Adoração e gentileza

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· Perspectiva da Juliette

Juliette estava feliz por estar vivendo um momento magico ao lado de Sarah. Ela tinha sido a melhor e maior surpresa em sua vida. O que elas estavam criando estava sendo leve e trazendo muita felicidade. Juliette não se recordava de quando tinha compartilhado essa sensação estando ao lado de alguém.

Mas em contra partida, ela estava preocupada com o sumiço da sua amiga.

Por mais que Vitória tenha mudado de emprego, elas quase não se falavam, a não ser pelas curtas mensagens trocadas. Juliette ainda não conseguia confiar nas boas intenções de Rodolfo ao oferecer um emprego daquele porte para sua amiga, mas guardou suas preocupações para si. As conversas com a amiga já estava delicada demais, não queria acabar ofendendo e rompendo de vez a relação de amizade.

Ela também estava agradecida por ele não ter insistido na ideia de se aproximar dela. Após o dia em que dispensou ele, seu irmão e a Vitória para conversar com Sarah ele pareceu entender que não teria chances com ela.

Era noite de sábado, Juliette e Sarah tinham criado o habito de passarem o final de semanas juntos, Sarah sempre vinha na sexta ou Juliette ia para o seu apartamento e depois elas decidiam o que fazer no sábado e no domingo. Se saíram para algum lugar ou se ficariam no apartamento. Mas desta vez, Sarah ligou informando que só iria encontra-la no sábado e que sairiam para jantar em um restaurante de sua escolha. O que fez com que Juliette ficasse apreensiva.

Sarah combinara de lhe buscar em eu apartamento, então Juliette decidiu por um banho longo e relaxante.

Lavou os cabelos com cuidado, se depilou com calma, passou hidratante por todo o corpo recebendo de bom grado a sensação que ao percorrer e espalhar o creme proporcionava. Ela queria que Sarah caísse de costas ao vê-la tão linda e arrumada quando visse busca-la. Queria que a noite fosse perfeita.

Sentou-se no banquinho da penteadeira, fez uma maquiagem, ondulou seus longos cabelos no Baby liss, borrifou fixador para que o mantivessem os fios no lugar, os deixou solto pendendo apenas com presilhas delicadas de strass para que ficasse de lado, olhou-se no espelho e sorriu contente com sua imagem, realçou seus olhos com o lápis de olho para deixar bem em destaque.

Mas quando chegou na parte do vestido, encontrou dificuldade Juliette estava no quinto vestido, nada agradava a ela, ainda mais por não saber a qual ambiente Sarah a levaria para jantar. Por fim, ela escolheu um vestido amarelo de cetim, na altura dos joelhos, moldando as curvas do seu corpo.

Assim que ficou pronta, ouviu a campainha tocar. Ela sabia quem estava na porta a sua espera, mas isso não fez com que o seu coração batesse menos.

- Oi! – a recebeu com um largo sorriso no rosto.

- Oi! – Disse Sarah se aproximando e depositando um beijo em seus lábios. – Você está linda como sempre.

Juliette sentiu suas bochechas ganharem cor, se perguntou quando iria parar de se sentir afetadas com os elogios que viam de Sarah.

- Pronta? – Sarah perguntou oferecendo a mão para ela.

- Não! – Respondeu com um largo sorriso. – Mas vamos assim mesmo. Estou curiosa para saber qual será o nosso destino.

Juliette segurou a mãos estendida de Sarah.

- E eu estou curiosa para saber o que você irá achar da noite.

E assim pegaram o caminho do elevador. Assim que saíram do prédio um taxo já estava a sua espera, a esperança de descobrir para onde estavam indo foi frustrada ao entrar no carro. O motorista deu partida sem que Sarah dissesse uma única palavra.

O rádio estava ligando em um volume baixo, para que não interferisse na conversa entre os passageiros.

Como Sarah permaneceu em silêncio, Juliette agradeceu pela distração das músicas. Ela sentiu que algo estava deixando Sarah apreensiva, Juliette notou que ela torcia os dedos. Ficou tentada a puxar a sua mão para entrelaçar, mas resolveu não fazer.

A música tema do filme The Bodyguard, a música interpretada por Whitney Houston, que a fez recordar na primeira noite que passou ao lado de Sarah e de como estava sendo maravilhoso estar ao seu lado.

Foi então que o taxi parou em frente a um restaurante situado no terraço entre o museu e o teatro.

No salão do restaurante havia uma banda tocando música do Enrique Iglesias, a música era suave, Sarah a levou para um canto diferente do salão, com uma ambiente muito romântico.

O espaço do terraço era um lugar de recepção externo, com áreas intimista proporcionando uma linda vista do mar, mas principalmente do céu onde se via a lua perfeitamente. Era noite de quarta minguante e seu brilho refletia mais.

Juliette ao sentar foi recebida logo após com um garçom trazendo um vinho tinto, serviu sua taça e a de Sarah com todo o cuidado.

Na mesa havia uma pequena caixa com um cartão ao lado. Juliette alternar o olhar entre o cartão e Sarah sentada ao seu lado.

- Pode abri-lo. – Sarah sorriu ao dizer essas palavras.

E assim Juliette fez, ao abri o cartão os olhos de Juliette ganham um brilho. Nele estava escrito "Não existe brilho nas estrelas, na lua, nem mesmo no sol que seja mais lindo que o seu sorriso.".

Juliette se controlou para não se desfazer em lagrimas naquele mesmo instante.

Sarah pegou uma de suas mãos e depositou um beijo no meio de sua palma.

- Adorei! – Ela gesticulou a palavra sem emitir qualquer som.

Colocando a mão livre em cima da caixa, Sarah disse.

- Não abra agora, ainda não chegou o momento. – Sussurrou Sarah.

Juliette apenas assentiu com a cabeça.

- Um brinde a nós. – Sarah levantou sua taça. Juliette a acompanhou. – Desejo que esta noite seja incrível para você tanto quanto está sendo para mim. Queria começar te dizendo o quanto estou feliz em estar compartilhando momentos incríveis ao seu lado.

Juliette não poderia estar mais feliz do que neste momento. Estar com Sarah estava sendo uma experiência incrível. Sentia que só agora estava experimentando a verdadeira sensação de estar apaixonada por alguém.

Seus dias estavam amis leves, os momentos longe de Sarah pareciam durar uma eternidade e quando estavam juntas pareciam voar. Cada mínimo detalhe lhe fazia sentir a pessoa mais importante e amada.

- O sentimento é reciproco. Não tenho como colocar em palavras o quanto estou encantado com tudo isso. – Juliette olhou para o céu, depois para Sarah. – Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar tamanha felicidade. Obrigada por isso.

Sarah se aproximou um pouco mais de Juliette, olhos nos olhos, como se fosse beijá-la.

- Eu que tenho que agradecer por você me devolver a alma. Por me fazer voltar a acreditar no amor, acreditar na felicidade. Nunca vou me cansar de dizer o quanto você trouxe luz para os meus dias. – Sarah levou dois dedos a lateral do rosto de Juliette, fazendo movimento leve de subir e descer, tocando sua face com adoração e gentileza. 

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