Quando chegou ao seu prédio, seu namorado fez menção em se despedir sem ao menos se dar ao trabalho de descer do automóvel.

- Você não vai subir? – Perguntou Juliette, o encarando.

Ele pareceu pensar por alguns segundos em sua resposta.

- Pensei que talvez você deseja-se descansar antes de encarar o dia de amanhã. – disse ele num tom baixo.

Juliette o encarou.

- Bil, por mais que eu desejasse estar deitada em minha cama sem fazer nada, gostaria ainda mais de um minuto a mais ao seu lado.

- Não acho que seria uma boa. Você mesma reclamou de não ter dormido na noite anterior. – tentou justificar.

Juliette deu um longo suspiro.

- Eu sei o que eu disse, e principalmente como estou me sentindo. Mas gostaria que você ficasse um pouco mais. Eu nem deveria estar pedindo isto, pois é o mínimo que você deveria fazer. – Juliette pensou em falar sobre sua desconverta, mas desistiu, assim preferiu não tocar no assunto. Não naquele momento.

- Passamos o dia juntos, pensei que você iria desejar descansar ao final dele.

- Mal nos vermos durante a semana, hoje foi o único dia juntos que tivemos depois do jantar que tivemos na segunda-feira. Você ainda acha que passar o dia com seus pais é o suficiente? Pensei que iria ficar pelo menos algumas horas no leu apartamento. Ainda nem chegou à noite e você já está querendo se despedir.

- Desculpa meu amor, eu estava só pensando em seu bem estar. Concluir que você deveria querer descansar por isto cogitei em ir embora. Me desculpe.

Juliette o observou. Ela não sabia se suas palavras eram verdadeiras, mas precisava deste momento a sós com ele. Longe de sua família e de toda a pressão que era depositada sobre ela por sua sogra.

Os dois subiram no elevador em silêncio. É assim entraram no apartamento de Juliette.

Assim que entraram Juliette foi a primeira a quebrar o silencio.

- Me acompanha num vinho? – Perguntou? Ainda encostada na porta da entrada.

Seu namorado a esta altura já estava acomoda no sofá. É apenas acenou com a cabeça positivamente. Ela se dirigiu até a cozinha, voltando de lá com duas taças em mãos e uma garrafa de Malbec.  Após servi-los, Juliette senta-se ao lado de Arcrebiano.

Ela da o primeiro gole, molhando a garganta antes de falar.

- Gostaria de saber como vai o trabalho, espero que esteja se adaptando. Você não me contou nada mais sobre ele. Trabalhar ao lado do seu pai deve estar sendo uma tarefa difícil. – Disse Juliette inclinando o corpo e sentando por cima de uma das pernas,  para que pudesse senta-se de modo que ficasse de frente para ele.

- Você sabe. Muita burocracia para lidar, meu pai sempre querendo que eu mostre serviço. Nada de muito extraordinário. - Ele deu um longo gole no líquido da taça em sua mão.

Juliette se perguntou até onde ele iria sustentar aquela mentira.

- Qual especificamente é o seu papel na empresa? – Perguntou ela.

Ele passou a mão livre pelos cabelos.

- Vai me interrogar? Não estou entendo essa sua curiosidade repentina, você nunca ligou para as coisas que faço. Qual o motivo dessa mudança súbita? – Disse ele num tom áspero.

- Não estou interrogando, eu só queria entender o motivo da sua mãe né dizer que você não estava trabalhando, sendo que você me disse o contrário. Você tem algo a me dizer sobre isso, ou posso concluir que está mentindo para mim?

- Meu Deus, você ainda dar ouvidos as loucuras da minha mãe? Você acha mesmo que eu seria capaz de mentir sobre algo que eu sei que você iria acabar descobrindo? – Disse ele num tom exasperado - Claro que estou trabalhando com ele, meu amor.

Juliette permaneceu em silêncio.

Ela queria muito acreditar em suas palavras, mas algo no fundo da sua mente estava em modo alerta.

- Vamos ficar falando sobre assuntos de trabalho, quando poderíamos aproveitar para fazer algo bem melhor e mais prazeiroso. Esquece meu pai, esquece a empresa. Vem aqui. – ele pegou a taça da mãe de Juliette, colocou de lado e a puxou para perto de si, a beijando.

As mãos de Arcrebiano acariciavam cada parte do corpo de Juliette, por cima das roupas, como se estivesse a idolatrando, para mostrar que o estava por vim.

Juliette se deixou levar pelo toque, suas mãos escorregou para dentro da camisa dele, tocando o seu peito forte, apertando a lateral do seu corpo.

As mãos dele escorregaram por baixo do vestido, até a coxa dela, numa carícia suave, mas maliciosa, cheia de luxúria e desejo.

Os lábios de Arcrebiano desceram pela curva do pescoço de Juliette à medida que ele começava a desamarrar o seu vestido, tentando tirá-lo.  Quando o seu telefone volta a tocar, quebrando imediatamente o clima.

Juliette se levantar em um sobressalto, ajeitando o seu vestido.

Ele olha para o aparelho, cogitando em atende-lo ou não. Juliette te ao observar sua hesitação, diz:

- Vou te deixar à vontade para atender. A este horário, deve ser algo importante. – Disse num tom  rude. Não escondendo sua irritação.

Ela pega a garrafa é uma das taças e vai para a cozinha, o deixando sozinho na sala. Juliette enche sua taça até o meio, e observa o líquido se movimentar dentro da taça enquanto brinca com ela, em movimentos que fazem o líquido girar.

O alerta que sentia dentro de sua mente, agora estava gritando.

Ela sentia que tinha algo errado por trás daquelas ligações, ainda mais pela reação dele. Finalmente levou a taça até os lábios, tomando um longo gole do líquido.  Se perguntou se valia a pena estar em uma relação que não se sentia segura, que não sentia mais confiança. Nem sabia se ainda existia amor, ou se era apenas comodismo de estar em um relacionamento.

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Demoro, mas atualizo rsrs
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