Arrependimentos reais que são tardios

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Narrado pelo rei Gabriel:

Haviam tantas coisas acontecendo, mas eu sabia que com certeza a Vera sabia perfeitamente tudo o que eu precisava saber

Ela e o Wesley com certeza sabiam aonde o José Fernandes se meteu nesses dias em que ele desapareceu, eu estou muito preocupado com ele e com a mãe dele, a Cláudia anda pálida, tendo dores de cabeça com frequência e pra piorar ainda mais as coisas, ela sofreu aquele desmaio 

 Resolvi confrontar a Vera para tentar descobrir aonde o meu filho estava porque quando eu quis saber dele, ela me disse que o meu filho precisava ter um tempo sozinho para poder se reerguer da morte tão dolorosa que a Maria Clara sofreu 

 Eu dei esse tempo pra ele, mas a minha preocupação estava me torturando, então eu fui até a cozinha e vi a cacheadinha lá 

   – Vera, eu exijo que você fale comigo agora mesmo – digo aumentando o tom da minha voz para a confrontar sem nem pensar em ouvir as desculpas que ela fosse tentar me falar 

    Vera faz uma reverência para mim e diz:

   – Pois não, senhor? Em que posso ajudar?

 – Você sabe perfeitamente bem Vera – digo sem ter paciência – Eu quero saber notícias sobre o meu filho José Fernandes, você me disse que ele precisava de um tempo, mas que tempo todo é esse? Eu quero estar do lado dele nesse momento difícil menina, porque acima de eu ser um rei, e pai dele, eu o amo!

Mesmo que o José Fernandes fosse teimoso, ele sempre foi o meu maior orgulho 

   Vera respira fundo e diz:

 – Senhor, antes de tudo eu preciso que o senhor leia uma carta que uma amiga da Maria Clara escreveu – Vera retira um papel do bolso do vestido dela, e me entrega – Essa carta foi escrita pela Penha, e nela está contando tudo o que ocorreu nesses últimos dias em que a nossa Maria Clara... – ela engole em seco – Morreu 

 – Ok, dei-me isso Vera – peço – Eu preciso saber o paradeiro do meu filho 

Vera assente. Então eu desdobro o papel, e começo a ler todo o conteúdo daquela carta imensa, que contava que a Maria Clara estava deitada em uma cama da casa dela, enquanto o boticário que vendeu aquele maldito veneno para a minha esposa, veio até a casa onde a minha nora e o meu filho estavam, e deu a ele uma poção mágica para o José Fernandes beber e ser transportado para um mundo mágico e desconhecido que contava com magia boa e má para fazer com que a Maria Clara volte a se lembrar dele para ambos dos dois voltarem juntos para o nosso mundo 

    Olhei para Vera e disse:

   – Vera, essa carta tão fantasiosa, não pode ser verdade... – engulo em seco – Ou é?

   Os olhos de Vera se enchem de lágrimas e ela diz:

 – Infelizmente é verdade sim majestade, o príncipe José Fernandes bebeu uma poção mágica e foi transportado para outra realidade diferente da nossa, pra ir em busca da Maria Clara, para fazer com que ela se lembre dele, volte a viver, e volte para nós...

  Cambaleio transtornado até a mesa e digo:

 – Não pode ser verdade Vera, o meu filho sumiu? Ele foi enfrentar um novo mundo e agora só Deus sabe quando eles dois vão regressar pra cá?

 Por favor que seja mentira

 Por favor que seja uma invenção maldosa 

  – Eu sei que é difícil de acreditar – disse ela – Mas é a verdade vossa alteza, o José Fernandes foi atrás da Maria Clara, e agora as amigas da Maria Clara, eu, os padrinhos de casamento deles dois que são o Thiago, o Roberto e o príncipe Wesley estamos nos revezando para ficar velando o corpo dela enquanto eles não voltam para nós...

A Curandeira e o Príncipe - A Flor do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora