A aldeia encantada

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Narrado pelo príncipe José Fernandes: 

Quando o unicórnio que era o rei da floresta foi embora, depois dele ter nos agraciado com a presença ilustre dele, Peter e eu seguimos viagem até a aldeia 

– Peter a aldeia fica muito longe? – pergunto, ao olhar para o céu que já estava ficando escuro 

– Não – respondeu ele – Já já nós chegaremos lá mas temos que ser rápidos 

– Aqui é muito bonito Peter – confesso – O lugar aonde você mora é fantástico

 – Me impressionei ao ver que o rei da floresta gostou de você – disse ele – Sem dúvidas você tá conquistando todo mundo por aqui hein? 

    Respiro fundo e digo: 

 – Mas anseio para chegar ao castelo da rainha para poder alcançar a graça de conseguir conversar com ela 

 – Sabe? A sua persistência para falar com a rainha Maria Clara é muito admirável – confessa ele 

 – Obrigado Peter mas eu preciso fazer o que eu estou fazendo porque há um bom motivo para isso... – digo querendo tanto poder contar a ele toda a minha história...

     Mas ainda não é o momento certo 

 Coloquei o capuz da minha capa de volta na minha cabeça, para que os elfos não ficassem se perguntando o motivo de eu não ter as orelhas pontudas como eles tem...

 Algumas coisas são muito difíceis de serem explicadas 

Havia anoitecido completamente, mas nós conseguimos chegar na aldeia e fomos muito bem recebidos pelos feéricos que moravam lá 

– Peter meu querido – disse uma mulher de olhos pretos, cabelos compridos da mesma cor dos olhos, orelhas pontudas como as de Peter, lábios carnudos, e pele negra um pouco mais clara do que a minha e a de Peter 

– Oi tia Anne – disse ele, com um sorriso a envolvendo em um abraço – Tudo bem?

– Sim meu querido – respondeu ela ao se soltar do abraço – E com você?

– Perfeitamente tia – respondeu ele olhando em seguida para mim – Olha, esse que está perto de mim é um amigo que eu fiz que se chama José Fernandes

 A tia Anne dele sorri para mim, faz uma reverência que eu também repito e em seguida ela diz: 

– Seja muito bem vindo a nossa aldeia meu querido rapaz 

– Obrigado madame... – digo tentando ser o mais educado possível com ela 

 – A tia Anne é a irmã do meio da minha mãe José Fernandes – explica Peter 

    Olho para ele e digo: 

   – Ah, entendi Peter, e agradeço por me explicar 

– Que bons ventos te trazem pra cá querido? – pergunta ela de um jeito gentil 

    Um vento muito bonito chamado Maria Clara...

 – Eu... – faço uma breve pausa para pensar direito no que eu iria dizer – Eu vim aqui pra ir ao encontro da rainha Maria Clara...

   – Bom, então boa sorte pra você querido – disse ela 

   – Obrigado – dou um pequeno sorriso 

    – O seu nome é muito bonito – disse ela 

– Muito obrigado, e o seu também é – digo com sinceridade 

A Curandeira e o Príncipe - A Flor do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora