Narrado pelo príncipe José Fernandes:
Eu nunca fui alguém ingrato, nunca fui alguém mal agradecido porque desde que eu me apaixonei pela Maria Clara em hipótese alguma eu me lamentei e reclamei de ter me apaixonado por ela porque sem dúvidas essa foi a coisa mais bela, sincera e verdadeira que já me aconteceu em toda a minha vida
Eu a amava sim e estava mais do que disposto a fazer até o impossível para fazer com que ela volte a se lembrar de tudo o que nós dois já vivemos antes
Eu não me importava com o tempo que eu iria levar para que ela voltasse a se lembrar do quanto que eu a amava
Naquela noite definitivamente os meus pensamentos estavam inquietos e eu não conseguia relaxar a mente para conseguir adormecer
Então pensei no seguinte plano:
Eu iria explorar o salão de baile do castelo da Maria Clara até que o cansaço me vencesse
Peguei uma tocha, e parti para lá
Chegando lá, imensas portas duplas se abriram para o salão e eu adentrei
O lugar era enorme, era muito bonito, mas parecia um breu que só era iluminado pelas tochas que estavam lá, sem dúvidas ele lembrava uma caverna...
Respiro profundamente e com os olhos cheios de lágrimas digo comigo mesmo:
– Até quando meu Deus? Até quando eu vou ter que suportar tamanha dor?
Até quando o meu coração vai ter que se partir?
De repente sinto uma mão tocando o meu ombro e eu vejo ninguém mais e ninguém menos do que o Peter
– Oi... – disse ele
Olho para ele e digo:
– Peter? O que você está fazendo aqui?
– Eu te vi vindo para cá e resolvi te seguir – explica ele – Eu também me encontro sem sono e estava passeando pelo castelo pra distrair um pouco a mente sabe?
Dou um sorrisinho de canto e digo:
– Se fosse só a falta de sono que eu tivesse Peter, mas não é só isso que eu enfrento...
Enfrento uma dor agonizante que me destrói toda vez que abro os meus olhos...
– Entendo – afirma ele – Mas o que está havendo?
– O de sempre – digo com tristeza
– Desabafa meu amigo – pede ele
Olho para ele e digo:
– O mundo pode até ser algo que está em um constante movimento, mas o meu amor por ela Peter, sempre foi instável porque mesmo que a Maria Clara não se lembre eu não vou desistir dela. O meu amor pela minha esposa não é algo inconstante que parece não ser permanente
Eu nunca irei a culpar pela dor que eu tenho em meu coração, por vê-la não se lembrando mais de mim porque eu sei que a culpa não é dela
Eu nunca irei a culpar pela tristeza que eu carrego na minha alma por termos nos perdido um do outro
E em hipótese alguma, irei a culpar por eu a amar tanto do jeito que eu amo
– Meu irmão eu vejo a intensidade do seu sentimento por ela – diz ele com convicção – Mas me permite uma sugestão?
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A Curandeira e o Príncipe - A Flor do Sol
RandomHá muito tempo atrás, em um mundo passado, em que existiam diversos reinos, existiu um lindo príncipe chamado José Fernandes. Desde criança, José foi preparado para, um dia, assumir o trono do grande, e importante reino de Jadya. E sim, sem dúvida...