A morte de Maria Clara

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Narrado pela rainha Cláudia: 

Quando partimos para a aldeia, tivemos uma ótima viagem de ida, mas antes de entrarmos na aldeia, olhei para o meu marido e disse:

 – Querido, será que eu posso ficar um pouco sozinha antes da gente entrar na aldeia? Eu tô morrendo de dor de cabeça

– Sério? – Gabriel me olha com preocupação – Você anda tendo essas dores de cabeça com muita frequência querida, e eu estou começando a ficar preocupado com você 

Era verdade, ultimamente eu andava tendo várias crises de dor de cabeça, mas naquele exato momento eu estava mentindo, porque o que eu realmente queria fazer era ir em um boticário ali perto para comprar um certo veneno que não poderia deixar de ser comprado nem por um decreto 

– Desculpe Gabriel – digo – Mas eu realmente não estou me sentindo bem, mas não se preocupe comigo querido, vai dar tudo certo ok? 

 – É até melhor mesmo que você não vá querida – disse ele, me dando um beijo na testa – Fique aqui dentro da carruagem que eu mesmo vou resolver tudo isso 

– Boa sorte querido – digo dando um beijo nele 

Depois que Gabriel se retirou eu disse ao cocheiro para me levar ao boticário que eu conheço e assim ele fez 

A verdade é que eu contratei um homem para dar em cima da curandeira na feira, mas não obtive sucesso com o meu plano

Eu havia pedido para aquele homem ficar de olho quando a Maria Clara aparecesse na feira, e sugeri que ele a chamasse pelo apelido que o meu filho deu a ela que era "loirinha"

Mas isso não se saiu do jeito que eu planejava, mas agora o meu plano de eliminar aquela mulher não vai falhar 

Mas o plano de agora não podia falhar, ele tinha que dar certo 

Eu tenho que acabar com isso, tenho que dar um jeito de jogar aquela mulher na mais pura escuridão 

Cheguei no lugar onde o Boticário trabalha e chamei por ele:

– Olá? Tem alguém aí? Eu solicito falar urgentemente com o boticário  

– Quem está gritando por mim? – perguntou o boticário ao aparecer das sombras 

 – Sou eu, a rainha Cláudia – digo – Venha até mim porque eu quero lhe falar...

O boticário se aproximou de mim, me reverenciou e disse: 

  – Vossa majestade? E a que devo a honra da sua visita tão ilustre?

– Ouça, eu estou buscando um tipo de veneno tão poderoso, pra que a pessoa que o tome morra de imediato, e que seu fôlego se acabe muito depressa sem que ela ao menos se dê conta disso – digo com exigência – Eu exijo o veneno mais forte que você tenha aqui 

 – Eu possuo esse veneno mortal que a senhora procura vossa alteza... – disse ele 

– Quanto quer por ele? Eu apagarei toda a sua pobreza por ele – digo com autoridade 

Meu ódio por essa curandeira é tremendo que tudo o que eu mais quero é o melhor veneno

     – Mas esse veneno é muito perigoso demais minha rainha... – disse ele, tentando argumentar em vão comigo 

  – Não busque me questionar boticário insolente – digo sentindo fúria 

 Eu tinha que eliminar aquela curandeira antes que ela engravidasse do José Fernandes 

A Curandeira e o Príncipe - A Flor do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora