Um quase término

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 Narrado por Maria Clara:

Haviam coisas que eu nunca imaginei que pudessem acontecer um dia 

 Primeiro: Foi eu ter me apaixonado por um príncipe 

Segundo: Foi eu ter ganhado um vestido lindo do príncipe 

Terceiro: Eu ter ido para um baile de máscaras no palácio dançar com o príncipe, dançar sob o luar com ele, e ter conhecido um labirinto

 E agora por quarto e último: A rainha Cláudia ter vindo na feira só para conversar comigo 

 – O meu filho quer abdicar do trono, e a culpa disso tudo é sua – Esbravejou a rainha Cláudia 

    – O quê? – Eu não esperava ouvir isso da rainha 

 – Se acontecer uma guerra, a culpa toda será sua, se esse reino ficar sem um rei no futuro, a culpa disso recairá sobre você, porque será você a culpada dele ter abdicado do próprio destino dele – disse ela com um tom intimidador 

   O meu sangue ferveu e eu disse: 

 – Sabe? Me causa espanto que vossa majestade, acredite que uma simples plebeia como eu, seja capaz de gerar uma tragédia desse nível 

   – Achou que eu não descobriria sobre esse namorico perturbador e insignificante de vocês dois? – ela questiona 

– Rainha Cláudia, eu amo o seu filho – digo com sinceridade – Eu me apaixonei por ele, eu o amo verdadeiramente 

– Ouça menina – disse a rainha – A princesa Verônica do reino renascer, ou qualquer outra princesa é muito mais qualificada do que você para se envolver com o meu filho, por acaso você acha mesmo que eu acredito nisso de você amar o meu filho?

 Aquilo me fez estremecer, reconheci de imediato a força das palavras daquela rainha, e então eu digo: 

 – Eu sei que eu não sou uma princesa, mas se a senhora permitir eu posso fazer o seu filho muito feliz

– Eu não acredito nenhum pouco na sua palavra menina – diz ela com desprezo – O meu filho não pode se envolver com uma plebeia feito você – ela me olha de cima abaixo – Que bonita de fato você é, mas que não tem dinheiro, classe, educação e poder 

 Ela estava impondo tudo o que ela pensava sobre mim e o filho dela estarmos juntos, eram tantas palavras cheias de peso, eu não tinha medo de palavras, mas palavras vindas da rainha eram promessas e ameaças silenciosas que iriam custe o que custar se concretizar 



– Eu não queria ter me envolvido com o seu filho majestade – digo – Mas foi ele que me procurou e insistiu para que a gente pudesse ficar juntos, e como eu o amo eu não pude resistir a isso que parece destino...

  – Destino? – ela questiona rindo com deboche – Não me faça rir menina, você e o meu filho não vão ficar juntos porque vocês não combinam em absolutamente nada um com o outro 

  Ela tinha o desprezo e a superioridade em apenas uma frase 

– Mas será que isso não só cabe a nós dois decidirmos senhora? – pergunto intrigada, por eu não saber de onde eu havia tirado tanta coragem de desafiar a rainha – Ele e eu nos amamos senhora...

 – Será mesmo que você o ama tanto como diz? – questiona a soberana rainha 

Respiro fundo e digo em um tom calmo: 

– Eu o amo senhora, não porque ele seja bonito ou porque ele seja um príncipe, eu preferiria que ele não fosse nenhum dos dois pois isso diminuiria um pouco a distância entre nós mas mesmo assim ele ainda seria o mais amoroso e bom homem que eu já conheci em toda a minha vida, eu não o amo pelo o que ele tem, mas sim pelo o que ele é – digo com convicção porque tudo que eu disse era a mais pura verdade 

A Curandeira e o Príncipe - A Flor do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora