José Fernandes

0 0 0
                                    

Narrado pelo príncipe José Fernandes:

A vida chega a ser muito estranha, em um momento dela você pode ser uma simples criança brincando, e se divertindo, e em outro momento dela você já cresceu, e está com vinte anos de idade sendo o príncipe herdeiro do trono de um importante e grande reino...

    O orgulhoso reino de Jadya...

Eu nunca tive medo das minhas futuras responsabilidades reais, eu sempre soube que o meu destino iria ser aquele, e eu estava pronto para o que viesse a ser, mas...eu não estava esperando que a minha mãe a grande rainha Cláudia quisesse ficar me cobrando o tempo todo por um casamento...

 A minha mãe estava organizando um grande baile real só pra que eu escolhesse uma mulher para me casar, se fosse uma princesa chamada Verônica seria melhor ainda...

Verônica era de um reino vizinho ao nosso, e a minha família idolatrava ela... 

E eu? Quais eram os meus pensamentos em relação a isso?

Eu odiava a ideia de me sentir pressionado, pois eu não queria um compromisso tão cedo, e tão rápido assim, pois eu queria viver, me aventurar, e explorar a vida mais um pouco 

  

Mas pelo visto as minhas vontades mesmo que eu seja o príncipe, não são muito bem aproveitadas por aqui, eu me sinto completamente ignorado pela minha mãe...

E o meu pai? Ele é um rei bastante sábio e bondoso, mas nessas ocasiões ele não me ajuda o suficiente com a minha mãe 

Eu me sinto bastante incomodado com tantas obrigações que a minha mãe joga nos meus ombros como se eu não passasse de um fantoche que ela controla como ela bem entende... 

Às vezes eu até daria tudo para que eu não fosse um príncipe, eu às vezes só queria ter uma vida normal como a de qualquer outra pessoa 

  

Pra ser sincero os meus pais são... digamos que um pouco tóxicos, pois eles estão querendo que eu busque por uma esposa mesmo que eu não a ame, com o intuito de me casar com uma pretendente promissora, principalmente para os interesses da minha família...

   

Naquela manhã eu estava dormindo tranquilamente em meu quarto, quando alguém bate na porta, e eu acordo, e pergunto: 

        – Quem é?

       Ouço a voz de meu pai dizendo: 

     – Sou eu filho, eu posso entrar?

Eu bem que queria dormir mais um pouco...mas acabei permitindo a entrada de meu pai no meu quarto dizendo para ele: 

     – Entre pai, a porta tá só encostada 

Meu pai entra no meu quarto e me vê deitado na minha cama 

Ele era muito parecido comigo fisicamente, pois ele também era alto, tinha a pele negra, olhos e cabelos pretos 

 Éramos negros sim, e sentíamos muito orgulho da nossa majestosa cor 

– A que devo a honra do grande rei Gabriel me visitar nos meus aposentos? – disse eu, em um tom brincalhão 

        Meu pai começou a rir e diz: 

– Seu senso de humor nunca muda, não é mesmo príncipe herdeiro?

"Príncipe herdeiro..." Ele sempre tinha que me lembrar isso? Ele sempre tinha que me lembrar que em breve eu iria assumir aquele reino mesmo que eu não quisesse? Eu sinceramente odiava quando ele me chamava assim...

A Curandeira e o Príncipe - A Flor do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora