· Perspectiva de Sarah
- Juliette. – Sarah tentou protestar, mas não conseguiu.
Não conseguiu porque ela já tinha colado os lábios ao de Sarah e a agarrou pelos ombros.
Não foi preciso mais. Bastou-lhe sentir os lábios dela para afastar a ideia de se afastar, de continuar a comporta-se de maneira estoica, de continuar a fingir de forma neutra, como se também não desejasse a beijar desde o instante que a viu quando abriu a porta. Não podia fingir que Juliette não tinha enchido os seus sonhos noite após noite. Podia ater tentar mentir para ela, para si mesma, mas não havia nada de neutro no que sentia por ela, no que tinha sentido desde o princípio.
Os sonhos encheram a sua mente, incitadas pelo desejo.
Porque estavam sozinhas. Juntas. Isoladas de tudo e de todos.
Sarah sentia que ardia por dentro.
Com a boca a dela, mexeu as mãos devagar, acariciando o seu corpo e tentando memorizar cada curva.
O coração pulsava cada vez mais depressa. Aturdida, excitada.
Sarah tirou-lhe a roupa quase sem se dar conta. De repente, estava tudo espalhado pelo chão e ela, nua.
Sentia como ela a despia. Aqueles minutos ficariam gravados para sempre na sua mente. Seria algo para reviver quando ela fugisse outra vez.
Embora não quisesse pensar nisso, não queria ir além daquele momento maravilhoso. A tinha entre os seus braços e isso era a única coisa que importava.
Beijo os seus lábios, o pescoço, a curva dos seios.
Sentiu que ia perdendo todo o controle.
Esforçou-se ao máximo para conseguir falar.
- Você tem certeza? – Perguntou Sarah, num tom rouco de excitação.
- Sim. – Disse Juliette, soando mais como um gemido.
Perdeu-se no seu sabor, no seu aroma. Era como uma mulher que podia, depois de muito tempo, voltar a ter um vislumbre da felicidade plena.
Tentou recuperar o controle. Temeu magoá-la ou assustá-la se revelasse o alcance do seu desejo, mas era cada vez mais difícil se manter controlada.
- Eu não quero pressioná-la a fazer nada que não esteja preparada. Sei que você nunca ficou com uma mulher, talvez estejamos indo rápido demais.
- Não estar me pressionando a nada, eu quem pedir. – Sussurrou Juliette.
- Você pediu pelo beijo, mas realmente deseja ir além dele?
- Por favor, continuei. – Implorou Juliette
Sarah queria possui-la, de corpo e alma.
Embora soubesse que jamais poderia fazer isso.
· Perspectiva de Juliette
Juliette quase não conseguia respirar. Não tinha palavras para descrever o que estava sentindo. Não tinha imaginado que seria assim, que poderia sentir uma agonia tão doce. Não poderia fazer outra coisa que não fosse reagir a todas as sensações que estavam a assolando naquele momento.
A boca de Sarah era rápida e inteligente, e levou Juliette a um clímax atrás do outro, cada um diferente do anterior. Nem mais intenso, nem menos, só incrível, deliciosamente diferente. Sarah tinha procurado o seu sexo com os lábios e depois tinha percorrido outros pontos de prazer. A parte de trás do joelho, o pescoço, os seios. Em cada ponto, conseguia lhe despertar novas sensações.
Sarah ia beijando-a até embaixo, acariciando seus seios com uma das mãos e com os lábios ia beijando o outro, chupando-o, deixando sua língua circular por todo ele, seu gosto era tentador para ela, que estava em êxtase, com o desejo ardente assim como Juliette.
Juliette estava ofegante, levava as mãos na cabeça sentindo todo aquele desejo que a embriagava por dentro, que a levava a loucura.
Juliette estava exausta, mas queria mais. Queria mais, embora não fosse capaz de imaginar que pudesse haver mais.
Ela sentiu que o seu coração a recebia com o pouco fôlego que lhe restava. Olhou nos olhos de Sarah e separou as pernas em convite para que ela fizesse o que desejasse.
Sarah a encarou por alguns segundos, como se precisasse de uma confirmação que era realmente aquilo que Juliette desejava, então abaixou a cabeça novamente e continuou beijando seu corpo descendo até seu sexo. Suas mãos começaram acariciar o seu sexo, mexia em seu clitóris fazendo círculos em sua volta, e penetrando depois a penetrando com dois dedos lentamente para que não a machucasse e nem a fizesse entrar em pânico.
Juliette a abraçou, sussurrando o seu nome enquanto sentia os dedos dela se movimentarem lentamente para dentro de si.
- Isso – Gemia no ouvido de Sarah.
Sarah começou a mexe-los lentamente, devagar a princípio e depois cada vez mais depressa.
- Você não imagina por quantas vezes sonhei com você em meus braços, desse jeito. Gemendo em meu ouvido. Por minha causa. Para mim. – Dizia Sarah com a voz rouca, enquanto movimentava os dedos lentamente para dentro de Juliette e depois os retirava com a mesma lentidão.
- Sarah. - Gemeu Juliette.
- Isso, meu nome em sua boca. – Sussurrou.
Capturando um dos mamilos com os dentes, Sarah o puxou. Causando um queimor no local, fazendo Juliette gemer ainda mais alto.
Ela a provocava. Falava coisas em seu ouvido a fazendo perder ainda mais o fôlego e aumentar a chama que queimava dentro de si.
Juliette estava entregue.
Juliette sentiu que sua cabeça começou a rodar, arqueando-se ia de encontro a mão de Sarah, fazendo com que ela a penetrasse mais. Gemeu e começou a mexer-se ao seu ritmo. Um ritmo que começava a ser frenético. Então, as estrelas explodiram, como uma chuva brilhante e abrasadora que lhe teria roubado o seu último fôlego, se o tivesse.
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Olaaa! Voltei ;)
Desistir das piticas não.
Demorei um pouco mais para atualizar por força maior, estava doente cof cof.
Mas para compensar, postei um capitulo a mais.
Até breve ;*
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Amor e Ódio
FanficAmor e ódio não se excluem. Movem-se num mesmo campo e, apesar de possuirem aspectos aparentemente distintos, a relação entre estes dois sentimentos envolve uma ligação entre eles. Duas mulheres de personalidades distintas, tendo seus caminhos entre...