Meu Amor sempre foi seu.

10: Mudanças.

             ⭐ Tóquio
          (mansão Kido)

“Tudo e todos fazemos parte de uma grande peça de teatro chamado vida. Nessa peça há drama, romance, tragédia e aventura...

Perdas e ganhos; como vamos nos apresentar ao mundo depende de cada um”.

Com as mãos delicadas apoiando levemente o queixo, Saori lia o trecho em um livro que folheava vagarosamente entre os dedos na mesinha de apoio perto da cama. Sentindo o conforto em sua cadeira, cruzou as pernas elegantemente no tempo em que começou a ouvir dois toques rápidos na porta, o que fez erguer os olhos do livro interrompendo sua leitura. 

— Entre! Está destrancada. ㅡautorizou Saori com um tom de voz baixa.

— Você está ocupada amor? ㅡ perguntou Seiya aparentando uma calma que não tinha.

— Não! Claro que não, e mesmo que estivesse pra você sempre terei um tempo...

— Você tem compromisso hoje à noite?

— Não, por quê?

— Quer jantar comigo hoje?

— Claro, vou falar com o Tatsume para caprichar no cardápio.

— Não Saori, estou te convidando para um jantar só nós dois no meu apartamento. ㅡesclareceu Seiya um pouco decepcionado ao perceber que ela havia esquecido o aniversário de namoro dos dois.

— Só nós dois?

— Sim, a menos que queira levar os garotos e as garotas para nosso jantar de aniversário de dois anos de namoro.

Saori deu um sorriso sem graça para Seiya, e se perguntou como fora esquecer do aniversário de namoro deles. E pela cara que ele fez, percebeu que não gostou nada de constatar que havia sido ela a esquecer disso. 

— Não claro que não, quero dizer sim, sim para o jantar e não pro pessoal. ㅡ Saori conseguiu dizer embaraçada com seu esquecimento.

— Às oito está bom pra você?

— Às oito está ótimo, vou ficar ansiosa até lá...

— Ótimo, não esqueça de dar folga para os rapazes, porque esta noite você e toda minha. 

Saori corou diante das palavras de seu namorado, que logo se aproximou dela a olhando nos olhos para dar um beijo de despedida.

— Sua companhia será toda minha, assim como sua atenção... Sem ninguém para nos interromper, e fique tranquila eu jamais iria impor minhas vontades sem seu consentimento. ㅡdisse Seiya tentando tranquilizar a namorada analisando a face ruborizada dela.

— Eu sei, meu amor.

Seiya deu um selinho em seus lábios e saiu, detendo-se na porta. —Te amo, às oito estarei aqui.

O rapaz foi embora deixando uma Saori com cara de apaixonada, mas logo ela desceu para encontrar Hyoga e Shun que assistiam um telejornal que dava notícias urgentes, Saori parou no último degrau da escada para ouvir o repórter falar.

“ㅡUma semana após os ataques ao hospital da ONU em Moçambique e ainda não se tem uma contagem oficial de mortos...” ㅡ fala o repórter que parecia desesperado com as cenas que mostrava.

— Por Zeus, tenho que ver com o Dohko se podemos interferir nisso, ainda bem que a Shunrei estava lá e pôde ajudar porque se não fosse assim, teria sido uma tragédia muito pior.

—Tem razão Atena! Temos que fazer alguma coisa. ㅡconcordou Hyoga.

— Vou ver com Dohko um plano de ação. Mas, antes que eu me esqueça; vocês estão de folga hoje a noite aproveitem o tempo como quiserem... Eu e o Seiya temos um compromisso juntos. ㅡdisse Saori tentando conter o sorriso para os amigos.